capítulo 05

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pov: Ellizie

Sabe quando mesmo de olhos fechados seu coração bate rápido e uma vozinha no fundo da cabeça fala que tem algo de errado? então essa voz estava me dizendo que alguém me observava. Eu já havia me levantado, andado mas essa impressão não passa assim como a chuva que cada vez mais me deixava assustada.

-Será que eu procuro ela?

Mordo os lábios inferiores com medo. Me levanto do sofá e subo as escadas com cobertor em mãos e vou batendo de porta em porta a procura do quarto de Ophelia.

Já fazia alguns minutos que estava procurando seu quarto e para ser sincera estava perdendo a paciência. Enrolo meu corpo na coberta e continuo seguindo o corredor abrindo as portas.
Olho no fim do corredor e percebo uma silhueta vindo do escuro, ela andava lento, elegantemente, uma vela estava em suas mãos porém não iluminava seu rosto.A silhueta caminha em minha direção, meus pés por reflexo vão seguindo para trás e ela aumenta a velocidade.

-QUEM É? -Indago sentindo minhas costas baterem na parede fria-Não se aproxima, eu sou faixa preta em karatê!

Em uma brisa fina gélida a vela se apaga, agora restava barulho de passos na madeira, fecho meus olhos com força e me sento no chão tremendo de medo. A coisa para em minha frente e sinto uma mão gelada tocar minha bochecha quente.

-Está com medo?-Ela Ophelia, sua voz era rouca, em uma susuro ela fala-Quer ficar comigo até você se acalmar?

Abro meus olhos e olho ao redor.

-Fica comigo só até eu dormir? Sei que estou pedindo muito-A encaro com vergonha-Se não quiser eu entendo.

Seus olhos gentis de gato me encaram e um arrepio sobe minha espinha. Percebo agora que ela estava muito mais perto do que já havia ficado antes, coração dispara e minhas bochechas queimam gritando a minha timidez. Céus o que tem comigo? me pergunto ainda encarando seus olhos vermelhos.

-Você usa lentes de contato?

Ela nega com a cabeca e se afasta.

-Vamos, eu lhe levo até seu quarto.

Ophelia levanta e toca estende sua mão para mim, eu seguro e nos descemos as escadas de mãos juntas.

-Você...-Ela puxa assunto com a voz fazendo eco-Sempre teve medo de chuva?

-Acho que sim, dês de pequena dormia com meu pai quando começava tempestades-Sorrio lembrando disso-Acho que ele também tinha medo de chuva, mas não me dizia por que queria ser corajoso.

-Seu pai era um homem bom? hum?

-Eu... eu não sei-Coloco uma mecha atrás-Minha mãe dizia que ele era agressivo e talvez ele seja mesmo... só fico confusa por que ele parecia ser alguém tão dócil comigo.

-As vezes as pessoas não são quem parecem ser-Seus olhos cor de brasa me fitavam dos pés a cabeça-Acontece.

-Eh, acontece-Eu respiro fundo tomando coragem pra próxima pergunta-Aqui sempre foi assim; solitário?

-Você diz somente eu?-Acento com a cabeça-Bom, não. Já houve muitas pessoas vivendo aqui mas todas foram embora, as pinturas nas paredes contam mostram.

Olho no corredor que estávamos e percebo que havia desenhos de crianças brincando, adultos em festas mas algo me chama atenção, uma figura pálida, de cabelos negros e olhos vermelhos no canto de uma dessas pinturas. Impossível ser Ophelia, isso parece ter no mínimo cem anos. porém elas eram tão iguais...

-Quem é essa?-Aponto para a figura pálida-É uma ancestral sua?

-Meio que sim, meio que não.

-Você pode me contar a história?

-Por enquanto não.-Ela para de andar e solta minha mão-Chegamos, entregue em segurança.

Eu olho para a porta e um arrepio sobe meu corpo, entretanto dou um sorriso disfarçando isso. Por algum motivo algo em mim dizia que eu não conseguiria pregar o olho essa noite.

-Obrigada.

Abro a porta e quando está fechando-a, a mão fina atravessa impedindo de tranca-la.

-Você não disse que iria querer companhia?-Ela adentra meu quarto e se senta no sofazinho no final da cama-Deita aí eu te espero dormir.

Eu obedeço me deitando, a caucasiana me cobre com uma coberta macia cor-de-rosa e volta a seu posto no sofázinho me encarando. Alguns minutos se passam porém o sono não chega até eu, me viro para um lado, viro para o outro mas nada resolve e por fim resolvo ficar quieta e fechar meus olhos.

Meu corpo estava adormecendo, eu já sentir os sonhos vindo porém algo passa em rosto; algo frio e seco e acompanhado disso vem palavras que surpreendem minha mente.

-Você parece tanto ela...-Era a voz de Ophelia, ela carregava uma tristeza imensurável-Mas é tão diferente ao mesmo tempo. Por que seu pai havia de ter feito aquilo?

As mãos geladas se afastam de minha face e passos vão caminhando até a porta. Antes dela ser fechada escuto algo como "Boa noite". Quem será 'ela'? será uma antiga amiga de Ophelia? mas por que ela se lamenta? ela morreu? Droga por que essa mulher é tão misteriosa? isso me deixa agoniada. Mas o que papai fez? ele conhecia Ophelia? Essas perguntas giravam em minha mente que agora não havia um pingo de sono.
Sabe quando você fecha os olhos e sente que alguém lhe observa? mesmo deitada na cama sentia que um par de olhos me observava, ja incomodada me sento na cama atenta aos mínimos detalhes.

-Droga tudo isso é tão assustador...


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palavras 1000

hey leitores! tudo bem? saiu cap de hoje finalmente <3 gostaram do capítulo? enfim deixem sua estrela e coment.

QUE INTERAÇÕES FORAM ESSAS DA OPHELIA E DA ELLIZIA??? Ela esperando ela dormi amoleceu meu coração aaaa❤😭
mas o que o pai da Ellizie fez? ele foi até que bastante comentado hoje. Minha semana foi muito corrida então talvez atrase o cap d segunda e saia terça ou quarta, mas em compensação eu vou ficar 3 dias sem aula e vou TENTAR lançar um cap extra ok??

era isso é tão bjss❤

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