Confie-me

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Antes de tudo, preciso avisar que essa história tem um prólogo, mas eu nunca escrevi ele e por isso não postei. Mas pretendo escrever antes da obra acabar, pois é muito importante.

Nesse capítulo vou falar do passado do Jimin, que é o que vai ser o prólogo também. E isso pode ter gatilhos, sabem que a vida dele não é nada fácil.

Já avisados. Espero que curtam o capítulo e fiquem bem. Boa leitura!!


- Você está maluco? - Foi Yoongi quem disse para o ômega.

Jimin não parava de jeito nenhum, quando atingiu mais dois tiros em um outro homem, os três que sobraram se sentiram ameaçados e recuaram levando os outros para um corredor e os tiros cessaram.

Jimin largou a arma e voltou a chorar, se virou para Taehyung, que já era levantado por Hoseok, quem o carregou para fora, saindo todos rapidamente pela saída mais próxima.

Do lado de fora da mansão haviam muitos carros correndo para longe daquele massacre. Não demorou para uma van preta parar perto e os sete subirem.

- Pro hospital - Hoseok gritou para Taeyong, o motorista, e um dos melhores capangas da máfia.

Taehyung gemia de dor nos braços do namorado, que fazia de tudo para o acalmar, junto aos demais, que o distraía dizendo que já ia passar e já estavam chegando no hospital.

- Eu acabei de levar um tiro, porra! - Tae disse impaciente pela dor agonizante. Hoseok apertava um lenço contra seu ombro, tentando conter o sangramento. - Se eu morrer agora, eu morro feliz por ter visto o Jiminie atirando que nem um profissional. Lindo, amigo!

Só a fala de Taehyung os fez lembrar do que o loirinho havia feito há poucos minutos. Todos, exceto por Hoseok e o motorista, olharam para Jimin. Ainda não haviam acreditado que o ômega, tão pequeno e fofo, tinha realmente atirado como um profissional.

- Você não vai morrer, Tae - Foi o que Jimin disse, em tom baixo, controlando o choro. Forçou um meio sorriso para o amigo, para o confortar, embora também precisasse de conforto.

Suspirou e mudou para o último assento da van, onde chorou sozinho com as mãos no rosto. Flashes de sua infância voltaram com força em sua mente. O choro dos pais. Os gritos dos pais.

O medo que sentia enquanto pulava a janela do quarto, seu choro alto sendo o único som, além dos tiros, naquela madrugada fria e escura, enquanto andava sozinho pelas ruas desertas.

Apenas um menino de onze anos, tendo os pais tirados de si de forma cruel e injustificável.

Jimin chorou do mesmo jeito em que chorou há nove anos. Mas desta vez não estava sozinho. Jungkook sentou ao seu lado e o abraçou, um enlace apertado e acolhedor, onde o ômega se permitiu desabar.

- Já passou. Está tudo bem agora - Jungkook dizia baixinho para o loiro em seus braços. Fez carinho na nuca e costas. - Já passou!

(...)


Taeyong passou no hospital para deixar Taehyung e Hoseok antes de seguir para a mansão. Jimin queria ficar com o amigo no hospital, mas não estava com a cabeça boa para isso, então os outros insistiram em levá-lo para casa.

Eles chegaram e foram direto para a cozinha, onde tomaram água para se acalmarem. Seokjin deu água com açúcar para Jimin, que realmente estava precisando.

- Eu não sabia que você sabia atirar - Yoongi disse, tomando a coragem que os outros não tinham para iniciar o assunto que estava os instigando.

- Meu ex é policial - Jimin disse como justificativa, respirava fundo sentado na bancada, encarando o copo vazio em sua mão.

Leiloado [Jikook|ABO]Onde histórias criam vida. Descubra agora