Parte 1

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Andrea:

Aqui estou mais um dia, sob olhar sanguinário de Miranda.

- Emilly!

Ela fala e eu olho ao meu redor e só estávamos nos duas.

- Está com perda auditiva Emilly? Venha comigo.

A sigo e vejo ela entrar no elevador e ela aponta seu dedo com anéis Cárter para as escadas.

- Quatro minutos Emilly.

Ela falou e quando as portas metálicas se fechou vou as pressas até as escadas pulando degraus.

- Quanta humilhação por um salário.

Falo e olho no relógio, dois minutos droga! Pulo todos os degraus em minha frente e quando faltava um minuto atravesso correndo até a porta do elevador.

Quando as portas se abriu ela passou como uma flecha em minha frente e eu que já estava com meu caderninho na mão anotava suas ordens.

- Emilly, quero meu café em minhas mãos assim que a reunião acabar. Em seguida quero Nigel e o departamento de Edição em minha sala. Quero em minha mesa as revistas desse mês e marque para daqui vinte minutos uma reunião com Irv e...

- Ele vai está em reunião Miranda e..

Ela para de andar e me olha tirando seu óculos Prada.

- Jamais. Em nenhuma hipótese me interrompa novamente! Não quero saber da sua incompetência, faça seu trabalho e não me faça esquecer o motivo pelo qual eu te contratei.

Ela falou áspera e entrou na sala de reuniões fechando a porta em minha cara. Que ódio!

Pego meu celular e ligo para a secretária de Irv.

- Amanda, pelo amor de Deus me diga que Irv desmarcou a reunião e está livre daqui vinte minutos.

Falo abafada atravessando as portas da

Runway e indo até a cafeteria mais perto onde pego o café de Miranda.

- A sua sorte é que o diretor financeiro teve um problema familiar. Acabei de marcar a sua reunião, Miranda tá uma fera aí?

- Quando ela não está? Até mais Amanda agora tenho que pegar o café dela.

Desligo rapidamente e logo vejo um atendente disponível.

- Um Expresso, por favor.

O entrego o cartão da empresa que paga os cafés.

- Dia difícil?

Ele pergunta me entregando.

- Quando não está? Obrigada.

Falo correndo e entro na sala de Miranda, deixo seu café e suas revistas posicionadas e vou atrás de Nigel.

- Miranda quer falar com você e a equipe.

Falo e ele se apavora.

- Dios mio! Estamos ferrados.

Ele fala se sentando em sua cadeira.

- Estamos nada! Eu não tenho nada a ver com isso! Quando tudo isso aqui acabar vou precisar de terapia! Olha só meu olho piscando.

Falo e o deixo e vou a encontro de Miranda, a reunião demoraria exato dez minutos e só faltava um para que aquele furacão atravessasse as portas.

E assim ela saiu, cuspindo fogo e ordens. Entramos em sua sala e anoto algumas ordens. Quando levanto meu olhar para olha-la a peguei a me encarar, com uma caneta na boca e seus olhos cor de céu me penetrando.

- Boa tarde Miranda!

A voz de Nigel quebra o nosso olhar e vejo sua equipe atrás dele com os olhos amedrontados. Miranda não me expulsou dessa vez de sua sala e então fiquei caladinha vendo ela destroçar eles com seus olhos.

- Podem me explicar o que significa isso?

Ela fala colocando algumas fotos em sua grande mesa.

- A edição do mês?

Nigel fala atrevidamente e ela tira seu óculos e coloca na mesa.

- Vocês pensam que estão trabalhando onde? Em um feira da esquina?

- Miranda eu...

- Não me interrompa Nigel! Jamais. Como vocês ousam chamar isso de edição? Aqui não é uma feira da esquina! Como eu vou apresentar isso no editorial? Nigel você trabalha comigo a anos, como deixou um deslize desse acontecer?

Ela fala e o encara, eu continuo intacta no meu cantinho. O resto do pessoal olham para todos os pontos fixos menos para Miranda.

