Substitute Teacher. - Brumilla

Capítulo 49

Brunna Gonçalves POV

Depois de tomar banho e deitar na cama que carregava o cheiro de Ludmilla, cochilei por um tempo e abri os olhos assustada quando ouvi o barulho da porta batendo com força, e passos duros vindo até o quarto.

Fechei os olhos de medo e abri vendo as esmeraldas verdes me encarando com ódio.

-Você ainda tem coragem de vir para a minha casa e deitar na porra da minha cama? - Exclamou irritada. - Você é uma filha da puta. - Disse e eu me encolhi na cama com os olhos marejados.

-L-Lud... - Tentei dizer com a voz falha.

-Não me chama assim, Brunna. - Disse estressada. - Sai da minha casa.

-Mas, Ludmilla, para onde eu vou? - Perguntei aflita. - Por favor... - Choraminguei com a voz enbargada. - Não faz isso comigo...

-Para onde você vai? - Perguntou irônica. - Isso não é problema meu, Gonçalves.

-Eu não posso voltar para casa, eu não posso... - Enterrei minha mão em meu rosto chorando compulsivamente.

-Já basta você ter estragado meu trabalho, já basta eu ter ferrado com tudo por você. - Disse balançando a cabeça negativamente. - E agora você age como uma idiota, só porquê me viu no parque? - Riu irônica. - Me poupe, você é só uma garotinha mimada de merda. - Cuspiu.

-M-me desculpa. - Falei entre soluços. - Me perdoa, Lud, eu te amo, me perdoa. - Implorei.

-E eu achava que te amava. - Disse virando de costas. - Você tem uma hora no máximo para arrumar suas coisas e ir embora. Eu não quero mais olhar na sua cara. - Bateu a porta com força, e eu me permiti chorar como um bebê indefeso.

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-Bru? - Senti uma mão em meu braço. - Brunna? - Me sacudiu, mas eu não conseguia abrir meus olhos que só deixavam cada vez mais lágrimas cair. - Brunna, olha para mim. - Segurou em meu queixo e eu a encarei. - Meu deus, Bru, o que aconteceu?

-Lud! - Pulei em seu colo enrolando os meus braços por seu pescoço, soluçando de tanto chorar mais uma vez. - Por favor, não me deixe, me desculpa, deixa eu ficar, me perdoa. - Falei para a mulher que passava a mão nas minhas costas.

-Brunna, você estava tendo um pesadelo. - Disse calmamente. - Eu entrei no quarto e você estava chorando dormindo, nada disso foi real.

-Foi? - Perguntei com a voz falha. - Me desculpa, Lud, eu não devia ter falado aquilo com você, eu te amo.

-Eu te desculpo, Bru. - Disse sorrindo para mim, sentando na cama com meu corpo ainda sobre o seu. - Eu também te amo, pequena. - Disse. - Eu estava lá no parque com as meninas porquê... - A interrompi.

-Não precisa dizer se não quiser, Ludmilla. - Falei fazendo um carinho em sua bochecha e ela assentiu.

-Mas eu quero... E eu preciso. - Disse ajeitando seu corpo de baixo do meu. - Mas antes de explicar, eu preciso dizer outra coisa.

-Pode dizer. - Olhei dentro de seus olhos brilhantes.

-Enquanto eu vinha para casa, eu observei as estrelas, e... Nem o grande céu estrelado se compara a imensidão da gáláxia dentro de seus lindos olhos. Você carrega um universo inteiro com você, Brunna. E eu gostaria de fazer parte dele. - Disse, tirando algo do bolso de sua jaqueta, me a fazendo a olhar incrédula e de boca aberta. - Você quer namorar comigo?

Respirei fundo antes de responder.

-Ludmilla, você já faz parte do meu universo. Porque o planeta dos olhos verdes já me atacam. - Sorri largo. - Seu planeta já faz parte do meu sistema solar. - Eu disse tímida, enquanto ela sorria. - É claro que eu aceito namorar com você. - Finalmente respondi, e ela não demorou para selar nossos lábios em um beijo romântico, e era só nós duas ali, degustando de nossos gostos novamente.

Separamos o beijo e Ludmilla pegou novamente a caixinha que estava em cima do travesseiro, e pôs a aliança em meu dedo.

-É simples, mas... - Corou e eu a interrompi.

-É perfeita. - Eu disse analisando cada detalhe da aliança de prata com um pequeno espaço colorido e com glitter, representando um universo. Coloquei a dela em seu dedo e juntamos nossas mãos. - Eu te amo muito. - Eu disse.

-Eu também te amo, Bru. - Ela disse e nós deitamos na cama, nos aninhando com ela fazendo um leve cafuné em minha cabeça.

"You tell me that I'm complicated
And that might be an understatement
Anything else?
You tell me that I'm indecisive
Fickle, but I try to hide it
Anything else?

You tell me that I overthink
'Til I ruin a good thing
Anything else?
You tell me that you'd rather fight
Than spend a single peaceful night
With somebody else

You really, really know me
The future and the old me
All of the mazes and the madness in my mind
You really, really love me
You know me and you love me
And it's the kind of thing I always hoped I'd find, yeah

Always thought I was hard to love
'Til you made it seem so easy, seem so easy
Always thought I was hard to love
'Til you made it seem so easy, seem so easy
Touch me 'til I find myself, in a feeling
Tell me with your hands that you're never leaving
Always thought I was hard to love
'Til you made it seem so easy"

(Tradução:)

"Você me diz que eu sou complicada
E isso pode ser um eufemismo
Algo mais? (Ha-ha-ha-ha-ha)
Você me diz que sou indecisa
Inconstante, mas eu tento esconder isso
Algo mais?

Você me diz que eu penso demais
Até eu estragar uma coisa boa
Algo mais? (Ha-ha-ha-ha-ha)
Você me diz que prefere brigar
Do que passar uma única noite tranquila
Com outra pessoa

Você realmente me conhece
A futura e a velha eu
Todos os labirintos e a loucura da minha mente
Você realmente me ama
Você me conhece e me ama
E é o tipo de coisa que eu sempre esperei encontrar, sim

Sempre achei que eu fosse difícil de amar
Até que você fez parecer tão fácil, tão fácil
Sempre achei que eu fosse difícil de amar
Até que você fez parecer tão fácil, tão fácil
Me toque até eu me encontrar em um sentimento
Diga com suas mãos que você nunca irá embora
Sempre achei que eu fosse difícil de amar
Até que você fez parecer tão fácil"

Cantamos juntas até que o sono nos dominasse.