Refúgio (Romance Gay)

Sete

Ele me abraçava cada vez mais, eu fechei os olhos e deixei a energia percorrer por todo o meu corpo, era o beijo mais intenso de toda minha vida, nunca em toda a minha vida um beijo daquele eu receberia novamente, não de outra pessoa, mas quem sabe dele.

O empurrei com tudo para longe e ele se afastou um pouco, estávamos sentados, ele apenas levantou e começou a me olhar. Sua boca estava vermelha, parecia que eu tinha correspondido ao beijo mesmo sem querer, seus olhos agora brilhavam em uma cor mais forte, parece que ele conseguia fazer a cor de seus olhos mudarem de acordo com a emoção, agora estava um verde prateado. Ele sorriu para mim e eu podia ver sua respiração ofegante, desviei os olhos dele e olhei diretamente para baixo e me deparo com ele totalmente excitado, estava com um volume muito grande.

- Filha da puta! - gritei. Acho que esse era o único xingamento que eu lembrava quando eu estava estressado. - Como você teve coragem?! - levantei, estava pronto para dar alguns socos nele, mesmo ele tendo mais músculos que eu.

- Apenas aconteceu, e admita, você gostou! - Lucas começou a falar em um tom de sarcasmo que quase me deixou mais irritado ainda. - Se não tivesse gostado não teria demorado tanto tempo para me empurrar.

- Que raiva de você mano, na moral! - peguei minha mochila e comecei a andar pela pracinha, estava já irritado e querendo sair dali o mais rápido possível, parei apenas no final, virei-me para ele achando que ele estava longe e não, ele estava exatamente à um metro de mim. Me assustei - Da próxima vez que encostar um dedo em mim eu juro que te mato filha da pu...

Não consegui terminar de falar, Lucas me segurou novamente e começou a me beijar, dessa vez quem estava excitado era eu, eu não aguentava mais, queria poder agarra-lo, empurrei com tanta força que o mesmo caiu sentado na grama do parque, suas calças brancas, agora deviam estar sujas na parte da bunda.

- Te odeio. - disse isso com todas as minhas forças e não aguentei, me aproximei dele rapidamente e sentei em seu colo e comecei a beija-lo, em meio aos beijos eu dizia - T-E ODE-IO.

O beijo foi intenso e duradouro, levantei, fingi que nada tinha acontecido e fui andando, com minha mochila nas costas, dei uma olhada para trás e ele estava parado sem entender nada. Quando começou a entender se levantou e veio atrás de mim.

- Ei, espera ai Gustavo