"E se tudo o que vivemos e sentimos tiver um propósito? E se o meu amor por você fizer eu me sacrificar por você, você me perdoaria?"
Aonde Andrômeda Hayes se muda para a cidade que passava sua férias após o acidente que levou a vida de seus pais at...
"Nossos pesadelos podem tornar-se realidade, mas não se esqueça que quem guia esta história é você."
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02.
O relógio batia as nove e vinte na parede, os mais novos estavam no sofá assistindo um dos filmes que trouxe a eles, comendo pipoca e besteiras que tinha comprado no mercado. Mais cedo, o eletricista veio em nossa casa e avaliou os fios, mas sua resposta foi uma coisa que eu não esperava: "A fiação da casa é nova e não tem mal contato algum." Então o que teria sido as luzes piscando ontem?
— Andy, acabou a pipoca. — Disse Aly, mostrando o pote vazio.
— Não tem mais para fazer? — Questionei vendo a ruiva negar com a cabeça em seguida. — Eu vou ir comprar mais então, acho que deve ter alguma conveniência aberta essa hora.
Levantei me indo até a trepadeira que seguravam casacos, bolsas e outras coisas perto da porta, pegando meu casaco e as chaves do carro. Meu pescoço virou se para o lado junto com a cabeça, observando eles prestando atenção no filme.
— Vão ficar bem? — O silêncio continuou e só se ouvia as falas e sons do filme que saia da tv. — "Sim, Andy, nós vamos."
Imitei uma voz fina revirando os olhos e saindo de casa, estava escuro e a rua vazia, apenas as luzes das casas acessas provavelmente com famílias completas dentro. Tenho saudades disso. Caminhei até o carro, abrindo a porta e entrando colocando o sinto de segurando em seguida, liguei o automóvel e dei ré saindo da garagem. Eu sentia que alguma coisa ia dar errado, parecia que era um sinal para eu não sair de casa, o barulho do carro parecia estranho e falhado. Acelerei ainda mais para ver se quanto mais rápido menos dava chances do carro pifar mas ele simplesmente se desligou. Me fazendo freiar bruscamente no encostamento da pista, meus olhos estavam arregalados e minha respiração irregular. Isso não está acontecendo comigo, não agora de noite, não. A parte em que parei o carro não era em algum bairro, era a divisa dos bairros com a cidade comercial e ali só havia mato e mato. Minha mão foi até a chave do carro, tentando ligar e nem sequer um barulho ele fazia.
— Puta merda! — Berrei, dando um soco no volante com força, fazendo minha mão arder instantemente. — CARALHO! Idiota, burra, merda de carro.
Meus olhos foram para o retrovisor para ver se vinha algum carro por trás mas nada, não tinha nada e ninguém. Fechei meus olhos em descrença, não irá acontecer nada, não é como se um monstro ou algum assassino em série viesse me pegar não é? Meu deus, eles não tem nem 18 anos ainda, eu não posso morrer e deixar Alya e Atlas para trás.
O barulho no vidro do carro me assustou, fazendo eu gritar e saltar do banco do motorista, abri os olhos e olhei para a janela vendo um rosto conhecido, Steve Harrington com seus olhos bonitos arregalados assustado.
— Você quer me matar do coração? — Digo levando a mão em meu peito, sentindo meu coração mais acelerado do que nunca. Ele fez sinais de como se não tivesse entendido nada do que eu havia falado e suspirei, tirando o cinto e saindo do carro. — Eu disse, você quer me matar do coração?