17|| the nightclub

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Heyoon Jeong

—Boate. — Anuncia Any enquanto lê a mensagem deitada de qualquer jeito no sofá.

—22h. Vamos?

É uma tarde de Sábado, Any e eu acordamos com preguiça de fazer qualquer coisa. Ainda com os pijamas pedimos comida japonesa e começamos uma maratona de Hannah Montana, apenas porque estamos entediadas e sentimos falta da nossa linda e maravilhosa infância.

— Que hora é agora? — pergunto enfiando
outro sushi na boca.

— Seis e meia. — responde.

— Seis e meia? Da tarde?

— Não da manhã, sua anta. Claro que da tarde.

— Há cinco minutos atrás eram duas e
quinze. — estendo o braço procurando meu celular por baixo dos cobertores.
Quando finalmente consigo encontrá-lo, vejo que sim, são seis e trinta e três da tạrde. Como é que o tempo passou tão rápido e não fizemos absolutamente nada?

— Vai ou não?

Penso sobre, é melhor eu sair um pouco de casa.

— Vou.

Na hora meu telefone toca, aparecendo na tela "Mãe".

— É minha mãe — aviso levantando e indo até meu quarto.

— Oiiii — digo animada.

— Boa tarde, como vai? — sua voz não está como sempre, parece desaminada, triste.

Todo sábado por essa hora minha mãe liga, não existe sábado que isso não aconteça.

— Estou bem. — me jogo na minha cama — E a senhora? Está tudo bem?

— Tudo ótimo, só estou um pouco cansada, essa semana tive muitas coisas que fazer. — diz me acalmando — Semana que vem Any e você vão vir, sim?

Meu deus, semana que vem já é ação de graças! Aonde estou com a cabeça? Ainda nem avisei pra Any, mesmo a gente indo todos os anos.

— Sim... claro, semana que vem a gente
se vê. — tento soar o mais verdadeira possível. Como eu que esqueci? — Como está papai? — mudo de assunto.

— Trabalhando muito.

— Isso é bom, não?

— Claro.

Minha relação com meu pai não é ruim... apenas tivemos uns problemas no passado, que pra mim são difíceis de esquecer, porém nossa relação pai e filha é boa, não que nem com minha mãe, mas é boa. Eu mesma admito que amo mais minha mãe, com meu pai não converso tanto, ele também não procura muito me ligar, ou enviar mensagem, apenas de vez em quando manda um "Oi filha, tudo bem?" Ou liga uma vez por mes.

— Que bom, fala que mandei um abraço. — digo levantando da cama pra procurar alguma roupa para vestir a noite.

— E o que fez de bom hoje? — questiona
minha mãe.

— Comer — respondo enquanto reviro o armário. — Nada, pra dizer verdade. Mas
daqui a pouco vou em uma boate com a Any.

Decido pegar um vestido azul-agua colado, e decotado na frente, sem mangas. O jogo na cama pra depois começar me arrumar.

— Que bom... Agora que o estou lembrando, terça-feira Lamar mandou uma mensagem pra mim...

Fico paralizada. Lamar, meu ex-namorado, que me traiu, enviou uma mensagem pra minha mãe, depois de todo esse tempo.

HOT DARE - Adaptação Heyosh Onde histórias criam vida. Descubra agora