Um

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Sempre pensei na minha vida como um circo. Um grande circo cheio de pessoas que estão prontas para dar risada dos seus erros. Felizmente tudo isso muda quando eu coloco meus fones de ouvido e entro em um mundo totalmente paralelo totalmente meu. Me chamo Gustavo, tenho dezesseis anos, sonho em ser jornalista. Sou abestado e idiota, não tenho muitos amigos, sou alto, magro, branco, cabelos loiro escuro e olhos castanhos escuro.

Meu ano já não começava bem, a semana de provas foi uma das piores da minha vida, altas notas baixas e para piorar eu não estava na mesma sala que uma das minhas melhores amigas, muitas vezes minha amiga me salvava colocando meu nome nos trabalho, apesar de sermos um pouco lerdos na escola nós nos adiamos quando nos conhecemos, ficamos amigos um ano depois, reprovamos juntos e hoje e sempre iremos ser melhores amigos.

O que eu acho engraçado na escola é que não tenho muitos amigos, a escola toda me conhece, apenas três amigos são verdadeiros, duas meninas e um menino, vou falar deles mais tarde.

06:00 AM.

Meu despertador toca uma música que eu nem sabia que tinha colocado, eu escuto o mesmo tocando e nada faço, desligo o celular e continuo dormindo, ou pelo menos tentando se não fosse pela minha mãe aos berros gritando igual uma louca dentro de casa para eu levantar.

— Acorda Gustavo, meu Deus do céu que menino preguiçoso. — dizia ela aos berros dentro de casa. — Na sua idade eu já estava acordada fazia horas, estava com todo o serviço pronto e me arrumando para ir para a escola...

Ela ficou falando algo mas nem escutei. Minha mãe abriu a porta do quarto, devo ter deixado a porta aberta sem querer, afinal nunca deixar a porta destrancada. Ela entrou pegou um travesseiro e bateu nas minhas costas, nem doía, era algo mesmo só para acordar. Virei-me para minha mãe com os olhos meio fechados e reparei que ela estava brava. Minha mãe era o tipo de mulher que se vestia bem, elegante, ela era professora da faculdade e sempre tentava ao máximo parecer uma pessoa culta.

— Que foi. — disse quase dormindo novamente. — Hoje é sábado.

— Meu querido fofo, hoje é sexta, então levante-se por bem ou vou lá pego uma água bem gelada em um balde e despejo na sua cara. — ameaçava ela.

Escutei aquelas palavras saindo da boca dela e levantei rapidamente, nem no sonho que queria levar outro balde de água gelada na cara, já chega o da semana passada de quando estava adormecido no sofá.

Corri para o banheiro que ficava no meu quarto, amava meu banheiro todo branco e bem luxuoso, abri a torneira e escovei meus dentes, fiquei três minutos escovando como sempre demorava. Estava só de cueca mesmo então retirei minha cueca e fui com tudo para baixo do chuveiro, a água saia gelada mas logo depois foi melhorando aos poucos até que me acostumei, estava no banho faziam dez minutos, me sequei e sai. Minha mãe já não estava mais em meu quarto, então fechei a porta com a chave, deixei a toalha cair e fui pegar uma cueca de cor branca meio transparente, eu era o tipo de garoto que não tinha muitos pelos e os que tinha retirava com cera quente, acho que sou o único garoto da minha cidade que retira todos os pelos com cera quente, tenho nojo de pelos.

Achei meu uniforme e uma calça bem colada, coloquei a calça jeans de cor branca que quase não entrara nas minhas coxas, deixou-me com um pouco de volume mas ne liguei, coloquei o uniforme, peguei um boné e sai para fora do quarto, do meu quarto até a cozinha eu demorava alguns segundos, minha casa não é de escada mas é bem grande, dei ao total contando em minha mente dezenove passos largos e cheguei na cozinha. Minha mãe estava sentada tomando café com pão, ela amava isso, já eu amava pão com Nutella.

Fiz sinal com a cabeça para ela dizendo que ia sair para ir para a escola e logo ela concordou, minha escola ficava a poucos minutos da minha casa então eu ia andando mesmo e tacava o foda-se em tudo.

Coloquei meus fones de ouvido e esqueci o mundo novamente quando  sinto um barulho e logo em seguida muita dor. Era Daniel, meu melhor amigo, ele era magro e usava boné, era moreno. Não tinha muito o que falar dele.

— Eita que gay. — respondi por causa do soco — O que você fez ontem que não me respondeu?

— Minha namorada me levou na igreja, disse que estava na hora de nós dois tomarmos um rumo. — Daniel disse tudo aquilo dando tanta risada que eu buguei e comecei a rir junto com ele.

Ele falava da namorada como se ela fosse uma santa, coitado ele nem sabia que ela deu pra mim duas vezes, infelizmente quando ia pegar ela na terceira vez broxei e até hoje não sinto mais muito desejo por meninas, sei lá, ficou tudo tão chato. Meus pensamentos começaram a viajar em um universo paralelo, era normal isso acontecer quando estava falando com alguém e não prestasse atenção na boca da pessoa. Sim eu tinha problemas sérios de atenção e se não estivesse prestando atenção na boca de alguém eu não entendia nada. O pessoal achava que isso era um pouco de tara mas não era nada disso.

Mudei de assunto do nada com Daniel e nem percebi que já estávamos parados na frente da escola, tinha altas meninas bonitas e alguns bonitos também, depois do ano novo eu percebia muito a beleza dos meninos, o corpo e as vezes até olhava para o volume deles. Credo

Daniel viu que eu não estava dando muita atenção para ele então entrou e guardou a bicicleta.

Eu me considerava um cara bonito, apesar do meu passado me condenar pelo motivo de vender meu corpo sexualmente dos quinze até o ano passado quando completei dezessete anos eu era rodado. A escola toda sabia e mesmo assim eu era quieto na minha, ou pelo menos tentava ser.

Minha melhor amiga chegara na escola de carro, Estefany seu nome, era um das minhas duas melhores amigas, afinal só tinha duas mesmo, ela era pequena e morena, ela era um ano mais nova que eu e bem menor que eu, devia dar quase um e meio dela mas mesmo assim gostava muito dela, apesar de muitas vezes ela ser um pouco chata comigo, não tem muita paciência comigo apesar de ter me aguentado três anos seguidos estudando com ela. O que eu gostava dela era que ela era cheia de piercings, tinha piercing na língua, no freio da língua e no lábio inferior.

Conversei um pouco com a Estefany e escutei aquele barulho infernal de sinal tocando, entremos pra dentro, fui para minha sala e avistei outra amiga, Julia, ela tinha cabelos vermelhos, era baixinha também e muito branca, o único problema dela era que ela gostava muito de banda de coreanos e eu não.

As cinco aulas foram ruins e o sinal tocou, peguei minhas coisas e fui para minha casa, dormi a tarde toda.

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Pessoal, esse primeiro capítulo foi só pra apresentar um pouco de cada personagem, mas ainda faltam alguns personagens, no próximo capítulo já vai pegar fogo!

Espero que continuem acompanhando.

Refúgio (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora