Uma semana depois:
O alfa olhava encantado como o ômega alimentava seu filhote, enquanto suavemente cantava para ele, que aos pouquinhos foi pegando no sono, recebendo de seu papi um beijinho na cabecinha, antes que seu corpinho molinho fosse depositado com cuidado no berço. Imediatamente o pequeno pegou e abraçou o pequeno urso azul de pelúcia que havia ganhado do alfa antes mesmo de seu nascimento. O ômega sorriu e ficou de pé ali, observando seu pequeno dormir, sem perceber que a alguns passos, na porta, o alfa também observava... a ambos.
Um mês depois:
- Acho que não estou fazendo certo. – falou o alfa, com as sobrancelhas franzidas. Havia se oferecido para ajudar com o bebê, e o havia banhado, agora tentava colocar a fralda – O que? Não! Issa! – o bebê gargalhou ao ver a cara do alfa após ter feito xixi e o molhado todo – Não tem graça, pequeno porquinho. – fez cócegas no pequeno, que novamente gargalhou. Seguida, limpou novamente o bebê, conseguindo finalmente pôr a fralda. O levantou e o carregou, dando um beijo na bochecha gordinha, para então entregá-lo a seu papi – Fique com papi, papai tem que tomar banho. – o alfa nem percebeu o que havia falado, mas o ômega percebeu e sentiu um nó na garganta, há dias esse tipo de cena com o alfa se repetia, e seu coração começava a bater mais forte, não queria se iludir, talvez o melhor fosse se afastar, talvez.
Três meses depois:
- Quando morrer, também gostaria de ser uma estrela.
- Não fale isso.
- Um dia todos vamos morrer, alfa.
- Então farei como Pollux, e pedirei a Zeus para me juntar a você.
- E eu estarei lhe esperando.
Sorriu ao lembrar daquela promessa. Estava no jardim, observando as estrelas, estas que sempre lhe lembravam a seu ômega. Ainda sentia-se triste e seu lobo ainda chorava e arranhava pela perda de seu mate, mas desde a chegada de Neji à sua casa havia começado a reagir, seu odor já não era tão amargo e as dores em seu peito haviam diminuído. Uma lembrança atravessou sua mente, uma lembrança do dia anterior, quando estavam na cozinha, lavando a louça, o menor estava um pouco triste e resolveu animá-lo, enchendo suas mãos de água e a jogando no outro, que o olhou impactado.
- Shikamaru... – mas o nomeado não parou, ao contrário, sorriu e tirou a mangueira da pia, encharcando ao outro em meio às risadas – Me paga agora. – revidando, o ômega tomou o pano de prato e correu até o maior, o batendo com o pano, enquanto tentava se defender dos jatos d'água, ambos acabaram resvalando e caindo ao chão, com o maior sobre o corpo menor, que ainda soltava risadas. Sorrindo, o Nara levou uma mão aos cabelos longos contrários, afastando do rosto delicado, jamais havia percebido o quão bonito era o ômega, e ali, molhado, com o rosto corado e os olhos brilhando pelas risadas, o tornava uma paisagem ainda mais hipnótica.
Após isso, ambos haviam se separado, deslocados, e o ômega havia corrido e se trancado em seu quarto, com seu bebê que dormia, enquanto o alfa arrumava a bagunça na cozinha, seu coração batendo com força. Não sabia o que havia acontecido ali, mas não conseguia parar de pensar naquele momento, seu coração não havia batido tão forte desde a morte de Chouji.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Corrente de Esperança - ShikaNeji
FanficUma perda... Um abandono. Dois corações partidos por razões distintas... Dois lobos que perderam seus mates. Mas a Lua irá lhes mostrar que juntos podem encontrar seu próprio destino. Quem disse que não se pode escolher o próprio destino? Terceira t...