39|| So it's Great

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Heyoon Jeong

— Princesa? — chamou Joshua com cautela.

É a primeira coisa que diz em varias horas, depois daquilo que aconteceu no seu escritório não voltou dizer nada mais e sinceramente não entendo o porque, tentei jogar conversa fora mas ele continuava a me ignorar então decidi o ignorar também.

Se eu soubesse que ia vir aqui pra ele ficar zangado comigo sem motivo algum teria ficado em casa.

Agora, três horas da manhã parece que quer arrumar as coisas. Não consegui dormir, fiquei dando voltas na cama o tempo todo enquanto Josh estava no sofá assistindo TV, ha pelo menos quatro horas. Quando vim pra cama não perguntei se vinha junto, pois pensei que minutos depois apareceria, mas esse não foi o caso, ele decidiu ficar lá e só aparecer agora.

Acho ridícula sua atitude, não fiz nada de
mal.

Será que algum dia vou entender suas
mudanças de humor? Ele parece bipolar.

— Heyoon? — chama uma vez mais vindo até a
cama.

— 0 que foi?— pergunto grossa, do mesmo
jeito que ele foi antes.

Josh tira as roupas ficando só de cueca e deita do meu lado em silêncio, sem me tocar em momento algum. Queria muito vestir sua camiseta, porém orgulho supera a vontade de fazer isso.

— Me desculpa...

Viro de costas pra ele.

— Você não pode fazer isso, em um momento estar bem e no outro do nada ser frio e distante comigo.

Ouço como suspira e vai se aproximando de mim.

Fecho os olhos tentando não pensar em seu maravilhoso corpo, sabendo que se fizer isso vou me distrair, então tento com todas minhas forças subsistir meu desejo por raiva, raiva da bipolaridade de Josh, do monte de segredos que esconde de mim, de como as vezes é tão frio...

—Eu sei, mas-

— Se sabe então por que faz? As vezes penso que não conheço, tem tanta coisa que gostaria saber sobre você, tantas coisas que gostaria que fossem esclarecidas... ―mesmo estando no escuro sei que está me encarando, viro e dessa vez encaro o teto. —Sei que não é fácil se abrir, mas Beauchamp, eu te contei tudo sobre mim, entreguei meu coração a você mesmo sabendo que poderia quebrá-lo em qualquer momento.

Ficamos em silêncio por um tempo, não tinha planejado desabafar uma hora dessas.

— Heyoon, você é a pessoa que mais me conhece. — agora ele também está encarando o teto. — Nunca fui tão aberto com ninguém do jeito que sou contigo. Mas tem coisas do meu passado que prefiro não desenterrar, mesmo elas me perturbando até hoje.

Mais silêncio, se eu sou a pessoa que mais conhece Josh nesses momentos, seus amigos ou Any não devem saber praticamente nada sobre sua vida. mas o que pode ser tão ruim assim pra ele não querer contar a ninguém?

pego sua mão.

— seja lá o que for, nós vamos superar,
duvido muito que alguma coisa me separe de você.. a não ser que seja um assassino em série ou alguma coisa do tipo. — brinco pra amenizar o clima. — só peço que confie em mim, não precisa contar agora, mas espero que o faça algum dia, conversar é bom.

ele leva minha mão até seus lábios beijando-a.

— eu sei, pago um psicólogo pra isso. — Suspira — comecei depois da morte da minha
mãe, com onze ou doze anos parei de ir, porém aos dezesseis voltei as consultas, pois minha saúde mental estava praticamente inexistente. — começou contar. -desabafar com um desconhecido era ótimo, o doutor rodrigues é a única pessoa que realmente conhece todos meus... problemas.

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