DEU A HORA DO ALMOÇO, jade estava comigo falando sobre o cara que ela trocou mensagens. logo após, sanzu apareceu junto a dois garotos de antes.
jade e o garoto de mullet ficavam trocando olhares a todo momento. isso estava me incomodando, com certeza felicidade alheia me em cômoda.
eles conversaram bastante pra pessoas que não se conheciam a um minuto atrás, observei cada um deles e em específico eu observei sanzu.
ele estava com o seu habitual jaleco preto, havia um corte acima de sua sombracelha. seu olhar distante em uma árvore aleatória do campus, ele estava sempre assim, distraído.
devia ter fumado pela coloração vermelha nos olhos.
desviei meu olhar dele, olhei para o meu celular que recebia uma ligação do meu irmão. suspirei e me levantei, pedi licença e fui até uma pilastra perto ao banco.
—— matheus? – chamei assim que atendi a ligação.
—— Sara! bom dia, só te liguei para saber se está bem.
sorri pela preocupação do meu irmão.
—— estou sim, muito obrigada pela barra de chocolate. — agradeci a ele.
ficamos conversando sobre o lugar que ele estava, pelo que havia me contado era um resort em Londres e estava descansando da partida de golf.
matheus não gostava dessas coisas, ele sempre preferiu brincar com os carrinhos mas mar nunca deixa.
me despedi de meu irmão assim que ouvi alguém o chamar para uma nova partida.
me virei para meus colegas que ainda conversavam, mas sanzu já não estava mais ali, voltei para a rodinha prestando atenção no que eles falavam.
comentavam sobre um festa que ia rolar em algum lugar do centro – linha roxa, pelo que eu entendi é uma festa da faculdade e vai ter uma corrida de carros de alguma gang da região.
"vem aqui"
meu celular vibrou ao receber uma mensagem de sanzu.
"aqui onde?"
"tô no estacionamento"
me levantei da rodinha da mesa dando uma desculpa esfarrapada.
essas semanas estão mais frias, provavelmente alguma tempestade se aproxima, caminhei com a mão no bolso até o estacionamento onde sanzu disse estar.
e lá estava ele, com seu cigarro nos lábios , sentado sobre o capo de um carro preto. assim que ele me avistou se aproximando apagou o cigarro e me encarou.
— seu nariz tá vermelho, parece uma coelhinha.
— é do frio... — tampei o nariz com a manga da blusa envergonhada.
ele tinha que ser assim?
— vem, entra no carro.
olhei confusa.
— não sabe abrir a porta? — Perguntou com deboche e um sorrisinho de canto.
— é claro que eu sei, não seja tapado. – falei rápido abrindo a porta do passageiro. — pra onde planeja me levar? se descobrirem que eu sai, não vai ser nada bom e-
—ei relaxa, ninguém vai descobrir e se descobrir dou meu jeito.
olhei pra ele e acenti, eu já estava no carro mesmo.
—pra onde vamos?
— segredo.
encostei minha cabeça na janela vendo ele sair do estacionamento do campus, o carro estava confortável diferente do lado de fora, que o vento chiava.
ele passou por alguns lugares e logo reconheci o local que estávamos indo, o prédio.
— não seria mais fácil falar que viria até aqui? — perguntei ainda com os olhos para a rua.
— não, gosto de fazer surpresas.
descemos do carro assim que chegamos, esperei ele na porta pras escadas, fumaça saia da minha boca devido ao frio.
ele pegou algumas sacolas no banco de trás e veio até mim, parou na minha frente me encarando, devia estar vermelha de vergonha.
ele retirou o cachecol que usava e colocou sobre meu pescoço, percebendo que eu estava com frio. sorri com seu gesto, coloquei a mão no tecido levando até meu nariz o tampando e assim pude sentir o perfume dele, senti algo em mim se revirar por dentro e meu coração acelerou.
olhei pra ele que tinha uma pequena coloração vermelha no rosto e ri.
— obrigada, mas voce não está com frio? — perguntei.
— estou mais preocupado com você, coelhinha.
subiu na frente me deixando pra trás, corri até ele e acompanhei até as escadas.
— por que coelhinha?
— por seu nariz ficar vermelho, ser curiosa e fofinha.
a descrição que ele fez me deixou envergonhada e olhei para os degraus a frente subindo com mais rapidez.
por um momento pensei que ele fosse subir para o lugar de sempre, porém ele me puxou e entramos num cômodo mais ajeitadinho do prédio.
tinha um colchão e algumas cobertas. o encarei tentando encontrar algum motivo para ele me trazer até aqui e qual motivo.
— relaxa, não vou fazer nada esquisito não. — falou colocando as sacolas no colchão.
— eu nem pensei nisso. — disse olhando em volta.
— com certeza. — soltou um riso baixo. — jade comentou que você não estava legal e um pouco cabisbaixa, então, tive um incrível ideia de trazer você aqui para ver uns filmes e comer.
ele disse me olhando, notei um certa preocupação em sua voz e principalmente no seu olhar e novamente a mesma sensação de quando ele me deu o cachecol voltou.
me sentei ao seu lado e sorri pra ele.
— obrigada por esta preocupada comigo, mas não quero que se preocupe tanto. — peguei em sua mão por impulso, sentindo o gelado dos anéis e o quente da sua mão.
— gosto de cuidar de você.
fiquei sem palavras para respondê-lo, ele parecia tão aliviado e invulnerável, ele sempre abaixava o seu ar de serio e posturado quando estava comigo, acabei percebendo isso.
quando ele notou que eu segurava sua mão, rapidamente soltou do meu aperto e se virou para o lado escondendo o rosto, mechendo na sacola retirou um notebook cinza e me entregou as sacolas.
vi alguns doces e salgadinhos, ele realmente gosta de me fazer surpresas.
— gosta de terror? — Perguntou e eu acenti.
não entendo o motivo dele ser tão legal comigo, mas, confesso que estou gostando dessa companhia repentina.
na verdade sempre notei o haruchiyo de longe, as vezes pegava ele me encarando em alguns momentos, poderia ser coisa da minha cabeça essa situação.
pra falar a verdade, ele me lembra um garotinho que conheci no meu primeiro dia na escolinha preparatória. eu tinha caído do balanço e veio correndo com um bandeid de dinossauros, depois disso nunca mais o vi.
me arrumei no colchão, cobrindo metade do meu corpo esperando o rosado se ajeitar logo.
era engraçado até, aquele cara auto sendo gentil e atencioso, ele tem uma cara de que se alguém chegar perto ele mata na porrada, mas, ele na é assim.
bem comigo não.
sanzu se ajeitou com o computador já passando o começo do filme, o filme era muito bom, o massacre da Serra elétrica.
já tinha assistido ele a um tempo, mas, não ia deixar ele saber disso até porque vale a pena rever uma das melhores obras do cinema.
aos poucos no meio do filme, fui sendo tomada pelo cansaço e lentamente fui fechando meus olhos. sinto encostar minha cabeça em algo e por fim adormeci ali completamente.
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𝐒𝐋𝐎𝐖 𝐃𝐎𝐍𝐖,, 𝐡𝐚𝐫𝐮𝐜𝐡𝐢𝐲𝐨 𝐬𝐚𝐧𝐳𝐮
Fanfic━━ slow donw,, 遅いドン me sinto tão sozinha, acho que você era a peça que faltava na minha vida, e o agradeço por me fazer feliz novamente, obrigada sanzu haruchiyo, obrigada por me salvar, obrigada por me dar ...