Capítulo 12

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Oiê! Cheguei!

Na verdade, viria ontem (27.06) meu aniversário, mas não deu. Meu bebê resolveu que a noite do meu aniversário seria só dele e só queria meu colo. E como sou uma mãe que não gosta de dar colo, sqn. Então aproveitei a noite com ele, mas com o mesmo sentimento trago o capítulo bem mais cedo que o habitual. Espero que gostem!


VITOR

A Lívia vem se tornando uma incógnita para mim. Aquela mulher sabe ser uma mistura de tudo que acho bom numa mulher. Ela é meiga em sua essência, muito inteligente, seu raciocínio é muito rápido e prático, é divertida e na cama todo aquele jeitinho "carinhoso" é deixado de lado e se torna uma mulher em erupção e me faz explodir de tesão junto com ela. Ela é perfeita, porém nos últimos dias ela vem me apresentando um lado inseguro e assustado que me deixando preocupado.

Desde que a surpreendi com aquele café da manhã quando saiu do seu último plantão temos dormido e acordado juntos e minhas noites e manhãs nunca mais foram solitárias.

Termino de preparar nosso café da manhã e ela surge vestindo minha camisa. Linda e sexy com aquela carinha de quem acabou de acordar.

− Bom dia, minha princesa – fui até ela e a levantei em meu tronco logo ela se encaixou em mim – não se dá um bom dia assim só vestida com a minha camisa ao um homem que tem horário para chegar à empresa.

− E uma mulher que tem que iniciar um plantão? – Falou terminando o nosso beijo.

Caminhei com ela nos braços até a bancada da cozinha e busquei mais uma vez seu beijo. Nosso beijo era sem pressa, cheio de desejo e muita sensualidade.

− Acho melhor a gente parar por aqui – alertei – ou corremos o risco de nos atrasar – minhas mãos apertavam suas costas demonstrando o quanto queria continuar com nosso amasso.

− Tem razão – ela falou recuperando o fôlego – eu trouxe uma muda de roupa para sair daqui direto para o hospital dessa forma temos alguns minutos a mais. Vamos tomar juntos?

Seus olhos eram um convite para algo mais e isso era fogo líquido em minhas veias.

− Poderemos utilizar esses minutos a mais de uma forma bem prazerosa – falei levando−a para o banheiro.

− Essa é a intenção – safada.

Sem dúvidas ela é a mulher perfeita para mim. Quero a Lívia em minha vida, no que depender de mim para sempre. Não quero só ficar, só tem encontros assim. Isso é bom, mas quero mais. Quero apresenta−la com minha namorada, valorizar tudo o que sinto por ela e demonstrar publicamente todo o meu amor.

Observo−a deixando a xícara na mesa depois de ter tomado seu último gole de café. O seu jeito suave e delicado. Quero essa suavidade todos os dias ao meu lado. Sinto como se fosse uma sede. Minha boca está seca, coração acelerado e uma emoção sem igual, um suor frio vindo da minha espinha. Não tem como não dar ouvidos a essa vozinha dentro de mim me dizendo o quanto estou apaixonado por ela.

− Quer ser minha namorada, Lívia? – A pergunta a pega surpresa ela não esconde isso. Eu poderia ter pensando em algo romântico para fazer o pedido – desculpe a minha urgência. Não consegui guardar essa emoção que sinto toda a vez que estás comigo.

− Talvez você não precise guardar. Já falei que gosto da sua sinceridade. – sorriu.

− Acho que foi mais para ansiedade – sorri – mas você ainda não me respondeu.

− Ser sua namorada? Deixa eu pensar – ela fez charme – é eu aceito fazer esse sacrifício − Levantou−se e veio até meus lábios. Seu perfume me embriagando, sua mão delicada acariciando meu peito.

− Sacrifício é?

