Nossa Família

3.6K 364 54
                                    

6 meses haviam passado.

E eu me sinto tão... A palavra certa é:

Completo.

Posso dizer que agora eu sei o significado de família, devo tudo isso a Pete, que mesmo nos momentos mais difíceis nunca desistiu de mim nem por um momento. E eu o amo com todas as minhas forças, não consigo imaginar um mundo em que ele não exista.

Passar pela quase-perca dele me fez dar ainda mais valor a todos nossos pequenos momentos. Quero acordar com ele ao meu lado todos osdias e vê-lo sorrir pelas coisas mais bobas. Acima de tudo, quero vê-lo feliz e contribuir para essa facilidade.

Pete me deu os dois bens mais precioso da minha vida: seu amor e Zaya. E eu quero fazer valer cada segundo disso.

— No que você está pensando? — ele disse depositando um beijo em meu ombro. Estava tão preso em meus pensamentos que nem o vi deitando ao meu lado na cama.

Eu me virei em sua direção para poder abraçá-lo.

— Eu estou pensando...— disse me aproximando mais de seu rosto. — No quanto eu te amo.

Pete sorriu para mim. Eu gosto desse sorriso, era perfeito nele.

Segurei sua nuca com a mão e aproximei meus lábios dos seus, lhe dando um selinho prolongado. Pete passou a ponta da língua no meu lábio inferior, eu sorri me afastando um pouco para olhá-lo.

Ele carregava um sorriso travesso em sua face angelical.

— Eu acho, que...— ele disse pausadamente enquanto sobia sobre mim montando meu corpo. — Que você podia me mostrar agora o quanto me ama, e você, o que acha, amor?

— Eu acho, querido...— disse sentando-me na cama com ele ainda sobre mim. Encostei na cabeceira da cama. — Que você está totalmente certo...

Sorri sedutor para ele. Pete mordeu o lábio inferior, aquilo era quente como o inferno, foi o suficiente para puxá-lo bruscamente para mim e beijá-lo.

Não foi um selinho ou um beijo calmo dessa vez. Eu estava devorando sua boca rapidamente, testando cada canto com minha língua enquanto segurava um punhado de seus cabelos entre minha mão. Pete chupou minha língua e moveu seu quadril pressionado para baixo em mim. Eu aumentei o aperto em seu cabelo e ele gemeu na minha boca. Foda-se, porra, foda-se.

Me afastei de sua boca apenas para tomar seu pescoço, a pele é tão branca, era quase um pecado não marcá-lo.

— Faça o que acabou de fazer novamente. — Eu disse mordendo sua orelha.

Eu podia sentir o sorriso dele nesse exatamente.

— O quê? — Ele disse fazendo-se de inocente. Pete adorava me testar apenas para conseguir me deixar louco. — Isso?...

Ele moveu seu quadril novamente, esfregando-se contra meu membro duro, isso me fez gemer no ouvido dele. Segurei sua cintura com as duas mãos pressionando mais seu corpo para baixo, dessa vez foi a vez dele gemer. Detei minha cabeça para trás, deixando o momento livre para que Pete fizesse o quisesse comigo.

E ele não desperdiçou um segundo sequer.

Pete se aproximou do meu rosto, olhou para meus olhos e depois para minha boca, ele lambeu seu próprio lábio. Eu queria beijá-lo agora, mas quando fui fazer isso ele se afastou me empurrando na cabeceira novamente. Pete desceu para meu pescoço e beijou ali, para depois morder. Doeu para um caralho e ele sabia pela forma como apertei sua coxa com a mão. Ele lambeu o local da mordida e depois espalhou beijos.

Seu quadril voltou a repetir os movimentos de antes, esfreagando-se em mim com vigor.

— Ah...— Gemi.

Pete aumentou a velocidade com que fazia aquilo, porra, era bom pra caralho.

Ele saiu do meu pescoço e tomou minha boca e um beijo molhado e cheio de urgência. Eu quero ele.

— Me foda agora, por favor...— Ele disse descaradamente entre beijos.

Seu desejo era uma ordem. Eu abracei sua cintura e fui para cima dele deitando-o na cama, suas pernas estavam abertas para mim e eu posicionei entre elas. Ajudei ele a tirar a camisa e voltei a devorar sua boca com fervor. Pete segurou minha cintura e eu me movi entre suas pernas fazendo-o provar de seu próprio veneno.

