Parte 58

57 11 0
                                    

-Não, não foi isso que imaginei quando propus sobre o banho.
A minha imaginação percorreu por vários pontos, sabe que imaginação não tem limites, e a minha tende a criar altas expectativas…
Ah, infelizmente não terei roupas de baixo.

-Não se preocupe, sempre carrego lingeries na bolsa. Pois,  nunca se sabe, improvistos acontecem quando menos esperamos.

-Imprevistos ou você imaginou este momento?

-O senhor das imaginações é você. Sou apenas uma mulher precavida, o que é bem diferente.

-Para mim você é a parte que eu necessito neste instante… A banheira está esperando por nós dois.

-Eu…lembrei que preciso fazer uma ligação urgente. -meus passos foram bloqueados no exato momento em que ele me pega no colo e me coloca na banheira.

-Me perdoe por suas roupas…

-Você fêz isso de propósito para me impedir de ir embora!

-Digamos que uni o útil ao agradável.

-Agradável?

-Sim, agradável aos meus olhos. O tecido tende a moldar o corpo, quando fica em contato com a água. Isso deixam homens e mulheres mais atraentes.
Vou lhe acompanhar na cena.

-Não entendi.

-Aguarde um instante.

Alguns segundos depois, ele surge com uma camisa branca e mergulha na banheira. Ao se sentar, meus olhos foram medindo seus cabelos molhados, a espuma que se segurava em parte do seu rosto. A camiseta que grudada em seu corpo, exalava sua sensualidade.
Ele sabia meu ponto fraco e de como me deixar fragilizada…

Acabei ficando aquela noite, e várias outras noites em outros lugares. Mas, o nosso refúgio era aquele apartamento.
Apesar do medo das consequências, eu não consegui deixar de vê-lo. O que eu sentia por ele, era mais forte que eu.
A entrevista foi um sucesso e a revista conseguiu melhorar e muito suas avaliações. Agora tenho até um certo status dentro da empresa.
No entanto, já ouvi murmurinhos entre as colegas de outros departamentos, falando sobre mim. Elas acreditam que consegui a entrevista porque usei subterfúgios para atraí-lo.
A minha vontade era de jogar a verdade, mas aí engoli as palavras. As cumprimentei sorrindo e disse para terem cuidado com o que falavam.

Será Que é Destino?Onde histórias criam vida. Descubra agora