Pergunte-me

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— Meu nome é Jimin... Park Jimin — O loirinho disse.

— Que nome lindo — Jin respondeu. — Bom, acho que já vamos, Jimin. - Disse quando viu que só sobraram os dois e Jungkook no salão, além dos funcionários. — Eu sei que deve ser difícil, mas tenta relaxar, eu te juro que não vou fazer nada. Só vamos te levar para casa, se quiser conversar um pouco, ou dormir, ou qualquer outra coisa, pode fazer.

— Tá bom! — Jimin disse em tom baixo.

— Então vamos! — Pegou na mão do menor, que pareceu assustado, mas depois relaxou com o toque.

Jungkook os seguiu para fora do salão. Quando passaram pelo portão, Jungkook notou o olhar apavorado do loirinho ao ver um dos seguranças, que parecia um brutamonte.

Entraram nos carros, agora os três em um carro separado dos outros. Levaram um tempo para chegar à mansão do mafioso, onde todos moram. Na verdade Taehyung ainda mora com os pais, mas fica mais na casa do namorado de que na própria casa, então também conta como inquilino.

Jimin foi o caminho todo olhando pela janela, tudo que viu indicava ser uma cidade grande, muitos prédios de diversos tamanhos, luzes fortes e vários outdoors, além das ruas bem movimentadas.

— Onde estamos? —Jimin perguntou para o ômega ao seu lado no banco de trás.

— Em Seul — Jin respondeu. — Você não é daqui? — Estava curioso sobre o loirinho, queria saber quem ele era e o que fazia, mas daria o tempo que ele precisa para confiar e partilhar sua história consigo.

Jungkook também estava curioso, mas usaria outras táticas para conseguir as informações que queria do ômega.

— Eu sou de Busan. — Jimin suspirou. — Era meu sonho conhecer a Grande Seul, mas agora parece mais um pesadelo.

Seokjin não soube o que dizer, então prosseguiu com perguntas não muito invasivas.

— Quantos anos você tem? — Jimin respondeu que tem vinte. — Sério? Você é tão novo... Posso perguntar... —Ponderou, sabia que seria invasivo, mas a curiosidade era maior, e Jimin o pediu para prosseguir, então: — O que estava fazendo aqui? Por que, como, foi parar em um leilão?

— Eu não sei —Jimin desceu o olhar embaçado de lágrimas para seu colo, onde apertava suas próprias mãos. — Eu fui sequestrado em casa, não lembro exatamente como, mas fiquei horas amarrado num carro, e depois num avião, um jatinho, e me trouxeram pra cá. — Contava tentando conter o choro. — Eu... Eu fiquei trancafiado em um quarto, uns cinco dias, até que hoje... — Deu uma pausa para fungar. — Hoje me deixaram sair, mas eu não sabia que iria ser leiloado.

— Caramba! — Jin exclamou. — Eu nem sei o que dizer... Sinto muito.

Jungkook, que olhava para o rosto molhado do pequeno ômega, também ficou em silêncio.

— Não sei porquê fizeram isso comigo, mas não consigo parar de... — Fungou novamente. — De pensar que tem algo, tem que ter um motivo, não é?

Seokjin suspirou triste, abraçou o loiro.

— Eu acredito que não. As vezes as pessoas são cruéis apenas por serem. E podia ter sido qualquer um, talvez só quisessem um ômega bonito...

— E esse sou eu! — Jimin concluiu.

Se permitiu chorar um pouco no abraço acolhedor do ômega mais velho, era o primeiro abraço que recebia em meses, e não sabia que precisava tanto desse embalo singelo, até ter.

Demoraram um pouco para chegar em casa, o condomínio era mais afastado do resto da cidade por ser de uma classe mais alta e organizada.

As mansões eram enormes e bem distantes umas das outras, Jimin via deslumbrado as grandes construções, até o carro para na frente de uma, mas não teve tempo de olhar a fachada, pois logo entraram na garagem.

Leiloado [Jikook|ABO]Onde histórias criam vida. Descubra agora