...Fundo do Mar...

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(1 mês depois)

Roman e Johnny passaram pelos mais belos lugares, aproveitaram ao máximo um ao outro, e aproveitaram seu "filhinho" também. Roman estava cada dia mais apaixonada por Johnny. Eles estavam na praia, Caribé. Roman tomava um bom bronzeado enquanto Johnny lia tranquilamente na cadeira, ao lado de sua amada.

-Querido, me protetor solar já venceu, tô começando a sentir meu corpo esquentar demais, passa protetor solar para mim?- ela levanta o chapéu, já que bronzeava as costas.

-Claro, amor, com prazer- Johnny pega o frasco de protetor solar.  O mais velho massageava as costas da garota, ela estava pirando, como uma boa massagem fazia bem- pronto, querida, se não se importa vou dar um mergulho.

- Cuidado, amor- a menina alerta.

-Sempre, querida.

Johnny mergulhou, sentindo a água fria contra seu corpo, enquanto afundava pensou em Roman, o fundo escuro do mar, era para onde ele ia, a luz lá encima era Roman. Ele queria nadar até lá, mas afundar era mais fácil, algo já o puxava para baixo. Quase que hipnótico,você vai descendo afim de descobrir, o que tem no fim, ou se o seu fim chegará primeiro, como se alguma coisa se prendesse no seu corpo e ti fizesse descer. Johnny se deu conta do que fazia, subiu , o mais rápido que pode, seu pulmão implorando por ar, o cansaço de seus músculos, querendo parar, ele não podia deixar Roman, depois de tudo, não, ele estava voltando,  aguente um pouco, my lady, eu estou a caminho. Assim que seu pulmão recebeu ar novamente, uma onde de alívio o tranquilizou. Roman, olhava preocupada, quando viu o homem, não se importou e entrou na água pulando em seus braços, num abraço apertado. Uma vez no fundo daquela imensidão, você é puxado, cada vez mais. Até não conseguir voltar, nem todos acordam. Johnny não entendeu, ele nunca teve pensamentos assim, mas estar lá, o fez descer cada vez mais, não querer subir.

Roman ficou devastada depois que seu namorado não subia de novo, ela não sabia se mergulhava atrás dele, se esperava, se chamava alguém, estava com o coração na mão. Ao ver o homem outra vez precisou o sentir, ter certeza de que não era imaginação. De que ele estava bem e na sua frente. Lágrimas pintavam o rosto da garota. Um nó se formava em sua garganta. Ela não tinha nada a dizer...

O resto do dia foi silencioso, Johnny ficou todo tempo perto da amada, sabia que ela tinha ficado abalada, mas não tinha coragem de conversar com ela, não tinha explicação, só.... De repente o fundo do mar parecia muito atraente e convidativo. Ele pensou em ir até não aguentar subir, claro , agora como ele explicaria a sua amada. Que pensou em a deixar. Não tinha o que fala, pois não tinha como explicar. Não sem a mágoar

Roman, não fez questão de puxar conversa, tinha medo da resposta, tinha medo que suas teorias sobre a resposta estivessem certas.

-Querida...- Johnny finalmente atraiu a atenção da mulher do seu lado. Tão quieta, como se estivesse morta. Ela responde apenas o olhando- o que acha de assistirmos um filme, talvez, sair para algum lugar, levar Rox para passear, ele ainda não conhece por aqui. É nosso último dia aqui também.

-Pode levar, Johnny, não estou no clima- "Johnny" o que aconteceu com o "querido" ?"Amor"? , Uma coisa pequena?, sim, mas para Johnny significo muito essa mudança. Roman olhava as páginas do livro em sua mão, pois não absorvia palavra alguma.

-Roman....- a mulher novamente o olhou, um olhar triste, sem vida, sem emoção- precisamos conversar, não podemos ficar assim.

-Fala, Johnny- ela guardou o livro, seu estômago começou a revirar, ela sentia que passava mal, mas sabia que não.

-Eu...é que....bom....Olha eu não sei o que aconteceu, tá bom- suspira pesado- eu mergulhei, fiquei submerso em meus pensamentos, não percebi, que estava afundando, mas assim que me dei conta eu comecei a subir, o mais rápido que pude, foi um deslize, foi um milésimo de segundo.- lágrimas da parte da garota, ela tinha tanto medo de o perder, dele a deixar, mas nunca teve medo, dele não acordar, dele não voltar, não até agora.

A distância dela significava preparação, caso acontecesse de novo, caso dessa vez ele não volte, não estaria mais tão próxima a ele. Não doeria tanto.

-Está tudo bem- ela mentia como uma proteção.

-Não, não está, você tá se distanciando, tá indo para longe, eu peço perdão.  Não queria te assustar, não queria te preocupar- o desespero na voz do homem, conhecia bem com quem se deitava, sabia o que ela fazia, precisava mostrar, provar , que não tinha o que temer, quem sempre voltaria.

Não houve resposta, o mais velho suspirou, durou pouco, pois a menina pulou em seus braços, atacou seus lábios, um beijo necessitado, ela ainda tinha medo, de imaginar tudo isso, enquanto ele estava no fundo do mar. Mas não, a imaginação dela não era capaz de imaginar um beijo tão bom, quanto o que Johnny sabia dar.

-Está tudo bem, eu te amo, só isso que importa - ele beijou ela, derrubando a garota na cama. Rox latia animado, já que os donos estavam tão desanimados. As mãos de Johnny apertavam a cintura da garota com vontade, com gosto, com a alívio de sentir ela outra vez, sentir seus lábios outra vez.

Um abraço finalizou tudo, um abraço aconchegante, ele descansava sobre o peito da garota, que mexia naqueles cabelos que tanto admirava. Um filme qualquer passava na tv. Mas eles não ligavam, só se importavam com a companhia um do outro. Johnny beijava o peitoral da garota, Roman, mexia em seus cabelos. As vezes quando Johnny estava sem sono, ele beijava o corpo da garota, peito, seios, barriga, ficava por dentro da camisa beijando ela, que de forma alguma reclamava.

Levaram, Rox, para conhecer,Caribé, tomaram sorvete, deixaram Rox no hotel e foram  jantar a luz de vela, o que deixava o clima gostoso. Agora Johnny descansava com um dos seios da garota na boca, seus olhos pesavam, bocejos vinham, estalinhos que saiam da sua boca, não o incomodavam, estava tão cansado que nem os percebia mais. O sono veio, assim como para sua amada.

O dia foi estranho, assustador, eles passaram por desafios, por coisas que fortificou seu amor, ou , o enfraqueceu. Muitas coisas aconteceram, mas eles estavam juntos, era o que importa.

Mine...-Johnny  Depp Onde histórias criam vida. Descubra agora