HOT DARE - Adaptação Heyosh

47 || Home, Sweet Home

Heyoon Jeong

Tinham me recomendado ficar no hospital
seis dias. Hoje é trinta e um de dezembro.
Também me disseram uma série de coisas que devo seguir até ficar curada por completo.

Primeiramente tem a dieta, que se basa tecnicamente em sopa e frutas, eu não vou poder dirigir, vou ter que ficar em repouso por duas semanas e algumas outras ordens do doutor.

Isso é horrivel. Estou começando me sentir asfixiada em saber que não poderei fazer praticamente nada.

Meus pais e amigos foram avisados do ocorrido e hoje chegam aqui com o jatinho privado dos meus pais pra me levar de volta pra Los Angeles e eu me recuperar lá. Eles estão horrorizados pelo acidente, eu acho que minha mãe quase teve um paro cardíaco quando contaram pra ela pelo telefone. Sina e Any também foram avisadas, e as duas estão vindo com meus pais pra cá, eu insisti em que elas deveriam desfrutar das férias delas juntas, mas elas quiseram vir nao importava o que eu dissesse, as duas  pareciam estar muito preocupadas também. Josh já preparou as minhas coisas da casa da vovó e as trouxe ao hospital, pois daqui eu ia ser levada ao aeroporto, meu movimento devia ser o mínimo, e devo estar baixo supervisão de qualquer outra pessoa o tempo todo.

E foi assim, Josh e Ceci estiveram do meu lado todo esse tempo, o que achei algo lindo pela parte dela, porque mesmo ela não sendo culpada de nada ela disse que achava que tudo isso era sua culpa. Repeti mil vezes que não, isso não foi culpa de ninguém, eu odeio que eles sintam que devem ser os culpados
nessa história.

Ainda é cedo, sete horas da manhã, eles chegariam aqui nove. Conseguiriamos estar em Los Angeles antes da virada do ano, e depois era meu aniversário. Eu não estou nada animada. Só quero por perto minhas amigas, meus pais e Josh, o que é estranho pela minha parte já que eu amo festa.

— Como você esta, querida? —perguntou-me Nayla aparecendo com um suco e uma maçã.

Ficamos muito amigas nesses últimos dias, ela é uma pessoa maravilhosa e atenciosa, eu até contei pra ela todo o drama que aconteceu.

— Pésima. Odeio ter que ficar deitada nessa estúpida cama o tempo todo.

— Ela odeia não poder se maquiar e ter que apenas vestir moletom. — interviu Josh na conversa.

O olhar que Nayla me lançou era de compaixão e compreensão.

— Eu te entendo, também não gosto muito ficar todo o dia nessa roupa de enfermeira, mas é o meu trabalho, e eu o amo então não vou reclamar. Mas pense que hoje você já vai embora desse hospital.

—Graças a deus. —murmurei olhando pra
cima. — Eu vou sentir sua falta. ―baixei minha voz pro Josh não escutar. —Ele não me cuida tão bem que nem você. — brinquei.

— Eu escutei isso. —respondeu olhando com um sorriso. —Ninguém cuida de você melhor do que eu.

Isso era verdade. Ele quase nem foi no banheiro pra não sair do meu lado.

Depois da nossa conversa eu senti como se ele tivesse liberado de uma corda que o esteve amarrando a vida toda, o noto mais tranquilo, menos ansioso, menos preocupado. Depois do meu aniversário ele vai partir pra Arizona. Sim, vamos ficar bem longe um do outro por alguns meses. E sim, ele escolheu a clínica de desintoxicação mais longe porque não confiava em si mesmo pra voltar e desistir dela. O fato de eu estar machucada era uma desculpa ótima pra ele não ir, e ele insistiu em ficar pra cuidar de mim, mas eu insti em ele ir. Daí na sua volta os dois estaríamos bem, eu curada e ele desintoxicado, e também acredito que melhoraríamos emocionalmente, não mais tantos problemas. Eu ia sentir muitíssima falta dele.