Parte 59

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Naquele fim de semana, fui até o apartamento, pois havíamos marcado de nós encontrarmos.
Preparei o jantar, arrumei a mesa, porém se passam uma hora, duas e nada dele aparecer. Estava preocupada, já que ele não tinha o hábito de se atrasar e quando se atrasava, sempre dava um jeito de me avisar.
Andei de um lado para o outro, pensando se deveria ligar. Todavia, isso poderia ser imprudente da minha parte. Nós tomávamos o máximo de cuidado para não sermos descobertos.
Por fim, decidi aguardar… Liguei a televisão para me distrair e só acordei no dia seguinte. Ultimamente, estava trabalhando muito e não estava dormindo direito. Por isso, acabei dormindo.
Meus olhos procuraram por alguma evidência que dissesse que ele pudesse ter estado ali, entretanto, não encontrei nada. Aquela conclusão me deixou frustrada. Pensei que pudéssemos passar o fim de semana juntos. O pior de tudo é buscar no celular uma mensagem dele dizendo que não pôde vir, e não encontrar nada. Era a primeira vez que isso acontecia, e minha imaginação começou a criar hipóteses. E por mais que eu tentasse não pensar no que poderia ter acontecido, o meu pensamento é o primeiro a trair, me fazendo imaginar coisas.
Resolvi ir embora, e como sempre chegava e saia com algum tipo de disfarce.
Neste dia, ao sair do prédio, tive a nítida sensação de que estava sendo observada. Tive vontade de olhar para trás, no entanto, fui em direção ao ponto de ônibus.
Mas, aquela sensação ainda persistia, por isso quando vi o táxi, não pensei duas vezes. Ainda assim, fiquei olhando para trás.
Como jornalista é claro que a primeira coisa que pensei é de que fosse um repórter. De qualquer forma, terei que tomar cuidado. É melhor não aparecer no apartamento por algum tempo.
Ouço o celular tocando. Finalmente, uma chamada dele.

“Bom dia! Antes de qualquer coisa, quero saber se está bem, se está no apartamento, se aconteceu algo fora do comum.”

-Bom dia! Antes de responder as suas perguntas, você é quem me deixou preocupada! Poderia ao menos ter mandado uma mensagem dizendo que não poderia ir para o apartamento.
E quanto a sua pergunta, sim houve uma coisa estranha.

Será Que é Destino?Onde histórias criam vida. Descubra agora