Decisões ruins

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É uma manhã espetacular. Há calor atrás e em cima de Draco, envolvendo-o em um pacote protetor, e a cama tem um cheiro incrível. Sálvia, lar e sexo. É familiar, mas ele não consegue localizá-lo. Um peito firme pressiona suas costas, expandindo-se na inspiração profunda de alguém acordando de um sonho agradável. A barba por fazer faz cócegas no topo de sua espinha enquanto o homem atrás dele se move. Um pau está aninhado na curva da bunda de Draco, meio duro. Tamanho perfeito. Ele escolheu bem. Mesmo completamente desperdiçado, seu sabor é imaculado. O homem beija seu pescoço e cutuca as pernas de Draco com uma das suas. É doce. Draco está tentado a ir para outra rodada. Não seria muito sacanagem da parte dele, seria? Isso foi há algum tempo.

Ele acaricia o cabelo escuro no braço em volta da cintura. "Bom Dia." Ele ronrona.

O homem congela. Nada acontece por dois segundos incrivelmente confusos, então o braço e o peito e aquele lindo pau se afastam. Há um oof quando o estranho atinge o chão. O pânico surge quando Draco se vira, mas ele reconhece a voz mais cedo do que vê o maior erro de sua vida.

"Malfoy?"

"Potter?" Draco exclama. "Que porra!"

Eles ficam boquiabertos um com o outro. Potter estava nu no chão, segurando sua modéstia por um canto dos lençóis amarrotados, e Draco na cama, puxando o cobertor até o pescoço.

"Isso não pode estar acontecendo, eu - eu me recuso - o que você fez?"

"Eu?" Potter gagueja de indignação. "Eu me lembro de você participando com entusiasmo na noite passada."

"Ah, foda-se!"

"Voce ja fez!"

Draco cobre o rosto com as mãos e começa a rir. Não é uma risada legal. Em vez disso, um pouco desequilibrado. Agora que ele está totalmente acordado, as memórias voltaram para sua mente consciente, e bom Merlin. Ele e Potter fizeram isso como se o mundo estivesse acabando. É um milagre que a cama não tenha quebrado. Alguém colocou uma poção de luxúria em suas bebidas? Draco vai ficar dolorido por dias, ele tem certeza. Se ao menos ele pudesse alegar não ter arrependimentos sobre isso.

Quando ele deixa suas mãos caírem novamente, Potter está vestido com o jeans feio que Draco quase o arrancou ontem à noite, e ele está jogando as roupas de grife de Draco na direção de Draco. É claro. Agora que ambos estão sóbrios, ele está tentando se livrar de Draco como se um dragão estivesse atrás dele. Draco pega sua calcinha de seda, resmungando.

"Vire-se."

Potter coloca as mãos nos quadris. Draco fica satisfeito ao notar que seu peito está adornado com marcas de mordidas. "Eu já vi o que há para ver."

Draco mostra os dentes. "Vire-se merda."

Potter bufa, mas obedece, então Draco pode finalmente encobrir o que idiotas colossais como Potter nunca deveriam ter visto. Ele pode sentir as lembranças pegajosas de seu encontro por todo o corpo, e isso o faz estremecer. Ele tem uma lembrança distinta de Potter dizendo que queria Draco bagunçado, que ele o queria molhado, beijando palavras sujas em seu pescoço até que a mente de Draco apagasse os feitiços de proteção. Porra. Se Potter lhe deu algo, ele vai matá-lo com as próprias mãos. Isso deve funcionar melhor do que aquelas frágeis Maldições da Morte que ele continua repelindo.

Totalmente vestido, ele se levanta da cama de Potter e faz uma careta para os lençóis amarrotados. "Isso nunca aconteceu. Nós nunca transamos, nunca dormimos na mesma cama e nunca acordamos com você transando comigo durante o sono. Apague isso da sua memória, encontre um Obliviador, seja o que for."

Os olhos verdes penetrantes de Potter o encaram. "Eu não estava transando com você."

"Bom. Assim mesmo." Draco acena com a mão para ele, recusando-se a corar quando lhe ocorre que ele usou exatamente as mesmas palavras várias vezes na noite passada. "Agora, se você me perdoar, eu tenho que me afogar."

Once and Never Again [ TRADUÇÃO ]Onde histórias criam vida. Descubra agora