Revelações

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Você é uma Veela, isso soa na cabeça de Draco.

Não não não. Definitivamente não.

Ele é um Malfoy. Ele conhece sua árvore genealógica de cor até os anos 1700, e há documentos que cobrem séculos muito além disso. Ele não tem um único ancestral Veela. É impossível.

Ele explode em uma risada incrédula. "Não, eu não sou."

Brown franze a testa para ele. "Você usou seu fascínio em nós alguns segundos atrás."

Ele balança a cabeça. Isso não faz sentido. Ele sabe que parece radiante quando está feliz, mas isso não é nada perto do fascínio das Veela. Se ele fosse um Veela, ele teria pessoas caindo aos seus pés declarando seu amor por ele todos os dias. "Eu não fiz nada."

"Podemos repetir na frente de um espelho, se você quiser." Brown diz, parecendo legal e clínico agora. "É um exercício padrão para Veela recém-apresentadas que não sabem como controlar seu fascínio. Garanto a você, os sinais estavam lá. Silenciosos, mas visíveis."

"Mudo." Draco diz categoricamente. Aí está a prova, na opinião dele, de que isso é lixo. Ela deve ter confundido sua atratividade natural com magia de criatura.

"As Veela acasaladas têm um fascínio mais fraco. Baseado em seu histórico médico, acho que você encontrou sua companheira antes da guerra." Brown continua como se ela não tivesse acabado de jogar uma bomba na compostura já frágil de Draco. "Eu tenho uma teoria que pode explicar por que você não sabia."

"Eu não quero ouvir isso." Draco murmura, negando firmemente como sua mente começa a questionar sua convicção de sua herança. Suor de pânico se acumula em sua testa. "Faça um exame de sangue."

"Não é necessário-"

"Faça isso."

Brown suspira e troca um olhar com Odelia, que acena com a cabeça um minuto. "Tudo bem."

Ela tira uma amostra do sangue dele com um feitiço rápido, depois se desculpa e promete voltar com os resultados dentro de meia hora. O silêncio que se segue é opressivo. Odelia se senta em sua cadeira novamente e olha para Draco com uma expressão suave e paciente. Ela não menciona o jeito frenético dos dedos de Draco tamborilando em sua coxa, nem oferece palavras tranquilizadoras ou um diagnóstico alternativo. Ela apenas espera. Draco não aguenta. Uma vergonha quente sobe por seu pescoço e as palavras caem umas sobre as outras em sua garganta, incitando-o a dissolver a tensão de alguma forma.

“Eu poderia ter sido envenenado ou amaldiçoado. Eu tenho muitos inimigos, você sabe. Ele diz finalmente, embora não tenha certeza se há pessoas que realmente se incomodam em ser seus inimigos hoje em dia. Teria sido mais provável nos primeiros anos após a guerra.

Odelia o satisfaz com um aceno de cabeça. "Você pode."

"Ver?" Draco deixa cair sua mão direita no braço de sua cadeira. "Tenho certeza de que o exame de sangue vai esclarecer isso."

"É claro."

“Além de - da minha beleza natural.” Ele continua com uma confiança frágil e falsa. “Por que Brown pensaria que eu era uma Veela? Ridículo. As Veela masculinas existem mesmo?”

Ela inclina a cabeça. “O que você sabe sobre Veela?”

Ele dá de ombros, desviando o olhar. "O básico. Eles são seres hipnoticamente atraentes que podem lançar fogo. Eles se transformam em criaturas parecidas com pássaros às vezes.” A irritação se infiltra em sua voz novamente. “Acho que saberia se criasse asas de raiva.”

Once and Never Again [ TRADUÇÃO ]Onde histórias criam vida. Descubra agora