Open Your Eyes

7. Medo e Negação

Tenho um leve anuncio a fazer:

A minha criatividade decidiu ir pro saco, então eu to parado no cap 12 sem conseguir escrever absolutamente nada. Como a gnt ainda ta no cap 7 vcs vão ter mais algumas atts até lá e eu vou ter mais um tempo pra recuperar minha produtividade. Mas quero que saibam que, caso eu suma, esse foi o motivo. 

MAAAS, não se preocupem porque, como eu já deixei claro antes, não pretendo abandonar essa fic de jeito nenhum, então mesmo que hajam pausas, ela não vai ser jogada fora, eu prometo. 

Sem mais enrolações, boa leitura!

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~Remus~

Quando acordei naquela manhã chuvosa – o que era estranho pensando que estávamos próximos do inverno – vi que meu humor não seria dos melhores. Senti meu corpo todo doer inexplicavelmente, Deus, estava me sentindo um velho com artrite. Às vezes esse tipo de coisa acontecia, essas dores que vinham de repente e demoravam quase uma semana para passar. Eu já estava acostumado com esse tipo de coisa, era só ignorar e continuar vivendo.

Saí do quarto só para encontrar com uma imagem que me assombraria pelos próximos dias, senão meses. Sirius estava largado em um dos sofás, assistindo televisão, e só usava uma boxer preta.

Estremeci.

Por que diabos ele tinha que fazer isso agora? Depois de tudo que James disse e dos olhares estranhos que vinha recebendo nos últimos dias? Por que?

–– Bom dia, Moony. –– ele murmurou ainda entretido com o programa passando.

–– Dia.

Tentei o máximo possível não olhar para ele. Juro que tentei. Mas era quase como um imã gigante que atraía meu olhar sem interrupção. Tive quase que fazer força para desviar meu caminho para a cozinha.

E, por mais que isso seja comum, eu ainda não consigo lidar com o fato de me sentir... atraído por Sirius.

Por que, bom, eu não posso estar atraído por ele.

Não posso.

Ele é meu melhor amigo.

E eu nem sou gay.

Eu não ligo que ele seja gay, bissexual, ou sei lá. Não ligo de Marlene ser lésbica e namorar Dorcas. Mas eu não sou.

E me sentir, de certa forma, atraído por Sirius, não me fazia gay. Certo?

Eu era bem hétero.

Muito hétero.

"Meu Deus do céu não são nem 10:30 da manhã e isso tudo já começou? Não aguento mais. Essas dúvidas, essas perguntas, esse medo, essa insegurança. Não suporto mais. Por que isso tem que ser tão complicado? Por que eu não posso simplesmente saber o que eu sou e ficar em paz?" pensei, agoniado.

É, pelo jeito o universo não quer facilitar para mim.

–– Remus, você está bem? –– uma voz cortou meus pensamentos.

Obviamente, era Sirius.

–– Hm... estou sim. Por que a pergunta?

–– Você estava parado aí com uma cara estranha, incomodado, e também deixou a água ferver demais e a chaleira começou a apitar, mas você nem se mexeu. –– ele colocou a mão no meu ombro.

Eu odeio como meu corpo reage a toques indesejados. Normalmente eu ficava extremamente irritado, é possível sentir, quase tocar, a raiva que tomava conta de mim. Mas, quando Sirius me tocou, sem camisa, com seu corpo e suas tatuagens à mostra, olhando no fundo dos meus olhos, e sua íris azul acinzentada brilhando em preocupação, a única coisa que eu pude fazer foi...desejá-lo.