Será Que é Destino?

Parte 6

O medo e a aflição tomaram conta de mim.
Foi aí que olhando para a mesinha vi que tinha um mini-banquete. Era uma mesa de café da manhã no estilo brasileiro e dentro da cesta de pão, um bilhete que dizia assim:

“Antes de ir embora tome o café da manhã e se quiser ficar descansando pode ficar. A diária está paga até a meia-noite.
Você teve uma noite muito agitada…sugiro que se alimente, durma e depois vá para casa.”

Isso…isso quer dizer que… Como foi acontecer uma coisa assim? Será que estou sonhando? Não, Mary, você acabou de tomar um banho para acordar e colocar as idéias no lugar. Como poderia estar sonhando?
Me belisquei para ter certeza e o resultado, fiquei com um vermelhão no braço.
Com medo da situação, me vesti rapidamente e fui embora. Nem toquei no café da manhã, apesar do meu estômago estar reclamando de fome.
Fiquei com receio de que estivesse envenenado, qualquer coisa do tipo.
Abri a porta, verifiquei se não havia nada de suspeito, peguei o elevador e ao sair do prédio liguei para Naeun, pedindo que viesse me buscar.
Ao terminar a ligação olhei para o prédio por curiosidade e vi que não era um hotel e sim um prédio normal.
Por que será que ele disse no bilhete que a diária estava paga? Será que o hotel estava trocando ou renovando o nome?
Naeun chega e esses pensamentos se dispersaram.
No caminho para casa, ela me pede desculpas e começou a falar do imprevisto, sobre a noite maravilhosa, que já estava apaixonada por ele.

-Como você pode estar apaixonada por alguém que conheceu como um imprevisto? Mesmo que a noite tenha sido incrível, será que é possível se apaixonar assim tão rapidamente?

-Claro que é possível! Sou a prova viva disso! Mary, isso não significa que ele será o meu amor para a vida toda.
Não sabemos o que o amanhã nos reserva. Eu prefiro não planejar nada, deixo as coisas seguirem seu curso.

-Gostaria de pensar como você, mas não consigo. Acho que meu erro é imaginar que um dia encontrarei um amor como dos doramas. -de repente, me lembrei da minha situação. Não deixa de ser como um clichê dos doramas.