"E se tudo o que vivemos e sentimos tiver um propósito? E se o meu amor por você fizer eu me sacrificar por você, você me perdoaria?"
Aonde Andrômeda Hayes se muda para a cidade que passava sua férias após o acidente que levou a vida de seus pais at...
"Momentos foram feitos para serem únicos e memoráveis."
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05.
Assim que entramos no quarto, rindo, percebi o quão aconchegante e bem decorado o ambiente era. Parecia um escritório, mas ao mesmo tempo tinha um toque mais casual, como se fosse uma sala de estar privada. O ar rústico do local se misturava com móveis de madeira escura, prateleiras repletas de livros e um sofá de couro marrom, que parecia convidativo. A iluminação amarelada dos abajures dava um clima acolhedor, tornando o espaço ainda mais encantador.
Steve fechou a porta atrás de nós, e quando me virei para encará-lo, percebi a mudança em sua expressão. O sorriso confiante que ele exibia momentos antes, enquanto nos beijávamos, havia dado lugar a um olhar tímido e um pouco incerto. Era curioso e, ao mesmo tempo, estranhamente fofo. Caminhei lentamente até o sofá, sentindo o peso do momento entre nós. Sentei-me, batendo levemente no espaço vazio ao meu lado em um convite silencioso.
Ele hesitou por um instante antes de se mover. Seus passos eram um pouco desajeitados, como se estivesse tentando entender a si mesmo. Quando finalmente se sentou, colocou o braço ao redor dos meus ombros, um gesto que me fez questionar: cavaleiro ou apenas mulherengo?
Inclinei meu rosto para frente, e nossos lábios se encontraram novamente. O beijo era quente, envolvente, cheio de uma urgência silenciosa. Sua língua explorava a minha em um ritmo lento, porém faminto. A cada toque, a cada suspiro entrecortado, a temperatura do quarto parecia aumentar. Era estranho o quão natural aquilo se sentia, como se já tivéssemos feito isso antes, como se houvesse uma conexão entre nós que ultrapassava o simples desejo.
Quando nos afastamos, Steve sorriu e selou nossos lábios em um último beijo suave.
— É engraçado... sinto como se eu já te conhecesse. — Minha voz saiu baixa, quase um sussurro, enquanto eu inclinava a cabeça, apoiando minha bochecha no braço dele.
Ele fez uma careta pensativa antes de responder.
— Talvez a gente tenha se conhecido há muito tempo e não se lembre... ou é coisa de outra vida. — Ele pausou por alguns instantes, como se estivesse ponderando sobre suas próprias palavras. — O que eu não acho difícil de acreditar, depois de tudo o que passei nesses anos.
Minhas sobrancelhas se franziram em curiosidade.
— O que aconteceu durante esses anos com você?
Steve abriu a boca para responder, mas hesitou. Parecia travado, como se tivesse falado algo que não deveria.
— Não vai me contar?
Me afastei um pouco, sentindo a mudança sutil em sua postura. O nervosismo dele era evidente, como se estivesse receoso de que meu distanciamento significasse algo pior. O que ele estava escondendo? O que havia acontecido no ano passado?