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(Pov Louis)

Entro logo atrás de Harry, seguro em seu braço e me aproximo mais, nunca fui bundão, mas entrar na minha casa e deixar a porta assim? Se Harry não estivesse aqui eu já teria corrido.

Meu coração parece que vai sair pela boca quando nos aproximamos do barulho, estamos entrando na sala quando ouço um barulho atrás de mim, um gatilho é puxado e sinto um metal gelado na minha cabeça, não é possível que isso esteja acontecendo.

Meu corpo inteiro se arrepia, aperto o braço de Harry com mais força e sussurro seu nome em pedido de socorro, assim que ele vira, saca sua arma e ponta para atrás de mim. Sinto um braço dando a volta no meu pescoço e o metal gelado indo para o lado da minha cabeça, sou arrastado para trás e perco os movimentos, entro no automático, não consigo falar, chorar ou reagir, eu apenas…paro.

– Olá docinho. – Não, não é possível, eu ouvi isso mesmo? esse apelido não me é estranho. É o cara da boate? daquela noite? Ouço ele falar mas não escuto de verdade, entro numa bolha que as vozes ficam longes.

Docinho

Docinho

Docinho

Puta que pariu

Saiu do devaneio quando dou por mim, estou sendo enforcado, sinto falta do ar em meus pulmões, sinto que posso perder a consciência a qualquer momento, quando ouço Harry falar pela primeira vez.

– Eu não acredito que você teve a coragem de vir na casa dele, o que você quer com isso? prender o Louis aqui e o que? abusar dele? – Harry está gritando, sinto o desespero em sua voz, sinto o medo vindo dele e o ambiente cada vez mais pesado.

Sinto uma respiração rápida no meu ouvido, como se ele estivesse rindo, ele está rindo? Então essa era a ideia?

– Quando eu quero uma coisa eu vou até o fim, e quando alguém me diz não, sofre as consque…– Ele para de falar assim que ouve um tiro sendo disparado para o alto.

– Escuta aqui caralho, eu não quero saber o que você quer, eu não quero saber se você não sabe aceitar um não, quem vai sofrer as consequências aqui é você, se não soltar ele agora e colocar as mãos na cabeça. – Harry diz baixo, mas muito ameaçador, eu nunca vi ele falando desse jeito.

– Ah é? vamos ver então, você não vai poder fazer nada quando eu já tiver estourado a cabeça desse baixinho metido a besta. – Sinto a arma sendo pressionada ainda mais em minha cabeça, agora causando dor, a falta de ar ainda é evidente mas está melhor.

– Você não entendeu porra? eu não estou pedindo, eu estou mandando você soltar esse caralho de arma e colocar as mãos na cabeça agora. – Harry agora está gritando, chegando cada vez mais perto e apontando a arma direto para o homem atrás de mim.

Ele me chamou de baixinho? baixinho é o pau dele.

Piso em seu pé e me solto indo para atrás de Harry

Quando então eu ouço o barulho de um tiro

O cheiro de pólvora tomando conta do ambiente

E então

Eu desabo

Sinto braços fortes passando por baixo dos meus joelhos e braços, sinto o cheiro de menta de Harry em minha volta, e só então tenho coragem de abrir os olhos. Já estou quase saindo do cômodo quando olho para trás e vejo o homem caído no chão.

Não sei como, mas a arma de Harry não está mais em suas mãos e o homem está caído do outro lado, não sei bem onde Harry atirou, mas sei que a bala passou perto de mim porque meu ouvido parece estar tampado.

Hell Angel | L.S Onde histórias criam vida. Descubra agora