Capítulo 9

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Voltei! Com um capítulo massa para vcs. Espero que gostem!

LIVIA

 − Ai! Pensei que esse plantão não iria acabar – Vick suspira ao fechar seu armário.

− O outono sempre é o período mais crítico para as crianças e em consequência as emergências pediátricas ficam lotadas.

− Isso é verdade, mas sempre quis a adrenalina que o corre−corre da emergência nos traz. Isso me instiga. – Ela fala feliz.

− Eu pensei que estavas reclamando – peguei minha bolsa e me encaminhando até a porta.

− Que nada! Apenas um draminha de leve e porque dormi pouco na noite passada.

− Vick! – Olhei−a com seriedade – você é uma médica tem que descansar bem antes de um plantão. Vidas dependem de você.

− Eu sei de tudo isso, mas estou conhecendo um carinha e ontem a noite terminou se estendendo mais do que deveria. – Sorriu com malícia – mas não foi nada que comprometesse minha profissão ou meus pacientes. – Não poderia critica−la, afinal eu também estava aos beijos com o Vitor no cinema como um casal de adolescentes. − E você?

− Eu o quê?

− Gosta da emergência?

− Gosto de tudo que se refere a pediatria, mas meu maior desejo é ser apenas médica da família, poder acompanhar gerações de crianças. Encontra−las na fase adulta e ouvir "ela foi minha médica e agora será do meu filho ou filha".

− Você prefere criar laços. Isso é tipo de carência? Você já investigou isso?

− Não seja boba – sai do quarto de descanso.

− Boba é você – me empurrou de leve e me sorriu – é uma boa projeção. Eu não teria essa coragem de me apegar a paciente. Na emergência o contato é efêmero. Não dá tempo de se apegar e ter que se controlar na frente da família ao entregar um diagnóstico.

− Você tem razão, mas é muito gratificante ver a evolução, a cura, os olhinhos brilhando, a face corada da emoção positiva.

− Isso é papo de mulher apaixonada. Me fala quem ele é. Conheço todos os gatinhos da cidade.

Sorri imaginando que o Vitor poderia ser o único "gatinho" que ela não conheça.

− Talvez – falei com suspense – reencontrei alguém do passado e estamos nos permitindo.

− Uau! Quem era da nossa época que poderia ter se interessado por você?

A Vitória, Vick, era uma colega do ensino médio. Nós não éramos muito próximas, mas ao voltar descobri que também tinha se tornado pediatra. Ela tinha feito a faculdade na capital enquanto eu tinha ido para outro estado e já trabalha aqui desde os estágios.

− Isso você vai ter que descobrir – apressei o passo para fugir de suas perguntas. Não quero divulgar nomes por enquanto. Deixa ver como as coisas vão funcionar.

Entro no meu carro escutando meu celular tocando. Era ele.

− Oi – falei com um sorriso bobo nos lábios.

− Um café da manhã especial e muitos beijos, topa? − Olhei o relógio.

− São quase sete da manhã já com essa animação?

O amor é o segredoOnde histórias criam vida. Descubra agora