...Brigas...

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(Nova Iorque, quarta, 09:54)
(1 semana depois)

Roman ainda estava na cama, alguns dias passados foi o último dia de julgamento de Henri, ele foi condenado a vários anos de prisão. Roman estava com o rosto inchado, ela e Johnny haviam brigado, nada de mais e nada de menos, brigas normais entre casais mas para um casal que não briga...briga assustadora. Johnny dormiu no quarto de hóspedes e Roman no quarto de ambos, ela decidiu que já tinha passado tempo o suficiente na cama, a perna ainda a encomodava mas já era suportavel pouca parte do tempo, tomou um banho, trocou de roupa, foi a cozinha onde ele tomava café com uma cara nada boa.

-Bom dia- ela tentou amenizar as coisas.

-Dia- ele pegou a xícara e saiu sem nem olhar para atrás.

Logo hoje Roman menstruou, ela precisava de carinho e atenção, o que Johnny não estava disposto a dar, não agora, ela estava dramática e sensível, péssimo dia.

-Eu tava pensando e....se a gente assistisse algo- ela propõe ao homem emburrado atento a tela do celular.

-Não estou interessado- ele se quer olhou a menina.

-Talvez depois....- ela mal pode terminar.

-Roman hoje não! - ele soa rude mesmo sem alterar o tom de voz.

-Ok....- ela foi para cozinha, talvez se fizesse seu prato favorito, eles se perdoassem.

Roman se dedicou a tarde toda a aperfeiçoar o prato detalhes aqui, detalhes ali, estava pronto, ela foi ao quarto chamar pelo amado, que calçava seus sapatos, definitivamente não eram sapatos para ficar em casa.

-Tchau Roman, vou sair- ele saiu antes mesmo de a deixar protestar.

Ela teria feito o prato de graça, ele não comeria, ela não comeu, não queria comer sozinha, apenas relaxou nó sofá, a perna estava encomodando de novo. Ela precisava dele, para ajudar a passar remédio, para lhe dar consolo, para lhe fazer companhia. Ela precisava dele. Ela tomou os comprimidos para dor, para esperar ele chegar, se não fosse trocado as ataduras e passado a pomada que anestesiava o local, ela teria de tomar um remédio mais forte que em minutos dormiria.

Horas passaram e ele não chegou, a dor piorava, a solidão aumentava e nada, ele não aparecia.

Roman- vai demora? Minha perna dói, eu só queria que ajudasse, talvez depois fazer algo, estou te esperando. ❤️.

Ela mandou mensagem, mas ele não respondeu, a dor aumentou e ela teve de subir as escadas, tomar remédio, ah esse remédio, deixava ela sonolenta, dormindo em pé, ela o tomou, se sentou na cama que ambos dividiam e esperou até não sentir o peso do próprio corpo. Ela levantou, mal andava em linha reta, desceu as escadas e cismou que queria salada de frutas, começou, derrubou água no chão,cortou algumas frutas, mas a maçã estava dura de cortar, ela forçou... forçou e por fim a faca escorregou, um corte feio foi feito em sua mão, ela tinha que ir até o banheiro onde tinha um quite de primeiros socorros, maldita água que ela não secou, ela escorregou batendo a perna na quina da mesa. Um grito de dor. Droga o remédio estava fazendo mais efeito, logo agora, com a mão ensanguentada a perna dolorida ela adormeceu em meio do chão, não tinha forças para mais se manter acordada, em meio daquele chão frio e o clima que também estava caindo. Ele nunca chegava.

Ao entrar na casa, se deparar com tudo escuro, Johnny adentra a porta com desespero, para esfriar a cabeça teria saído com os amigos e esquecido que sua mulher ainda precisava de tratamento.

-Roman??- ele correu para o andar de cima.

Quando viu aquela caixa de remédios aberta, sentiu uma dor no coração, ela se dopou para não sentir dor, "estou te esperando" ela esperava que ele chegasse para ajudá-la, mas ele nunca chegou... E pior ela não tava na cama... Uma busca incessante por ela, ela estava dopada, cairia a qualquer instante e pior tinha a perna machucada, de urgência ele precisava a achar.

-ROMAN- ele grita ao ver a amada garota ensanguentada no chão, pegando seu corpo gelado, ela não estava com roupa apropriada para o frio que fazia, na hora que apagou devia estar um clima mais quente.

Johnny segurando as lágrimas deu banho um quente na garota, trocou seus curativos, passou pomada, cuidou da mão dela, a aconchegou em seu peito, fez cafuné em seu cabelo em quanto derramava lágrimas.

Ela tinha feito seu prato favorito, mesmo com dor, ele tinha visto antes de pegar a garota do chão, tinha esperado para que ele cuidasse dela, e ele não estava lá, por que eles brigaram? Nem ele mais lembrava, não importava, só de saber que podia a ter perdido de novo por coisas bestas lhe matava por dentro, a garota acordou, abrindo os olhos, sentindo um peso de uma mão em suas costas ele estava de volta.

-Johnny! Eu fiz sua comida favorita... E também pensei que podiamos assistir um filme e...- ele não a deixa terminar por lhe dar um beijo longo e carinhoso.

-Eu amo quando você fica animadinha, ainda mais quando é por planeja tudo.

Ela sorri satisfeita, eles jantaram onde Johnny se quer tirou o olhar dela um segundo, assistiram um bom filme, agora Johnny tomava banho e a garota olhava a própria perna no espelho, ele tinha tirado as  ataduras para o ferimento "respirar" um pouco depois faria um novo, ela começou a chorar, bem na hora que ele saiu do banho.

-Querida? Tudo bem? O que houve ?- ele abraça.

-Minha carreira acabou... totalmente- ela fala aos prantos escondendo o rosto no pescoço do namorado- olha isso- ela se refere ao ferimento na perna.

-Mas querida é recente e...

-Não Johnny, vai ficar cicatriz e ninguém mais vai me querer como modelo.

Johnny tentava de todo jeito a acalmar mas ela tinha razão, o público e os diretores podia ser bem exigentes, uma pontada de culpa o atingiu, se talvez, só talvez ele a tivesse protegido, não teria acontecido, mas algumas coisas tem que acontecer, ambos querendo ou não.

Mine...-Johnny  Depp Onde histórias criam vida. Descubra agora