A bombeira e o cliente

5 0 0
                                    



5 prostitutas foram passear além das montanhas pra não trabalhar... alguém escutou "pá, pá, pá" e só 4 prostitutas voltaram de lá... era a música tocada na rádio do carro.
__ Você sempre escuta essa música? __ disse Juliana Bombeira.
__ É, eu gosto dessa música, sabe? É engraçada...__ disse o cliente com uma tatuagem de âncora no pescoço.
O homem era careca, pele cor de oliva e vestia um paletó.
__ Uma música sobre prostitutas sendo assassinadas... devo me preocupar?__ disse Juliana que vestia traje sexy de bombeira. Estavam ambos no banco da frente.
O cliente riu e disse:
__ Não precisa se preocupar, é só uma música__ e lhe deu um beijo na bochecha e passou a dar leves beijos no seu pescoço.
Juliana olhava reflexiva para frente e disse:
__ Seu chefe não vai mesmo descobrir que pegou o carro dele?
__ Não é a primeira vez que eu pego o carro dele, eu sei o que estou fazendo.
__ Você costuma sair com sua esposa usando esse carro?
__ Ela não gosta muito de sair...__ disse com certo descaso.
__ Então é por isso que quer me comer?__ disse acariciando a perna dele__ Quer algo que não tem em casa?
O cliente afastou a sua mão e disse:
__ Você faz perguntas demais, sabia? Quero sexo, só isso. O bom e velho sexo, sem conversas... que é algo que eu tenho de sobra lá em casa, só conversa... e a conversa nunca é boa...
__ Sente falta de conversas boas?
__ Sinto falta de... tudo, de conversas legais... e do sexo, principalmente do sexo, mas hoje não quero conversar... conversar me traz lembranças e sexo me faz esquecer.
__ Certo, vamos lá pro quarto pra eu poder te matar.
__ Matar?__ estranhou o homem.
__ Matar de prazer__ e sorriu maliciosamente, ele sorriu de volta e ficaram alguns minutos se beijando enquanto o cliente acariciava os seios de Juliana.
Eles saíram do carro, alugaram um quarto e entraram nele, o quarto tinha cama, cadeira erótica, aquário, frigobar, televisão a cabo e um brinquedo esquisito... era uma peça de madeira onde a pessoa podia encaixar sua cabeça e os braços, na verdade era uma guilhotina.
__ Mas que merda é essa?__ estranhou o homem.
__ Parece aquelas guilhotinas que se usa em show de mágica.
__ Por que essa bizarrice tá aqui? Vou ligar pro recepcionista.
__ Calma__ disse ela lhe tocando__ Pode ser interessante. Podemos brincar__ e colocou um dos braços em um dos buracos e disse__ Aperta a alavanca.
O homem ficou desconfiado.
__ Parece perigoso__ disse ele receoso.
__ Vai lá, confia em mim.
Ele hesitou, ela revirou os olhos de impaciência e disse:
__ Tá, seu frouxo. Eu aperto__ e apertou, a lâmina abaixou e... ele deu um grito, mas nada aconteceu com ela.
__ Viu só, bobinho? Eu estou ilesa. Não precisa se preocupar__ sorriu e disse__ Quer testar?
Para o convencer Juliana sussurrou palavras no seu ouvido que o deixaram excitado, ele então colocou a cabeça e os braços nos buracos.
Juliana tirou a calça dele, pegou um chicote e passou a bater nas suas nádegas.
__ Menino mau, menino mau.
Ele gemia de prazer enquanto ela lhe batia. Depois disso ela tirou a camisa, depois o sutiã e agachou-se para que ele pudesse chupar seus seios fartos. Ele o fez, caindo de boca em seus seios enquanto ela gemia de prazer.
Ela então disse:
__ Vou apagar seu fogo__ e colocou uma mordaça com bolinha em sua boca.
Depois disso ela foi até sua bolsa novamente, pegou uma espada e disse:
__ Sua esposa mandou um oi.
Ele passou a ficar preocupado.
__ Sabe onde eu vou enfiar essa espada?
Ele passou a ficar ainda mais nervoso.
__ Sua esposa queria que eu te matasse, sabia? Até me pegou adiantado, pra você ver como ela tava disposta a se livrar de você... eu conversei muito com você porque queria te conhecer melhor... mudaria alguma coisa? Não, faz parte do meu trabalho fazer com que meus clientes se sintam seguros comigo, se sintam felizes... e se desarmem. Eu poderia permitir que você diga suas últimas palavras... mas não posso deixar que grite, enfim, chega de conversa, né? Você não gostar de conversar...__ e brandiu a espada e desferiu o golpe enquanto ele se digladiava apavorado e até chorando.
Em apenas um corte ela o decepou. Saiu sangue por todo lado e a cabeça caiu no outro lado do quarto. Ela então andou até a cabeça, deixou a espada no chão e pegou a cabeça cadavérica com as duas mãos e quando a pôs nos seus braços a cabeça morta do cliente passou a ganhar vida própria:
__ Por que fez isso?__ disse a cabeça decepada do cliente.
__ Ela pagou um bom preço.
__ Sua vagabunda, desgraçada.... eu confiei em você, traíra...
__ Entendo o seu ódio, mas esse é o meu trabalho.
__ Você tinha uma escolha, sua covarde, ordinária, mau caráter, cadela, filha de um p...
__ Shiu! Morto não fala__ e colocou a mordaça na boca dele outra vez.
Juliana colocou na cabeça no chão e fez uma ligação no celular para:
__ Oi Lobo, tô precisando de ajuda.

