A marca que nos conecta

Capítulo 3

Sentando em sua cama, olhando para o mapa da planta todo aberto e marcado pela tinta da caneta que ele roubou quando saiu do laboratório, Takemichi pensava em um plano para sair daqui sem levantar suspeitas ou algo dar errado e acabar com a morte de alguém.

Olhando para aquele edifício enorme, Takemichi decidiu que o melhor jeito de sair de lá era se infiltrando entre os cientistas, se passando por um, o problema era que ele queria levar com ele Inui, mas aparentemente o garoto usava uma coleira que impedia ele de se transforma em humano novamente.

Se ao menos tivesse algo que pudesse retirar aquela coleira...

Ayane! Claro! Como havia se esquecido da sua pequena gosminha? Ela com certeza poderia fazer com a coleira o que fez com sua algema.

Mas... Como ele irá pedir para Ayane tirar a coleira do pescoço do garoto? Ele não poderia simplesmente sair de seu quarto para ir ao quarto ao lado, séria muito perigoso, sem contar que daquele vez ele teve a sorte daquele cara ter se matado e toda a atenção ter ido para ele, mas agora ele não teria a mesma sorte.

Parando para pensar um pouco, Takemichi finalmente teve uma ideia brilhante. O quarto de Inui era o quarto ao seu lado, então ele poderia bater várias vezes na parede e com sorte, a gosminha irá ouvir e passar a parede para conversar com ele.

Com medo de bater sua mão frágil na parede dura e se machucar, Takemichi olhou por todo o quarto em busca de alvo que pudesse o ajudar, mas não havia absolutamente nada que pudesse usar para provocar o barulho ou cobrisse sua mão para ele não sentir o impacto.

"..."

Takemichi ficou sem palavras quando barulhos de batidas foram ouvidas em seu quarto, como se houvesse mais uma pessoa aqui e ela estivesse batendo na parede, do lado em que fica o quarto de Inui, para ele.

Alguns acontecimentos estranhos parecidos já tinham acontecido antes, mas agora, vivendo isso de tão perto e presente, Takemichi se lembrou dos outros fatos e sentiu que aquilo não era normal.

Um exemplo foi no dia em que ele conseguiu a planta do edifício e as duas fichas, a gaveta que tinha a planta estava fechada e se abriu violentamente quando ele estava indo embora. Era como se alguém quisesse que ele visse o que tinha na gaveta e percebesse que aquilo iria ajudar muito ele.

Takemichi não sabia o porquê, mas estava desconfiado que poderia ser algo sobrenatural, e que talvez, estivesse envolvido com sua alma gêmea.

É tão estranho pensar que ele realmente tem uma alma gêmea que está destinada a ficar ao seu lado para o resto da vida, que sempre estaria ali para o ajudar, apoiar e cuidar de si, assim como ele daria o máximo de si para se acostumar com toda essa louca de ter uma alma que fosse do mundo sobrenatural.

Takemichi só saiu de seu mundinho de pensamento quando um barulho de algo se derretendo e um resmungo irritado foi ouvido.

Olhando para a direção do barulho, ele encontra uma Ayane, brava e resmungona, atravessando a parede de concreto, após derreter o mesmo com sua gosma, e tentando achar quem atrapalhou sua missão para matar esse indivíduo, porém, sua expressão se radiou assim que seus olhos ficaram em Takemichi, que lhe lançou um sorriso amigável.

" Groum!!!" A pequena gosma exclamou enquanto " corria" até seu dono e sorria mais radiante do que nunca.

"Também senti sua falta" Takemichi se abaixou e acariciou levemente a gosma que estava quase que grudada em seu salto.

Olhando para o salto, Takemichi percebeu que também teria que dar um jeito nele quando fosse escapar desse lugar. Ele não sabia se o salto tinha um rastreador ou algo parecido, então era melhor prevenir para que nada dê errado quando eles forem escapar daqui.