− Sim sacrifício, porque vou ter que deixar minha vontade de te jogar na cama e dizer todos os sins que estão entalados me minha garganta diante da surpresa que você me fez. Acredito na sinceridade de seu pedido sem ser orquestrado por uma elaborada programação.

− Esse foi o meu pedido mais sincero de toda minha vida – beijei seu pescoço.

− Agora eu tenho que ir, namorado – gemeu de frustração.

− Vamos juntos – o clima de romance foi pausado para pegarmos nossas coisas e seguir para o trabalho. Essa noite não vou poder a Lívia em meus braços porque será seu plantão, mas amanhã vou preparar um café especial para nós dois.

Trabalhar naquilo que gostamos é muito bom. Essa sensação de paz e aconchego não tem preço.

O dia passa ligeiro. Valeu a pena todos os cursos e dedicação. Hoje me sinto mais preparado para assumir alguns riscos e tomar decisões. A indústria têxtil requer muito cuidado. A demanda sempre é grande. Tenho que estar atento a cada detalhe de todos os setores. Comandar essa filial não é tarefa fácil, ainda mais quando você é quem tem que liderar toda uma equipe. Mas como eu disse todo esforço dedicado por anos me tornou capaz e mais seguro de comandar essa indústria que só cresce e vou honrar a confiança do senhor Guilherme em ter acreditado em mim.

Hoje tive uma longa reunião online com ele e alguns executivos e o resultado não poderia ter sido melhor. Gostaria de ter ligado para minha namorada, mas não deu.

Abro a gaveta para fazer isso e vejo um nome no visor do meu celular.

− Alô! Que novidade é essa?

− Quem é vivo sempre aparece, Vitor, já que você esqueceu de mim eu resolvi aparecer. Talvez assim você lembre que eu existo.

− A rainha do drama, senhora Laura Pergolato.

− Sinto saudades. Quando é que o novo diretor−chefe vai ter um tempinho para me visitar?

− Ainda não sei, talvez quando todos aqui se familiarizarem comigo. Quando deixar tudo em ordem. Tenho muitas coisas para gerir.

− Você não tem nenhuma folga? Está trabalhando demais. Delegar funções é primordial. Você sabe disso.

− Sei sim, mas no momento não posso me dar ao luxo de folgas – quis completar a informação dizendo que minhas folgas já têm destino certo: os braços de minha namorada, mas resolvi não divulgar essa informação por enquanto. Tenho certeza que logo essa informação chegaria nos ouvidos da mamãe e eu seria bombardeado de perguntas. Quero levar a Lívia pessoalmente para a mamãe conhecer, quer dizer reconhecer.

− Sua mãe está com muitas saudades suas, mas disse que não ligaria para você enquanto você não lembrasse que tem mãe. Ontem no jantar reclamou disso.

− E você logo veio me fazer a fofoca. Vocês duas viu! – Fingi que fiquei chateado.

− Não fiques chateado comigo. Você sabe que só quero o seu bem – sua voz era melosa, mas soou um tanto forçada. – você sabe que eu te amo. Por mim, não teria saído aqui da capital.

− Eu sei da sua preocupação, Laura, mas não posso falar muito agora. Eu recebi seu recado, vou aproveitar a hora do almoço e ligar para dona Andreia. Obrigado por essa.

− Não a de quê. Beijo, Vitor, se cuida e não esquece de mim ou vou terminar indo ai te fazer uma visitinha bem especial. – Sua voz beirava ao sensual. Isso era um alerta de que eu precisava falar para a Lívia da meia irmã do Vavá. A Laura era filha do meu padrasto e chefe do hospital onde a Lívia trabalha, ou melhor, precisava falar muita coisa para ela, ainda não mencionei sobre meu irmão mais novo e minha relação de "parentesco" com seu chefe.

Até o próximo capítulo, mas podem comentar. Vou adorar conversar com vcs antes de dar sequência a história. BJ

O amor é o segredoOnde histórias criam vida. Descubra agora