- Não estava me sentindo bem Miranda, depois de chegar em suas mãos que olhei e vi que não estaria ao seu agrado.

Ele fala com sua voz baixa e me preocupo imediatamente com ele.

- Não me importa, sua obrigação era conferi-lo antes! Você é pago para que a final?

Ela fala e depois de alguns segundos ela olha para mim e para Nigel.

- Podem se retirar! Nigel você tem até amanhã para apresentar algo decente. Não me faça tomar medidas drásticas.

Todos saem e eu a olho e pego minha caneta novamente.

- Pode ir Emilly.

Ela fala sem me olhar e saio imediatamente.

- Andrea, porque a equipe de edição saiu quase chorando?

Emilly fala e eu me sento.

- Miranda tá um cão hoje.

Falo e vejo Irv entrando no corredor.

- Boa tarde meninas!

Ele fala e entra na sala de Miranda, se eu fosse ele tiraria o sorriso do rosto.

- Nigel falou que não estava bem, você sabe de algo?

Falo a olhando.

- Não, depois conversaremos com ele. Achou o cozinheiro ontem?

Quero nem me lembrar do Nate agora.

- Infelizmente sim.

Falo querendo não render assunto e volto a minha tarefa do dia.

- Você deveria dar crédito para ele. Ele em certo ponto está certo.

Escuto minha mãe bajular e passar pano para Nate. Novamente.

- Mãe acabei de chegar, depois conversamos.

Desligo e destranco a porta, olho ao redor e não vejo ninguém, que ótimo. Tomo um banho e vejo que era tarde da noite, pego mais um pouco de café e converso ao telefone com Nigel e ele me afirmou que já resolveu oque estava acontecendo e agora estava tudo bem.

E aqui estava eu acabando de fazer a tarefa escolar das filhas do demônio, escuto a porta da frente se abrindo e nem dou o trabalho de ver Nate.

- Oi. Trouxe seu jantar, é frango grelhado porque sei que você gosta.

É uma graça como gente irresponsável tenta mudar o mundo com um pedaço de Frango.

Ele fala e eu continuo a olhar o papel.

- Andy, eu já pedi desculpas não vai mais acontecer.

Ele fala e o ignoro.

- Eu vou repor o dinheiro.

- A questão não é essa Natanael! A questão é que foram 600 dólares, o dinheiro do aluguel!

Falo irritada e o encaro.

- Você gastou 600 dólares em uma balada, sendo que só eu estou trabalhando eu entendo e não te julgo por não conseguir arrumar um trabalho, mas meu dinheiro não é capim!

- Eu vou repor, não precisa se exaltar!

Ele fala indo até a cozinha.

- Meu dinheiro é suado Nate, só Deus sabe oque eu passo na Runway, o aluguel já era para está pago. E aqui estou eu fazendo uma atividade escolar de meninas de dez anos para não ser demitida e você me apronta uma dessa!

- Eu já pedi desculpas ok? Amanhã eu pago o aluguel e vai ficar tudo bem.

Eu estava exausta.

- Você não vai comer?

- Estou sem fome.

Falo e termino a atividade, guardo as minhas coisas e me deito no sofá. Eu não conseguia olhar na cara dele e ainda tem minha mãe pra ficar passando pano, eu mereço.

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Antes de sair dou uma olhada no apartamento pequeno, tínhamos o necessário e eu estava satisfeita com isso.

- Bom dia!

A vizinha do lado fala e a olho.

- Bom dia Bia.

Falo e ela sorri, eu trabalho a quase dois anos com Miranda e conheço um sorriso falso de longe e esse era um deles. Ela sai e eu saio em seguida.

Já entrando na recepção recebo uma notificação por e-mail de aluguel pago e não quero nem saber como ele pagou. Passo o dia trabalhando e conhecendo cada canto de Nova York, mas não do jeito que eu gostaria.

Cinco minutos para o almoço e quando estava indo ao banheiro vejo meu celular tocando.