3 HORAS DEPOIS

Toc! Toc!
__ Quem é?
__ Serviço de quarto, é o Lobo__ disse uma voz masculina.
__ Como o dia está?
__ Ensolarado e com granizo.
Juliana abriu a porta, era o Lobo. Um homem gordo, pele clara, nariz grosso, peludo, de barba grossa, na casa dos 40 anos. Estava vestido de zelador e com esfregão de limpeza.
__ Olá, Juliana__ disse o Lobo__ Por que me chamou mesmo?
__ Pra limpar ué.
__ Por que sempre eu que tenho que limpar?
__ Nem sempre, mas foi você que me fez fazer o seu serviço sujo, me recomendando pra aquela tal de Jocasta__ disse zangada__ Nada mais justo que você limpar, é o mínimo!
__ Calma, bonitinha...
__ Não me chama disso, sabe que eu detesto!
__ Tá bom, acontece que eu não tinha como eu fazer isso, o cara gostava de rabo de saia, não era chegado numa rola não...
__ Desculpa esfarrapada.
__ Era só ter dito não.
__ Sabe que não recuso dinheiro...
Lobo sorriu com seus dentes amarelos.
__ É, eu sei.
Aquilo só fez Juliana ficar ainda mais brava.
__ O que eu tenho que limpar?__ disse ele tentando mudar de assunto.
Ela apontou com o indicador e ele ficou boquiaberto.
__ Uau! __ disse surpreso__ Realmente você se superou, teve até guilhotina, quanta criatividade!
__ A guilhotina já estava no quarto.
__ Ele falou?__ indagou ele.
__ Falou o quê?__ disse ela confusa.
__ Você sabe... depois de morto, depois que virou presunto... ele te disse alguma coisa?
__ Disse.
__ E o que ele disse?__ disse ele bastante curioso.
__ O que ele disse no quarto morre no quarto.
__ Tipo sigilo advogado-cliente? Médico-paciente?
__ Sim, é a mesma lógica com a bombeira e o cliente.
__ Desde quando guarda segredo, hein?
__ Desde que passou a fazer propaganda minha pras mulheres que tu come!         

Você leu todos os capítulos publicados.

⏰ Última atualização: Jun 01, 2022 ⏰

Adicione esta história à sua Biblioteca e seja notificado quando novos capítulos chegarem!

O coletivo de mosquitoOnde histórias criam vida. Descubra agora