Parte 2

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Andrea:

- Esse aranhão está muito feio.

Doug falou  me olhando em frente ao espelho.

- Como vou trabalhar com esse aranhão no pescoço? E esse corte na boca? Meu Deus!

Falo desesperada e espalhando um pouco mais de base.

— Ainda bem que você veio pra cá, do jeito que o Nate é ele vingaria o carro e os documentos.

Ele fala e termino de me maquiar.

— Ele não é doido! Quero ver como ele vai se virar sem os documentos.

Falo sorrindo e pego minha bolsa.

— Eu não sei nem como te agradecer por me deixar ficar aqui.

— Não tem  o porque me agradecer, você sempre será bem vinda em minha em casa.

Ele fala e eu o abraço.

— Tenho um compromisso a noite com a Emilly e Nigel, não sei que horas vou chegar.

Falo quebrando o abraço e o olho.

— Não se preocupe, meu vôo vai sair daqui uma hora e como te falei estarei fora por um mês então se cuide.

— Obrigada por tudo Doug!

O abraço novamente e ele beija minha testa.

— Se cuida Andrea! Qualquer coisa chame um amigo ou amiga para dormir aqui com você, se não fosse a trabalho eu não sairia de perto de você.

— Tudo bem, eu vou me cuidar e não se preocupe. Quando você chegar me ligue, ok?

— Ok, tenha um bom dia no trabalho.

— Tenha uma boa viagem.

Ele abre a porta para mim e saio em direção a Runway, estou pensando seriamente em comprar um carro mas vou olhar isso quando arrumar um apartamento. Pego o café Expresso  de Miranda e vou diretamente a sua sala.

— Bom dia Em.

Entrego o café dela e coloco o café de Miranda em sua mesa.

— Oque aconteceu com seu pescoço?

Ela pergunta encarando meu pescoço, logo eu expliquei tudo oque aconteceu e ela estava mais chocada que eu quando descobri a traição.

— Como você não me chama pra ajudar a bater? Andrea! Eu estou a um mês me medicando pra não bater em alguém e quando tenho a chance de bater sem ser presa e deportada você não me fala nada! Que amizade é essa?

Ela me pergunta e eu me sento em minha cadeira.

— Não se preocupe, eu bati por nós duas e a noite das garotas vai rolar mesmo?

— Vai! Vai ser nosso melhor final de semana, você deu sorte que Miranda saiu ontem após sua ligação.

—Bom dia meninas!

Nigel fala se aproximando e logo tenho que explicar o  aranhão que se destacou em minha pele branca e o corte em minha boca.

— Mas que canalha! Como ele fez uma coisa dessa com uma mulher como você!?

Ele fala e se senta na mesa de Emilly.

— Sim! Mas o carro dele já era,  sobrou até para os  pneus.

— Você está certíssima! Se fosse eu no lugar do outro o... Charles eu nem te ligava, já entrava metendo o pau.

Emilly fala.

— Sua mãe já sabe?

Nigel pergunta e bufo só de lembrar que ela passou pano para ele outra vez.

— Sim, a mãe dele também me ligou mas não atendi.

— Tá certa, você não deve satisfação para eles, muito menos para aquela megera  da mãe dele.

— Porque megera?

Nigel pergunta e lhe explico que ela é uma dama da sociedade que no começo achou que eu não era suficiente para o querubim dela.

— E então você ficou bancando ele esse tempo todo?

— Fui uma palhaça não fui?

— Foi! Uma otária.

— Nigel trás meu pote da Tupperware que você levou com lasanha outro dia.

Emilly fala e eu seguro o riso, ela é tipo a doida da Tupperware.

— Tabom..... Até mais tarde garotas

Ele fala  e logo sai para fazer suas tarefas e Emilly foi atender o telefone e remarcar as reuniões de Miranda.

Sinto seu perfume forte no ar e elevo meu olhar para encontrar a dona dele e vejo Miranda atravessar o salão pleníssima e despejar várias ordens para Emilly que já estava a sua espera na primeira mesa.

Emilly sai apressada atrás de tecidos Premium e Miranda me chama sem me olhar para entrar em sua sala.

— Sim Miranda.

Falo e a vejo se sentar em sua cadeira que mais parecia um trono já com o seu café em mãos.

— Ligue para Jocelyn e peça o catálogo infantil desse mês, Adie a consulta de minhas filhas e remarque o mais rápido possível. Ligue para Jason e diga a ele que minhas filhas não vão poder comparecer ao jantar da família dele.

Esperei um pouco para que ela terminasse.

— Mais algo Miranda?

— Ligue par...

