JEREMY MONTANI - MÁFIA ITALIANA (Vol 1)

6 - PRIMEIRO DIA.

Anastasia Karsth

Acordei sentindo uma forte dor de cabeça, me sentei na cama tentando me acostumar com a luz forte que atravessava o quarto, olhei ao redor e senti meu coração acelerar, olhei para às minhas roupas e eu estava apenas vestindo uma camisa social branca com um short preto pequeno, onde eu estou? Não me lembro de nada de ontem a noite! Me levantei depressa e fui até a grande porta do quarto, comecei a bater nela.

- Olá? Tem alguém aí? Me tirem daqui por favor! - Digo batendo forte na porta, me afastei quando não tive mais sucesso.

Olhei ao redor e o quarto era enorme, uma janela enorme no lugar de uma parede, alguns enfeites de preto no mesmo, minha respiração começa a acelerar, onde eu estou? O que eu fiz na noite passada que eu não me lembro?

- Anda Anastasia pensa caralho! - Digo com às mãos na cabeça andando de um lado pro outro.

Respirei fundo tentando acalmar a minha respiração e os meus nervos, a porta se abriu e de lá um homem alto, moreno veio até mim em um pulo, ele me segurou com os braços para trás e me vendou.

- Me solta seu filho da puta, eu vou matar você! - Digo me debatendo em seus braços.

O que na minha cabeça tinha dado certo, na realidade deu tudo errado, o homem me arrastou para fora do quarto e desceu às escadas comigo, eu gritava e xingava ele de todas às formas possíveis para que me soltasse mais nada aconteceu. Ele me empurrou numa cadeira me fazendo sentar nela, amarrou minhas mãos para trás e tirou a venda que continha em meus olhos, a sala era vermelha, em minha frente continha um notebook ligado num vídeo que ainda não tinha dado o play, eu me mexi na cadeira tentando me soltar mais era inútil. Respirei fundo e o play do vídeo foi acionado, várias fotos minha estavam rolando na tela.

- Mais que caralho é isso? - Perguntei pra mim mesma vendo o vídeo.

Fotos minhas sendo tiradas em baladas, lojas de shopping e até mesmo com a Érika andando na rua, fotos comigo lendo meu livro favorito na varanda do hotel que estava hospedada, com a Érika no jantar que tínhamos marcado na noite passada.

- Mais que porra é isso? Quem está me vigiando? - perguntei alto e o vídeo acaba.

Logo ouço passos atrás de mim e quem eu menos esperava se senta na mesa fechando o laptop, jeremy.

- Eu estava! - Ele diz tranquilo.

- Seu filho da puta, você me drogou naquela noite, como pôde fazer isso?! - Perguntei firme, mais sentindo lágrimas se formarem em meus olhos.

- Era o único jeito de fazer você ficar aqui comigo! - Ele diz vindo acariciar minha bochecha.

- Você é um doente! Você me sequestrou seu merda do caralho. - Dizer aquilo só piorou a situação, jeremy me deu um tapa forte no rosto e me virou para ele novamente.

- Acho melhor você pedir suas palavras comigo sua vadia do caralho, eu te droguei e te sequestrei acha que não tenho coragem de fazer algo pior com você ou com aquela sua amiguinha de merda? - Ele diz sério segurando minha bochecha com força.

Meus olhos soltam as lágrimas que estavam presas, como pude confiar nele logo de cara? Ele é um doente que com certeza não vai demorar muito para me matar.

- Foi o que eu pensei! - Ele diz se afastando de mim.

- Espera! O que vai fazer comigo? - Perguntei ouvindo seus passos pararem.

- O que eu quiser, você agora é minha! - Ele diz frio e ouço a porta ser abrida.

Passos vem até mim e logo minha visão é tampada novamente, não me debati, estava com muito medo do que poderia acontecer comigo ou com a Érika ou qualquer familiar meu, ele sabia que eu era do Canadá e tenho certeza de que não irá pensar antes de matar alguém ou fazer o pior só pra me atingir. Fui jogada com força para dentro do quarto que acabei caindo de joelhos, a porta foi trancada novamente e tirei a venda dos meus olhos, aquilo tudo estava muito confuso para mim, porque eu?. Me deitei no chão e abracei meus joelhos, me derramei em lágrimas de ódio, tristeza, rancor, de me achar tão burra ao ponto de aceitar vir pra casa de um homem que com certeza irá me matar, solucei pelo choro forte e sentir minha cabeça doer, aquilo foi o bastante  para que eu caísse no sono novamente.