- Olá, é com a Andrea que estou falando?

Escuto a voz desconhecida.

- Sim, com quem estou falando?

- Sou o Charles seu vizinho, me desculpe te interromper mas estou eu...eu não estou pensando direito e...

Ele fala abafado e me lembro de quem se trata. É o marido da Bia.

- Acabei de ver seu marido entrar em um motel com a minha mulher e.... Eu estou preste a entrar lá e matar os dois.

Ele fala e eu fico perplexa.

- Como?

Pergunto ainda surpresa.

- Estamos sendo corneados! Feito de idiotas e como sou contra bater em mulher vou quebrar o seu marido.

Ele fala ainda ofegante.

- Qual é o nome do motel?

- Te mandarei a localização.

- Ok. Me espere e vamos fazer uma loucura juntos.

Desligo e logo recebo a localização, a minha raiva não é porque o amo porque o amor já acabou a muito tempo e sim pela quebra de confiança, seis anos juntos e ele me trai dessa forma.

- Onde você vai? O horário é meu.

Emilly fala me seguindo e não dou ouvidos a ela. Pego um táxi e depois de quinze minutos ele estaciona no local correto.

- Eles estão lá ainda?

Pergunto olhando Charles.

- Sim, vamos.

Entramos apressados e depois de subornar a atendente entramos e ouvimos a voz deles.

Bia- Pego todo o dinheiro dele e fugimos juntos

Nate-Isso, meu bem! Pegue as jóias da mãe dele também!

Atravessamos a sala e me deparo com a seguinte cena. Eles tomando champanhe na cama e comendo morangos.

- EU VOU MATAR VOCÊ!

- Andrea não é oque está pensando, vamos conversar meu amor.

Ele tenta se aproximar e só vejo Charles em cima dele o espancando.

- Sua vadia!

Soltei minha bolsa no chão e voei nela, eu nuca fui apta em bater em pessoas mas ela não me escaparia.

- Você vai aprende a não brincar com as pessoas!

Eu bati tanto nela e sinto um arranhão em meu pescoço e no queixo. Sinto alguém me tirar de cima dela e os seguranças tirando Charles de cima dele.

- NUNCA MAIS APAREÇA NA MINHA FRENTE NATE! ME ESQUEÇA! Me dediquei seis anos a você!

Gritei e fomos tirados do quarto.

- Você está bem?

Charles me pergunta quando estávamos na garagem.

- Não. Você tem um taco?

Pergunto olhando para o carro de Nate

- Eu já volto.

Ele volta com um taco de basebol e vou em direção ao carro.

- Filho da puta!

Quebro seu vidro com duas pancadas e vejo Charles furar os pneus com um prego.

Bati no carro até me cansar e depois de ver o estrago resolvo ligar para Emilly e falar que não voltaria hoje.

- Você tem a onde ir?

Charles me pergunta quando atravesso o corredor de nossos apartamentos.

- Ainda não mas vou tirar minhas coisas daqui o mais rápido possível.

Falo e ele entra em seguida.

- Pode tirar com calma, vou está aqui e se ele aparecer termino de quebrar ele.

Ele fala e se senta, eu não tinha quase nada de bem material apenas roupas então coloco tudo em três malas e queimo os documentos de Nate na lixeira da sala.

- Você vai perdoar ela?

- Não, liguei para meu advogado e já pedi o divórcio.

Ele fala me ajudando a colocar minhas coisas no táxi.

- Você vai ir pra onde?

- Eu liguei para um amigo, vou ficar lá até arrumar um lugar. Obrigada pela ajuda.

- Sei que é estranho falar assim mas acho que foi a melhor coisa que nus aconteceu. Você está com um arranhão no pescoço.

- Certamente a melhor coisa e não tem como ir a guerra e voltar intacta.

Falo sorrindo e o olho.

- Boa sorte Sachs!

- Boa sorte Billy.

Depois desse momento sigo para casa de Doug.

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My first loveOnde histórias criam vida. Descubra agora