Ela para sua fala quando coloca seus olhos em mim, as marcas não estavam tão evidentes mas se olhar bem ainda dava para ver o estrago e me pergunto porque ela está a me encarar sem falar nada.

— Você pas-sou álcool?

MIRANDA PRIESTLY GAGUEJADO?

— Como?

Pergunto ainda atômica e ela revira os olhos se levantando e vem em minha direção.

— Andrea você deveria ir em um Otorrinolaringologista! Você passou álcool nisso?

Ela fala me tocando com seus dedos frios em meu queixo. ELA ESTA ME TOCANDO! MIRANDA PRIESTLY ESTA ME TOCANDO! ELA FALOU MEU NOME! MEU NOME!  VOU TER UM TRECO!

—Nã..o é eu não tiv-ve temp-po.

Falo gaguejado, porque eu estou assim? Qual é o meu problema?

— Me espere aqui.

Ela falou saído e indo em direção ao toalete do escritório. Será que eu morri ou estou tendo um pesadelo? Me belisco e vejo que era real. Se eu contar pra alguém me chamariam de maluca.

— Onde você estava com a cabeça de entrar em uma briga de rua?

Ela me perguntou colocando álcool no algodão e passando no canto da minha boca.

— Aiii! Calma aí com essa mão pesada, e não foi uma briga de rua.

Falo e ela maneira a mão, olho para ela e vejo ela olhar para minha boca.

— Isso foi irresponsável Andrea! Não se briga em nenhuma hipótese.  E i-isso poderia se infeccionar.

Ela fala, joga o algodão no lixo e pega outro.

— Olha só isso! É quase um palmo de arranhão. Quem fez isso com você?

Ela perguntou e eu ainda estava atónica! Como ela poderia ser assim? Eu trabalho para ela em quase Dois anos e ela nunca, NUNCA! Fez algo do tipo e agora está aqui preocupada comigo? Onde estão as câmeras?

— Quem Andrea?

Ela pergunta tocando meu pescoço e passando os dedos frios no ferimento, é claro que me arrepiei! Oque está acontecendo comigo?

— Foi o cozinheiro? Ele bateu em você?

Ela me pergunta me olhando nos olhos.

— Não, a amante dele.

Falo e ela continua a me encarar.

— Ele nunca foi a pessoa certa para você!

— Essa pessoa não existe Miranda.

Falo e ela continua a passar o algodão.

—  Como ela se chama?

— Beatriz.

Falo e ela me olha.

— Sobrenome?

Ela pergunta colocando álcool e me perguntou novamente.

— Sobrenome Andrea!

Sua voz sai firme e eu me arrepio.

— Beatriz Ramires Billy.

Falo e sinto o algodão gelado em meu pescoço, eu não tenho palavras para esse momento.

— Pronto. Agora volte ao trabalho.

Ela simplesmente falou e se sentou em sua cadeira.

— E liga para um Otorrinolaringologista e marque uma consulta para você.

Ela fala e saio de lá desacreditada.  Me sento em minha cadeira e logo avisto Romero, o auxiliar do porteiro só que ele que faz as entregas dentro da empresa e era um grade chegado meu.

— Bom dia Andy! Tenho flores para você.

— Bom dia Romero. Que coisa linda gente! Quem trouxe?

Ele me entrega a folha e assino, e pego o cartão.

— A sua sogra que entregou pessoalmente.

O olho com minha sobrancelha levantada e me sento com o cartão na mão.

— Deixa eu ver, eu em..... Não gosto dela!

Falo e abro o cartão e como Romero estava do meu lado curioso para saber oque era comecei a ler alto.

— Em retribuição ao desentendimento com meu querido filho a convido para um jantar em minha residência para esclarecer alguns pontos e alguns fatos. Eu e meu marido  contamos com sua presença. O jantar que se realizar-se-á no dia...

— Realizar-se-á dentro da fuça dela! Isso sim!

Falo indignada e olho para Romero.

— E ela é metida mesmo, na hora que ela estava aqui eu segurei a porta do elevador para ela e ela nem olhou na minha cara, nem me agradeceu.

Ele falou e olho para o papel na minha mesa.

— Vou responder ela agora e você pede fazendo favor para Rodrigo entregar ela. Eu vou responder usando seu ódio e o meu.

Pego a caneta e começo a escrever e falar em voz Alta.

— Não vou pois infelizmente  gripaloei no dia do vosso jantar.

Escrevo e o olho.

— Não vou mandar flores não! Vou mandar cacto porque quando ela pegar assim....

Fiz um gesto e ele me olha.

— Furar a mão dela inteira. Aquela vaca.

