A marca que nos conecta

Capítulo 4

Takemichi estava ansioso. Sentia uma tempestade de sentimentos ruins e possibilidades de seu plano dar errado rodar sua mente, fazendo ele fraquejar e pensar em desistir, mas não podia.

Amanhã séria 11 de maio, o dia em que Inui iria ser morto sem piedade e compaixão, e isso fazia ele criar coragem e pensar em coisas positivas, mesmo algo lhe avisando no fundo de sua mente que algo daria errado e que ele não conseguiria fugir, mas mesmo com medo de ser pego novamente, sofrer as consequências ou até mesmo morrer por tentar fugir, Takemichi não conseguia pensar em deixar Inui morrer aqui. Ele gostou do rapaz e se fosse preciso, morreria para proteger ele.

Por ter pais rígidos, Takemichi nunca realmente se sentiu amado naquela casa, sempre estava sozinho ou apenas com a presença dos empregos, que eram ocupados demais e não podiam ficar muito tempo conversando com si, e quando seus pais estavam, era um silêncio e conversas básicas. Quando foi para a escola, ele finalmente teve o amor de seus amigos e algumas pessoas que pareciam estar interessadas romanticamente nele, mas com Inui era diferente, ele sentia que o loiro era alguém no qual poderia confiar para sempre e nunca o abandonaria.

Era estranho, mas confortante.

" Você está bem?" Inui pergunta preocupado.

Ele sabia que era hoje que o plano de Takemichi iria começar,  e dês do amanhecer, ele podia ouvir os passos no quarto ao lado, indicando que o Hanagaki estava andando de um lado para o outro por conta do nervosismo.

" Sim...apenas estou ansioso e com medo do que pode dar errado."

Takemichi sentiu um frio na barriga de nervosismo e suas mãos começaram a suar. Ele sabia que o plano deveria ser executado agorinha, quando vierem trazer seu almoço.

" Não se preocupe. Ayane já deve ter queimado maioria das câmeras de todos os andares e eu posso sentir o cheiro de espíritos por todo o lugar, ele com certeza sabem o que estão acontecendo e querem ajudar."

Takemichi franze o cenho. Ele não entendia o motivo de espíritos estarem ajudando eles.

" Inui, por que tem espíritos ajudando a gente?"

" Não sei ao certo, não sou um bruxo e por isso não conheço muito bem desse mundo, mas diria que pode ser duas opções; ou eles foram pessoas que morreram aqui e querem que fugimos para depois destruir esse lugar ou eles estão nos ajudando por conta de seu companheiro."

A mente do Hanagaki esclareceu um pouco, mas anotou que teria que pesquisar mais a fundo sobre o mundo natural com Inui, ainda mais que ele era a alma de um ser sobrenatural e iria entrar nesse mundo.

Seus pensamentos foram interrompidos pelo barulho da porta se abrindo e um guarda, que estava só, entrando para deixar sua comida.

Sorrindo como nunca, Takemichi  torceu um pouco seu salto e fingiu cair, sentindo felicidade quando o guarda fechou a porta e veio até ele desesperado.

Uma das regras da empresa era nunca deixar um paciente machucado, pois os cientistas precisavam deles inteiros para fazer os exames, então quando um paciente se machucava na presença de um guarda, o soldado era responsável pela tragédia e sofria punições severas por sua incompetência.

" Está com dor?" O guarda deixou o prato de comida no chão branco e se aproximou do garoto caído no chão, que se sentou e fez um careta de dor e deixo um gemido de dor sair de seus lábios.

" Acho que machuquei meu pé." Takemichi levanta seu rosto e tentou o máximo possível transmitir dor em seu rosto, rindo internamente quando o guarda se aproximou e ajudou a levantar, colocando ele sentado na cama branca com cuidado e se ajoelhando na frente de Takemichi.