Capítulo 8 - Um irmão para Issa

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- E então Koki pegou o cocô do gato e jogou na cada (cara) dele. – o pequeno filhote relatava animado o como seu pequeno amiguinho o havia defendido de um pequeno alfa que o incomodava, Shikamaru sorria cheio de ternura e orgulho, enquanto Neji tentava não rir da história relatada, fingindo uma careta séria.

- Issa, quantas vezes já disse para não brigar na escola? – repreendeu o ômega mais velho, fazendo ao menor se encolher.

- Ele começou papi, puxou meu cabelo, disse coisas feias, Koki só defendeu eu. Koki meu hedói (herói). – respondeu o pequenino, seus olhinhos perolados brilhando, Shikamaru franziu as sobrancelhas.

- O que? E eu? Pensei que eu era seu herói. – fingiu-se de magoado o alfa, o pequenino o apertou em um abraço.

- Siiim (sim), papai hedói (herói) meu. Koki e papai hedóis (heróis) meus. – explicou o pequeno, o alfa afagou seus cabelos.

- Acho bom, ou vou ter que conversar com esse pequeno alfa rouba-bebês. – brincou o Nara, o colocando em seu colo, conhecia muito bem o pequeno filho de Sasuke, um pequeno alfa protetor e cheio de personalidade para alguém tão pequeno, apenas uns meses mais velho que seu pequeno Issa, que era ômega, sabia o quanto ambos se adoravam e estavam sempre juntos, eram muito unidos.

- Acho que papai está com ciúmes, filhote. – Neji o provocou, o pequeno abriu a boca em um pequeno "O".

- Ciúmes papai? Não. Koki hedói (herói), mas papai hedói (herói) maior. – o pequeno abriu os bracinhos de forma exagerada.

- Ah, é? Então não vai me trocar? – continuou o alfa, o pequenino balançou com frenesi a cabecinha, o abraçando com força.

- Nããão. Papai meu papai. Te amo papai. – o Nara se derreteu, depositando um beijo na bochecha gordinha do pequenino.

- Também te amo filhote. Meu filhote. – Neji sorriu, beijando a bochecha de ambos.

- E eu amo vocês dois. Os amores da minha vida. – Naruto via tudo calado e naquele momento, apenas naquele momento repensou em suas atitudes, naquele momento desejou ter um momento como aquele, seria possível? Teria ele também esse direito?


(...)


- Naruto foi embora? – o alfa balançou a cabeça positivamente.

- Sim, parecia pensativo, estava mais estranho que o normal.

- Mais que o normal? Então estava estranho mesmo. – brincou, o alfa riu, tomando a cintura contrária.

- Sabe, toda essa história de Naruto me fez repensar em nossos dias, quando cuidávamos nosso filhote. – o menor sorriu, envolvendo o pescoço contrário com seus braços.

- Ainda o cuidamos.

- Sabe o que eu quero dizer, estou falando de bebês. Eu... às vezes sinto falta daqueles dias. – o de olhos perolados sorriu de lado.

- Está querendo dizer que quer um bebê? – o alfa também sorriu.

- Não seria má ideia, aposto que Issa adoraria ter um irmãozinho. – o ômega também sorriu, deixando um suave selinho nos lábios contrários.

- Quem sabe um dia, né. – o mais velho apenas pôde assentir, jamais pressionaria seu esposo.


(...)


- Ah... meu afilhado é tão lindo. – elogiou Suigetsu, melhor amigo de Sasuke, encantado, faziam vinte minutos que havia chegado no hospital, após o ômega entrar em trabalho de parto, e ainda não conseguia deixar de babar no pequeno.

- Ei... ele é meu afilhado, você já tem Koki. – falou Neji com as sobrancelhas franzidas.

- Mas eu sou o melhor amigo de Sasuke, portanto eu tenho mais direito. Não é, filhote? – o ômega o encarou, parecendo não ter prestado a atenção.

- Eh... ah, claro. – falou alheio à briga, sua mente só conseguia pensar em algo que Naruto havia dito quando acreditava que ele estava adormecido.

- Sasuke! – Neji quase gritou, foi o loiro quem parou a briga.

- Parem os dois, Sasuke tem que descansar e meu filhote vai acordar desse jeit... – e antes mesmo que pudesse concluir o que diria, o choro alto do bebê ecoou por todo o quarto – Viram o que fizeram? – ambos ômegas desviaram o olhar, como crianças arteiras que haviam sido reprovadas por seus pais.

- Dê ele para mim, Sui. – pediu o Uchiha, seu amigo assentiu, levantando-se da cadeira onde estava, entregando o bebê ao menor, que o balançou suavemente – Shhh... calma, filhote...

- Ele deve estar com fome. – Juugo, o alfa do ômega azulado, falou, segurando Koki, que dormia em seus braços. O Uchiha refletindo as palavras de seu grandalhão amigo assentiu, levantando a blusa para dar de mamar ao pequeno, que após algumas negações, finalmente pegou o peito do ômega, que estava um pouco inchado pelo leite, mamando de forma desesperada – Eu disse. – falou orgulhoso o alfa alaranjado.

- Sim alfa, você sempre tem razão. – Suigetsu falou ao esposo, deixando um beijo nos lábios deste, sentando-se ao seu lado, no pequeno sofá que havia ali, enquanto olhavam como seu amigo amamentava o recém-nascido, o azulado apenas sorria de forma terna, com os olhos cheios d'água, enquanto seu marido com a mão livre entrelaçava seus dedos. Shikamaru e Neji conversavam entre si e com o Uchiha, que os respondia, sem deixar de olhar o pequeno filhote que apenas havia chegado ao mundo, por isso não percebeu a intensidade do olhar do loiro sobre si, nem mesmo as lágrimas que rolaram pelo rosto deste ao ver seu ômega com seu filhote daquela forma, mas o casal Nara percebeu e haviam ficado satisfeitos, parecia que seus amigos finalmente estavam se dirigindo ao caminho certo.


(...)


- Conseguimos! – o alfa riu ao sentir seu irmão pular em si, o abraçando apertado. Haviam passado meses e o ômega, para o desgosto de muitos, havia vencido a eleição, seria o primeiro prefeito ômega da história de sua cidade, e daí para frente só avançaria, dando cada vez mais direitos aos de sua classe.

- Parabéns, Haku, você merece. – bagunçou os cabelos do mais novo, que em seguida correu à seu alfa, um moreno grandalhão de nome Zabuza, que apesar da aparência de mau, era doce e carinhoso com seu pequeno esposo, com o qual havia se casado a pouco mais de um ano – Parabéns, amor. – o alfa Nara se aproximou a seu ômega, envolvendo a cintura deste e roubando um beijo de seus lábios, sabendo o quanto o ex-Hyuuga havia sido importante na vitória de seu irmão e o quanto continuaria a ajudá-lo.

- Obrigado, agora é arregaçar as mangas e trabalhar, e posso garantir, essa cidade será um exemplo de segurança e justiça perante todas as demais. Mesmo... – se interrompeu.

- Mesmo? – o alfa o incentivou a prosseguir.

- Mesmo será complicado agora, já que terei de ficar alguns meses afastado. – o maior franziu as sobrancelhas, para então abrir os olhos como pratos ao entender o que seu esposo queria dizer.

- Não me diga que... – o mais jovem assentiu.

- Issa irá ganhar um irmãozinho. – e o alfa sorriu e lhe beijou, demonstrando a imensa felicidade e amor que emanavam em seu coração.

Corrente de Esperança - ShikaNejiOnde histórias criam vida. Descubra agora