Ele gemeu, suas mãos estavam por todo meu corpo, ele queria mais. E eu daria a ele.

Mas nosso momento foi impedido quando ouvimos um choro soar pelo quarto.

Eu interrompi nosso beijo rindo. Pete estava ofegante, mas seu suspiro de frustração foi perceptível.

— Bem, não foi dessa vez amor. — disse tirando sarro da situação.

Ele me acertou um tapa no ombro que ardeu.

— Saia de cima de mim, seu idiota.

— Ainda pouco você estava fazendo tudo, menos me chamando idiota. — disse em um tom fingido de mágoa.

Ele me lançou um olhar mortal e eu ergui as mãos em rendição.

Pete passou por mim batendo os pés e eu sorri. Corri em sua direção o abracei por atrás, andando com ele até o quarto de Zaya.

[...]

— Ok, ok, ok... Que cabaré é esse aqui, dona Yá? — Pete disse entrando no quarto. Parei encostando no batente da porta.

Zaya continuo chorando a todos os pulmões. Que por um caso eram ótimos.

— Minha filha, por que você é assim? — Pete a pegou do berço, ela parecia ser se acalmado, mas ainda choramingava baixo. — Eu estava quase tirando o atraso...

Eu ri alto do que ele disse e Zaya voltou a chorar. Pete me olhou feio, eu cobri a boca com a mão.

— Tudo bem, seu pai Vegas chegou, mocinha. O que foi agora? — eu disse indo até Pete que a segurava nos braços.

Eu parei atrás de Pete e coloquei o queixo sobre seu ombro, olhando para Zaya.

— Isso Yá, conte ao seu pai qual a sua reclamação. — Pete falou com ela. Zaya parou de chorar e olhou para nós dois com seu olhinhos vermelhos, fazendo bico. Eu sorri. — Nenhuma?

— Você tem certeza que não abusou de Tankhun durante a gravidez? Ela tem o gênio dele...— eu disse refletindo sobre isso novamente.

Pete e eu nos olhamos e depois voltamos a olhar para ela. A gente caiu juntos na gargalhada.

Yá voltou a chorar.

— Viu? Ela gosta de atenção assim como Tankhun e ainda odeia ficar sozinha. — eu pontuei. — Tudo bem, vem com o papai...

Pete me entregou Yá, ela já havia se acalmado com o balançar de Pete.

— Sabia que você é o bebê mais lindo do mundo? — eu disse a ela. Seus olhos negros me encaram fixamente. — Tinha que ser minha filha mesmo.

Pete pegou a manta no berço.

— Que autoestima seu pai tem né, Yá?

Eu olhei para ele erguendo a sobrancelha questionador.

— O quê? Você me acha feio? - ele me olhou, mas não disse nada. -Amor? Não...


Pete saiu andando enquanto balançava a cabeça segurando o riso.

Eu virei na direção dele. Yá nem se importava mais com nossa presença.

— Amor, sério? — eu questionei de novo.

Pete me olhou de cima-baixo.

— É, num é de se jogar fora não. — ele disse pensativo.

Eu arregalei os olhos chocado com seu comentário. Yá gargalhou. Eu olhei para ela.

— Até você? — questionei o bebê em meus braços? — Eu vou te dar para adoção...

Eu não percebi o que tinha dito até receber um tapa forte de Pete.

— Eu estava brincando. Apenas brincando. — eu disse em minha defesa tomando uma distância segura de Pete.

— Eu nunca daria minha Yá para adoção, né, filha?... — disse olhando ela.

Pete se aproximou de mim e beijou minha testa.

— Eu amo demais vocês dois. — Pete declarou.

Eu fiquei de frente para Pete, deixando Yá entre nós. Apoiamos nossas testas uma na outra e olhamos para nossa filha.

Ela era tão linda. Desde o dia em que a vi pela primeira vez não consegui mais parar de admirá-la. Vejo tanto de Pete e de mim nela que parece surreal. Nove anos atrás, se alguém tivesse me dito que esse era o meu destino, eu não acreditaria. Passei tanto tempo perdido em mim e negócios que sempre me imaginei sozinho. Ironicamente, a vida quis algo diferente para mim, me deu Pete e depois me deu Zaya. Eles e Macau eram minha família. Eu os amava e faria de tudo por eles. Espero viver isso tanto tempo quanto me for permitido.

Papa and Daddy - VegasPeteOnde histórias criam vida. Descubra agora