Prólogo

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O menino assistia um desenho infantil na televisão quando o alfa entrou na sala o chamando para o jantar. A criança fez uma careta, mas não continuou a birra por saber que teria chocolate de sobremesa e só poderia comer a sobremesa depois do jantar.

Ele correu para a cozinha passando pelo pai alfa, que riu da afobação do pequeno ômega. Seu primeiro é único filho, Park Jimin.

Observou seu ômega servir a mesa, enquanto o filho lavava as mãos, logo os três sentaram e começaram a comer. Jimin comera tão rápido, que deixou o ômega mais velho preocupado. O repreendeu, mas não negou o chocolate, sabia que ele amava o doce e, além do mais, havia cumprido a regra da casa. Só ganha sobremesa se comer toda a comida.

Era uma noite comum para os Park, bom, até o alfa receber uma ligação no meio da madrugada. Uma ameaça, clara e certeira. Seu tempo havia acabado e estavam chegando em sua casa.

Seu primeiro pensamento foi um plano de fuga, sair da cidade, talvez ir para alguma fazenda no interior. Mas não tinham tempo. O ômega viu sua preocupação por um único olhar trocado e já entendeu tudo.

Colocaram Jimin no quarto, sendo bem precisos ao pedir silêncio até que pudessem voltar para o quarto. Então apagaram a luz e deixaram o menino sozinho no cômodo.

A casa ficou em um silêncio pesado. Batidas fortes e insistentes foram ouvidas do portão e o alfa gelou juntamente ao ômega.

Ouviu-se um estrondo vindo do quintal, o portão foi derrubado e a casa não demorou a ser invadida por cinco homens, alfas, os capangas do Homem Torto. Reconhecidos pela típica tatuagem, um T e R entrelaçados.

Quando souberam que teriam um filho, o casal, na época bem jovens, no auge de seus dezoito anos, entraram em desespero. A gravidez era inesperada, mas não indesejada. Foi uma situação difícil assumir aquele filhote. O ômega fora expulso de casa e o alfa teve que se virar para conseguir sustentar sua família. Sem dinheiro, sem teto, com os parentes lhe virando a cara, sua única saída fora fazer um acordo com O Homem Torto, o nome foi dado por ele ter uma fratura na perna que o faz andar torto, sendo ele um agiota perigoso da área em que vivem.

O alfa trabalhou para ele por anos, um trabalho pesado e cheio de exploração, apenas para conseguir quitar a divida. O que ainda não fora suficiente devido aos altos juros que o agiota cobrou sem o conhecimento do Park, este que se recusou a continuar com as tarefas cruéis que lhe eram dadas.

Agora, O Homem Torto veio cobrar a dívida não paga.

Os capangas do agiota tinham armas nas mãos e nenhum pingo de piedade nas faces. Eles gritavam..."Pro chão, pro chão". Os Park tentaram falar, talvez se conversassem podiam entender sua situação e, quem sabe, os ajudar... mas não aconteceu.

Ajoelhados no tapete, chorando copiosamente, rendidos. Dois tiros certeiros foram disparados no meio da testa de cada um.

Satisfeitos, os alfas foram embora sem nem mexer nos corpos caídos na sala.

O que ninguém sabia, era que um pequeno ômega assistia tudo pela fresta da porta do quarto. Aterrorizado. Jimin chorava silenciosamente. Sabia que precisava de ajuda urgente.

Com medo de ainda ter alguém na casa, ele saiu pela janela do quarto. Eram quase cinco da manhã e a rua estava deserta. E o menino corria.



Esse é o prólogo.

Estou muito orgulhosa de mim, não pensava que ficaria tão bom assim. Mas quero saber o que vocês acharam, gostaram? Agora a história faz mais um tantinho de sentido kkkkkk.

Muito obrigada aos que leram. Até o primeiro capítulo!!! 💜💜💜💜💜

Leiloado [Jikook|ABO]Onde histórias criam vida. Descubra agora