Capítulo 5

2.1K 294 113
                                    

Quando Takemichi chegou na frente da porta do quarto 123, ele notou que havia vários rapazes com caixas pesadas nas mãos e outros estavam dentro do quarto, empacotando tudo. Com medo, o Hanagaki faz um barulho com a garganta, chamando a atenção de todos os guardas que estava ocupados cuidando de todas as coisas.

Assim que todos olharam para a medalha no peito de Takemichi, se curvaram em sinal de respeito e se sentiram nervosos, pois nunca estiveram cara a cara com um dos quatro líderes.

" Não precisam se curvar. Eu estava observando vocês e botei que estavam um pouco cansados, então como capitão de vocês, ordeno que vão para seus aposentos e descansem por hoje, e não precisam se preocupar com a desocupação desse quarto, eu cuido disso."

Mesmo estranhando a ordem de descanso, coisa que é rara para um soldado, todos os guardas não reclamaram, apenas agradeceram e se curvaram mais uma vez antes de deixar todas as caixas no chão e irem rumo à seus aposentos, se sentindo aliviados por finalmente terem um pouco de descanso depois de terem feito várias coisas.

Sem perder mais tempo naquele corredor totalmente branco e sem graça, Takemichi adentrou o quarto e logo viu a clara diferença entre um simples cientista e um guarda de alta patente.

Diferente do quarto do guarda que ele estava desgraçado, o quarto desse cientista tinha apenas uma cama branca de solteiro, uma escrivaninha com uma cadeira e um abajur e um pequeno tapete que nem era de tecido bom, tendo também um simples guarda-roupa encostado no canto da parede.

Takemichi ignorou tudo e foi direto para o guarda-roupa, abrindo ele e sorrindo quando viu o mesmo conjunto em vários cabides; uma camisa branca de mangas linhas e uma calça solta, branca e longa.

Sorrindo como nunca, o Hanagaki pegou dois conjuntos de roupas e as dobrou, não conseguindo conter sua felicidade e pequeno surto quando percebeu que teve muita sorte dos guardas não terem empacotados essas roupas, o que leva ele a crer que o que tinha dentro das caixas era decorações que o próprio cientista colocou no quarto, deixando o cômodo totalmente padronizado, mas ainda com algumas coisas do cientista, que não foi possível colocar nas caixas e eles pegariam depois.

Olhando para o quarto, Takemichi percebeu que não havia mais nada que o pudesse ser útil, então decidiu sair do cômodo e ir logo para o quarto de Inui, porém, assim que tocou a maçaneta da porta, ele ouviu um barulho de algo batendo na madeira e quando se virou viu um livro de capa grossa da cor marrom voando em cima da escrivaninha, fazendo ele franzir o cenho.

Já acostumado com essas coisas estranhas, Takemichi se aproximou da escrivaninha e pegou o livro, abrindo ele e percebendo que se tratava do diário do cientista que estava aqui.

No começo, ele hesitou em ler o diário, mas se lembrou que tinha lido o do guarda e havia descoberto várias coisas que foram úteis para ele, e o suposto espírito não fazia ele ler esse diário em específico se não tivesse algo interessante e que o ajudasse.

Hoje é meu primeiro dia trabalhando aqui! Dizer que estou ansioso séria mentira, estou muito mais do que isso, não sei explicar, mas estou super animado, a única coisa que achei muito estranha é que quando foram me contratar e me trouxeram para cá, eu tive que assinar um tipo de contrato que dizia que eles não se responsabilizam se algo de ruim acontecesse comigo, também havia algo sobre eu estar pronto para receber qualquer punição se abrir minha boca e falar algo sobre o que acontece aqui, mas não é como se eu realmente soubesse o que acontece aqui, já que sou um novato que só recebe ordens para fazer café e atender os superiores, não tendo permissão para ver os experimentos que eles fazem nós animais que estão aqui.

Estou ansioso para o dia em que poderia ver e fazer um experimento em um animal.

Takemichi percebeu que pela forma de escrita, a pessoa parecia bastante animada e feliz, e quando se referiu aos experimentos como animais, que eram eles no caso, não parecia ter feito isso por maldade, e muito menos parecia saber que os animais eram seres humanos, o que levou ele à crer que na verdade, os cientistas novatos não sabiam que os experimentos eram feitos em humanos, e que na verdade, falavam para eles que eram feitos em animais.

A marca que nos conectaOnde histórias criam vida. Descubra agora