Falo e entrego o dinheiro para pagar o Rodrigo e ele sai saltitando sorrindo. Olho para o lado e vejo Miranda me encarando com um copo de café na mão, aquilo era um sorriso de lado? Oh Deus!

— Trabalho Andrea!

Ela falou e voltou para sua sala, será que ela ouviu tudo?  Ela deve me achar uma doida agora. O dia se passou rápido e hoje a noite como tínhamos o nosso compromisso da noite das garotas Nigel e Emilly foram na frente e eu fiquei encarregada de entregar o Livro.

— Boa noite Roy!

Falo entrando no carro.

— Boa noite senhorita Andrea.

Ele fala cordialmente e começa a dirigir, quando paramos em frente a mansão desço do carro e ele me espera.
Abro a porta e como de costume vou até a sala perto de seu escritório e ela não estava lá, voltei para sala central e não a vejo, mas que droga! Oque vou fazer agora?

— Pode subir as escadas.

Escuto uma voz infantil e olho para o lado.

— Jesus Cristo! Garota!?

Falo colocando minha mão no peito.

— Mamãe falou que você pode subir as escadas.

A olho e ela da meia volta e sai como uma alma penada.

— Ok então.

Subo a grande escada e escuto vozes.

— Era o nosso jantar Miranda!

— Eu sei! Fala baixo. Eu estava em reuniões!

Escuto a voz dela e uma voz masculina e continuo a subir devagar.

— Você esquece que tem marido em casa! Não presta nem para fuder! Vai morrer sozinha nessa casa enorme! Até suas filhas vão abandonar você!

— Não ouse falar...

Tento voltar para trás mas escuto sua voz parar, hora da minha morte: 20:30.

— Mas oque.....

Ela fala me olhando e vejo seu marido me encarar com fúria.

— Me per-doe, Miran-nda me perdoe! E-u....

Coloco o livro que valia mais que meus Rins juntos no topo toda escada e a olho.

— Me perdoe, boa noite!

Desço as escadas correndo e quando olho para o lado vejo o pequeno demônio que me mandou subir.

A ignorei e voltei para o carro tremendo! Quando o carro parou em frente ao prédio de Emilly logo entrei correndo.

— Agora é meu fim!

Falo sentada no sofá depois de explicar oque aconteceu, menos as coisas que ele falou pra ela.

— Que vacilo Andrea!

Emilly fala e Nigel me encarava.

— Amiga, eu não sei nem oque dizer!

Conversamos mais um pouco e comecei a beber, mas ainda estava consciente.

Nigel- Tenho uma bomba pra contar pra vocês!

Nigel fala se sentando e tirando a vasilha de plástico de Emilly da sua mochila.

Emilly- Cadê a tampa do meu pote?

Ela pergunta batendo na  vasilha sem tampa.

Nigel- Não sei.... Perdi escuta a bomba!

Emilly- Cadê a tampa do meu pote!?

Nigel- Quer fazer o favor de presta a atenção pra eu falar? Recebi uma mensagem de Marcos e Christian Thompson vai começar a trabalhar  com nós!

— Sério?

Emilly—  O trabalho vai pesar mais ainda! Eu não tenho nada a ver com isso gente! O pobre só se lasca.

Nigel- E por falar no Marcos eu pressionei  ele e ele se assumiu gay!

Ele fala e Emilly o encara.

Emilly— Assumiu oque Nigel?  A pessoa pra assumir tem que ter negado! Ele é gay explícito! Cadê a tampa do meu pote?

De novo não.

Nigel- E voltou nesse assunto! Caramba.

Emilly – Cadê a tampa dessa merda desse pote?

Nigel- Eu não sei acho que perdi e..

Emilly- Vai caçar a tampa do meu pote!

Nigel- Eu te dou um pote novo!

Emilly- Não quero novo! Quero desse pote porque já estou acostumada.

Eu tentei não gargalhar mas foi difícil, entrego a tampa que eu estava escondendo e Emilly quase me mata.
Que trolagem perfeita!

— Eu não vou comer isso!

Falo vendo Emilly se servindo de lagosta e caranguejo.

Emilly- É comida de rico Andy! Come e cala a boca.

— Tem que tá com muita fome pra comer uma lagosta né? Não da pra olhar pra isso e falar: nossa que lindo!

Falo sentindo o efeito do álcool do vinho barato que compramos.

— Tem Escargot também!

Nigel- fala comento aquelas coisas.

— Tadinho do  Gary!

Falo comendo pizza. A nossa noite foi resumida em conversas fiadas e muita fofoca! Acabei dormindo no sofá e como era sábado amanhã não trabalharia. Céus que dia doido agora é enfrentar a fera na segunda, deus que me ajude!

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My first loveOnde histórias criam vida. Descubra agora