A MINHA DESPEDIDA FOI MUITO MAIS A CARA DE BARBARA DO QUE A MINHA. ELA RESERVOU UMA SALA DE KARAOKÊ E A FESTA FOI REGADA Á MÚSICA E BEBIDAS. APESAR DE GOSTAR DE CANTAR NÃO VOU A KARAOKÊ COM FREQUÊNCIA. MAS O PESSOAL SE DIVERTIU ATÉ ALTAS HORAS. NAQUELA SEXTA FEIRA ERA A NOITE DO SKELTERS NO BAR E EU ESTAVA LIVRE. OS SKELTERS E PRINCIPALMENTE A JANE, MINHA NÊMESIS DO MUNDO MUSICAL ESTAVA GANHANDO POPULARIDADE EM SUAS APRESENTAÇÕES. ISTO NÃO CHEGAVA A CAUSAR UM GRANDE IMPACTO NA BASEMANT PORQUE TEMOS SIDO CHAMADOS PARA TOCAR NAS FESTAS DOS RICOS DE NOVA YORK. E NESTE FINAL DE SEMANA TEREI QUE ESTAR EM DUAS FESTAS. UMA NO SÁBADO Á NOITE E OUTRA NO DOMINGO.
APESAR DE TER CHEGADO DE MADRUGADA NAQUELA SEXTA ISTO NÃO ATRAPALHOU OS PLANOS DO ALMOÇO COM SIMON E SYLVIE. DORMI ATÉ MAIS TARDE E ESTAVA PRONTA PARA O ALMOÇO QUANDO RECEBI O AVISO DE QUE O MOTORISTA ESTAVA Á MINHA ESPERA. ME SINTO APREENSIVA DIANTE DESTE ALMOÇO NO APARTAMENTO DE SIMON. DURANTE O TRAJETO VOU TENTANDO ME ACALMAR, OUVINDO MÚSICA EM MEUS FONES DE OUVIDO PARA TENTAR RELAXAR. NÃO VEJO SYLVIE DESDE AQUELE FIM DE SEMANA MAS, COM CERTEZA ELA IRÁ FAZER O POSSÍVEL PARA ME SENTIR DESCONFORTÁVEL E ME AFASTAR DE KEN.
QUEM ABRE A PORTA PARA MIM É SIMON. ELE TEM AQUELE SORRISO LUMINOSO E DOCE AO BEIJAR O MEU ROSTO E DIZ ME PUXANDO PARA DENTRO :
- SEJA BEM VINDA SHELLEY, SINTA-SE EM CASA.
ELE CRUZA O HALL E QUANDO CHEGAMOS NA SALA DE ESTAR COM UMA DECORAÇÃO REQUINTADA E CARA, EU NÃO VEJO NEM KEN E NEM SYLVIE. NÃO ME SENTO ANTES DE PERGUNTAR, ENQUANTO OLHO AO REDOR:
- O KEN AINDA NÃO CHEGOU? E A SYLVIE?
- ELES ESTÃO NA COZINHA - ELE EXPLICA E BEM HUMORADO ACRESCENTA - A SYLVIE O OBRIGOU A COZINHAR. QUER QUE EU COMA A COMIDA DE KEN ANTES DELE VIAJAR. ELE AINDA NÃO COZINHOU PARA MIM. ENTÃO A SYLVIE DEU A IDEIA E EU DISSE QUE IA GOSTAR DE PROVAR A COMIDA DELE. ELA ESTÁ AJUDANDO, PORQUE EU NÃO SOU MUITO BOM COM ISSO. GERALMENTE EU PEDIA COMIDA PELO TELEFONE.
ESCUTO UNS SONS AO FUNDO E DIGO ME DIRECIONANDO PARA LÁ:
- A COZINHA É POR AQUI?
- POR QUE NÃO SE SENTA E EU TE SIRVO UMA BEBIDA? DEIXE ELES DOIS LÁ SE VIRAREM - ELE SUGERE DESPREOCUPADO.
COMO ELE CONSEGUE SER TÃO TRANQUILO COM OS DOIS NA COZINHA SOZINHOS? EU NÃO CONSIGO. ENTÃO DIGO, DANDO ALGUNS PASSOS ADIANTE, DEPOIS DE DEIXAR A MINHA BOLSA EM CIMA DO SOFÁ:
- EU VOU APENAS DIZER UM OLÁ, OK? EU JÁ VOLTO, VÁ SERVINDO O DRINQUE. NÃO PRECISA ME MOSTRAR, EU ENCONTRO O CAMINHO.
- TUDO BEM ENTÃO, VÁ EM FRENTE, É SÓ SEGUIR O BARULHO DAS VOZES E LOUÇAS - ELE DIZ INDO PARA O BALCÃO DO BAR QUE TEM NA SALA.
EU VOU SEGUINDO O SOM MAS DE REPENTE NÃO OUÇO MAIS NADA, APENAS AS GARGALHADAS DE SYLVIE. NÃO ESCUTO A VOZ DE KEN. ME APROXIMO CAUTELOSAMENTE. EVITO DENUNCIAR MINHA PROXIMIDADE E TENTO NÃO DEIXAR QUE MEUS SALTOS FAÇAM BARULHO, DANDO PASSOS MAIS LENTOS. A PORTA ESTÁ FECHADA.
'ISSO É DEMAIS KEN, COMO PODE FECHAR A PORTA E FICAR A SÓS COM ELA BEM DEBAIXO DO NARIZ DE SEU IRMÃO? ' ENCOSTO O OUVIDO NA PORTA E CONTINUO A OUVIR AS RISADAS DE SYLVIE ENQUANTO ELA DIZ:
- QUE BAGUNÇA ESTOU FAZENDO, SOU UMA PÉSSIMA AJUDANTE, MAL CONSEGUI DESCASCAR UMAS BATATAS, SÓ SOU BOA MESMO EM FAZER AQUELE MOLHO PARA O SPAGHETTI.
- EU POSSO TERMINAR, ESTÁ QUASE PRONTO, POR QUE NÃO VAI FICAR COM SIMON? - A VOZ DE KEN É BAIXA E DISCRETA.
- ORA, NÃO SE PREOCUPE, SIMON CONFIA INTEIRAMENTE EM MIM, ELE NÃO SUSPEITA DE NADA DESDE QUE DECIDI MORAR COM ELE.
- ÓTIMO, EU NÃO QUERO QUE ELE TENHA NENHUM TIPO DE PREOCUPAÇÃO ATÉ O DIA DO LANÇAMENTO DE SEU NOVO LIVRO. ELE PRECISA MANTER O FOCO, ASSIM AJUDE-O.
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MINHA HISTÓRIA DE: AMOR POR ACIDENTE
RomanceSHELLEY ESTAVA A CAMINHO DA CASA DE SEUS PAIS EM UMA NOITE DE CHUVA QUANDO ACIDENTALMENTE ATROPELA UM HOMEM. ELA SE APAVORA E NEM SABE BEM O QUE FAZER. PARA SEU ESPANTO O HOMEM TOMA CONSCIÊNCIA E PARECE NÃO TER SOFRIDO GRANDES DANOS. LEVA-O A EMERGÊ...