Adoro você

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Suas palavras são só palavras vazias,
ditas em vão,
me penetram de uma forma invasiva,
perfurando meu coração,
como um tiro a me atravessar,
como um souvenir de algo
que nunca irá se curar.
Elas rodeiam mente como as folhas que deixam os galhos das árvores para se decomporem no chão.
E minha solidão,
como um campo minado 
de borboletas,
não te afeta,
apenas explode dentro de mim.
Você me deve lágrimas,
por todas aquelas que derramei por você, 
que molharam o papel,
me impediram de escrever.
Um trem,
que deixa sua estação vazia,
com nada mais que jornais velhos a voar,
prometendo voltar
e o ciclo se repete.
Olhando pela janela, 
sentindo a brisa,
vendo a chuva ir embora,
aquela sensação se revira em meu peito,
me impedi de ir lá fora.
E ponderando a esse ponto,
penso se o problema é mesmo você,
mas não é culpa minha te amar e não conseguir te esquecer.
É que eu adoro a estação vazia, 
os papéis que foram lidos um dia.
É que eu adoro o vento fraco,
a chuva cadente,
meu coração a sua mercê.
É que eu adoro você.

É que eu adoro você

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Meu verão com Sylvia PlathOnde histórias criam vida. Descubra agora