Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Melina Devora Point of view
- Melina levanta! – Escuto minha mãe gritar vindo em minha direção e arrancando o cobertor de cima de mim
- Não quero – Resmunguei com a voz sonolenta virando para o outro lado e me aconchegando no travesseiro
- Precisa sair dessa cama filha, desde que chegou fica enterrada dentro desses cobertores e não sai para nada – Comentou – Precisa sair um pouco, ver a luz do sol...
- Estou vendo, e por sinal está lindo – Respondi levando meu olhar para a janela e notando o sol do lado de fora
- Não dessa maneira criança – Murmurou dessa vez puxando o travesseiro e o jogando no chão – Não pode ficar se lamentando por sei lá o que aconteceu em Los Angeles e ficar presa para sempre nesse quarto
- Posso sim, é minha forma de ficar chateada – Retruquei a encarando vendo que ela tinha um olhar preocupado e furioso ao mesmo tempo sobre mim, bufei entediada e me sentei na cama ajeitando meu cabelo que provavelmente estava uma bagunça – Sei que está preocupa mãe, mas de verdade se eu te contar o que aconteceu em Los Angeles não vai me deixar voltar...
- Sua irmã tem haver com essa confusão toda que te deixou chateada? – Questionou e apenas assenti – Então sim, você está certa, não vai mais voltar para Los Angeles – Afirmou dando de ombros e saindo do quarto – A proposito vou ligar para ela agora e pedir que pague uma transportadora para trazer suas coisas – Finalizou atravessando a porta e descendo as escadas
- Não espera! – Gritei, me levantei em um pulo e logo calçei minhas pantufas indo as pressas atrás da minha mãe – Não pode fazer isso, tenho faculdade em Los Angeles, não posso simplesmente abandonar – Justifiquei e rapidamente ela se encostou na mesa da cozinha e me encarou – Tirando isso, não posso abandonar aquelas pessoas...
- As mesmas que te magoaram? – Quis saber, mas sem coragem nenhuma preferi não responder – Então sim, você pode abandoná-las – Justificou
Estava chateada o suficiente para sair de Los Angeles e me direcionar ao único lugar que sabia que seria acolhida de qualquer maneira, a casa da minha mãe no Texas. E mesmo depois de ficar trancada no quarto por dois dias inteiros e me perguntar mais de vinte vezes onde foi que eu errei, não cheguei a lugar nenhum.
Meu celular tocava a cada cinco minutos, o que estava me irritando amargamente. Se fui embora era porque precisava pensar e ficar dias sem me comunicar com eles, e dessa forma ninguém tinha que me mandar mensagem, mas todos mandavam e eu apenas visualizava só de birra.
A ideia desesperada da minha mãe de voltar para o Texas era apenas uma forma de não me ver sofrer mais, desde que cheguei ela me fez muitas perguntas do motivo da minha volta, mas até agora não tive um pingo de coragem de contar, principalmente porque nessa confusão toda minha irmã tem parte de culpa.
