1

4.4K 480 119
                                    

Blake

Limpo meus olhos e olho para as pessoas ao meu redor, encolho meu corpo novamente sentindo o cansaço da noite mal dormida e sinto meu corpo doer.

Estou com fome, frio, e cansada. As roupas que estou usando não me aquecem o suficiente, e agora eu entendo o meu apelido, com toda certeza eu pareço um bebê idiota nesse momento.

Vejo o grupo de garotas passar por mim e logo a minha mochila ser arrastada pelo chão, uma lágrima solitária escorre do meu olho e eu a limpo rapidamente com o meu sueter aspero causando um pequeno formigamento em meus olhos.

— Vejam só? O bebê vai chorar? — O garoto fala se abaixando na altura do meu rosto e da um pequeno peteleco em meu rosto — Dio, você é mais feia do que eu lembrava.

Afasto a mão dele e o mesmo ri chutando para mais longe minha mochila com minhas poucas coisas. O mesmo volta a se sentar no outro lado da sala e eu me levanto indo até minha mochila azul bebê. 

Engulo a vontade de deixar o choro tomar conta de mim, mas antes que eu me levante com cuidado por conta da saia que está em meu corpo, meu braço é puxado para cima com força e eu choramingo pela dor.

— O que está fazendo no refeitório. — Diego fala entre dentes. Ele é sempre muito irritado — Qual a parte de que não é bem vinda aqui, aberração!

— Me solta, tá doendo... por favor... — Sibilo as palavras e solto um gemido de dor assim que ele aperta mais — meu bracinho... no, n-não, meu b-braço... vai ficar marcado.

Corrijo assim que vejo que eu iria me entregar, mas parecia tarde de mais.

— Oh, o seu bracinho? — Ele caçoa e eu prendo os lábios entre os dentes tentando não chorar.

As poucas pessoas do refeitório apenas olhavam Diego me atormentar e ao fundo eu conseguia ouvir Marck, Benner e Marcel rindo de mim. Puxo meu braço na tentativa de me soltar, mas é complementar em vão ja que no mesmo segundo ele crava suas unhas em minha pele aumentando a dor insuportável.

— Quando vai agir como uma pessoa normal? — Ele me chacoalha com força — Aja como alguém com a porra da sua idade! Você pode até tentar esconder, mas não engana ninguém quando carrega essas porras de ursos idiotas.

O olho aterrorizada, eu sei que não sou igual as pessoas da minha idade. Eu gosto de ursos e bichinhos, enquanto gostam de... bem eu não sei ao certo, Melissa normalmente muda de assunto quando eu pergunto.

— Diego, o diretor está chamando você. — Uma das crianças grita — Ele está com pressa, disse para você não demorar.

— Foi salva pelo gongo, bebê gordo idiota. — ele me solta abruptadamente fazendo meu corpo ceder ao chão e eu seguro as lágrimas mais uma vez.

Eu odeio não conseguir ser durona como Melissa...

Pego minha mochila e corro para o lado de fora do Clar's antes que ele volte. Caminho com rapidez pela estrada de sempre e conto as pedrinhas do caminho, assim que chego em frente à lanchonete onde eu trabalho, vejo Melissa com o homem grandão de sempre e o mesmo volta para o seu carro grandão como ele. O loiro grandão faz um último aceno e eu rio vendo Melissa colocar a língua para ele como uma palhacinha.

— Atrasada, Srta. Pelegrini?! — Me assusto com Hans que sussura ao pé do meu ouvido.

— Você também está! — falo e o mesmo sorri.

— Você me pegou, na verdade estamos atrasados apenas dois minutos. Então vamos — ele toma minha mão para ele, mas ele para no passo seguinte — Está tremendo?

La famiglia Lucchese - DylanOnde histórias criam vida. Descubra agora