Two

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Nota: Eu precisava dar uma continuação a isso, mas é apenas um bônus, talvez tenha até cinco capítulos, mas depende muito de como os personagens vão lidar com suas escolhas. 

O lord das trevas tinha acabado de me dar um selinho, fiquei estático no mesmo instante, me assustei de certo modo e ao mesmo tempo achei a sensação boa, fiquei olhando confuso pra ele, como se não tivesse entendido aonde ele queria chegar. 

— Eu não sou gay Tom. — Quebrei o gelo olhando friamente para ele. 

— Não é... mas isso importa senhor Potter? — Inqueriu devolvendo o olhar frio. 

— Sabe, eu não entendo uma coisa, tentou me matar quando eu era um bebe e não conseguiu, mas você ja sabia que não conseguiria, então deixasse meus pais vivos. — Era tudo o que eu tinha a dizer a ele, não queria uma explicação, queria apenas jogar isso na cara dele. 

— Belatrix é muito fiel, eu disse a ela para roubar a criança e deixar os pais vivos, mas Tiago a atacou, ela revidou o ataque e acertou ele em cheio, depois Lilian tentou ataca-la também, mas não teve sucesso, Belatrix desaparatou da casa, foi quando eu cheguei lá e te vi, eu queria te levar comigo, mas ainda movido pelas palavras da carta eu tentei te matar, não imaginei que a proteção de sua mãe fosse me atingir daquela forma. — Tom pegou um biscoito que estava no meu prato e ficou olhando para a massa assada. — Eu fugi do local, depois a culpa caiu sobre minhas costas, quando tentei pegar a pedra filosofal, eu queria voltar a minha forma normal e assim poder te salvar, mas não deu muito certo, depois tentei no torneio tribruxo, nossas varinhas se recusaram a lutar, te matar não deu muito certo, te salvar no entanto deu. 

— Nada muda o fato de que passei por todas aquelas coisas. — Murmurei pegando o biscoito das mãos dele. 

— Eu sei, não muda, mas pelo menos está vivo agora. 

— Não quero viver ao lado de um assassino, eu não tenho vocação pra isso Tom. 

— Harry, existem muitas inconsistências na versão dos fatos, eu não matei os seus pais, eu criei as orcruxes, mas não foram mortes planejadas, foram mortes acidentais, meu pai trouxa por exemplo, tive que acerta-lo, ele sabia do mundo dos bruxos e tinha acabado de roubar a minha varinha, peguei a varinha do meu tio e salvei minha vida, a senhora Smith, eu devo admitir que não tive sangue frio ao vê-la falando da minha mãe daquela forma. 

Olhei incrédulo para ele, não era como se eu fosse acreditar naquelas palavras. 

— Harry, não estou pedindo para acreditar em minhas palavras, eu sou um bruxo das trevas, mas entenda que não fiz nem a metade do que me acusam e digo a você que se eu entrar agora no ministério todos saem correndo apenas pela minha presença, eu nem preciso levantar a varinha. 

— Tom, quando descobrirem que estou aqui, minha vida vai se tornar um inferno ainda maior, Dumbledore jamais me perdoaria, ele é uma das poucas pessoas em quem ainda confio. — Me arrumei na cama e fiquei ainda mais serio. 

— Vamos tentar de outra forma, você me pediu ajuda, não pediu ajuda a eles, quer tentar voltar novamente no tempo? 

Sua pergunta me fez sentir um certo receio, um medo irracional do que ele estava planejando, algo que eu talvez não esperasse do lord das trevas, na verdade ninguém imaginaria tal atitude. 

— Volto pra onde no tempo? 

— Para o mesmo dia que me entregou a carta, mas desta vez me convença a te salvar e não a te matar, conte sobre Belatrix, conte sobre tudo o que conversamos, quer ter uma vida senhor Potter, eu te dou essa vida, mas quem tem que fazer por onde é você, me impeça novamente, mas faça do jeito certo, não saia fugindo da situação, converse comigo, diz que é um ofidioglota, então me surpreenda, eu sei que vou ficar impressionado com sua visita. 

Olhei confuso para ele, eu ja tinha dito que não era gay, mas ele parecia insistir naquilo, como isso daria certo para um de nós, ele deveria ter uns sessenta e quatro anos ou mais, e eu era um adolescente, não tinha como isso dar certo, mas por o...

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Olhei confuso para ele, eu ja tinha dito que não era gay, mas ele parecia insistir naquilo, como isso daria certo para um de nós, ele deveria ter uns sessenta e quatro anos ou mais, e eu era um adolescente, não tinha como isso dar certo, mas por outro lado eu poderia conseguir ter uma vida normal, eu iria conseguir de fato. 

— Eu aceito, mas você escreve a carta, você confiaria em si mesmo. 

Ele começou a rir, era realmente assustador pra falar a verdade. 

— Escrevo sim senhor Potter, faça valer a pena, eu só posso usar esse feitiço uma vez a cada dez anos, então vai ter cerca de meia hora no passado, meia hora para me convencer a ler sua carta e me convencer a te salvar, eu não sou tão mal, se sorrir vai ajudar muito. 

Eu agora estava entendendo aonde ele queria chegar, mas não estava fazendo muito sentido ainda na minha cabeça, seria impossível na verdade. 

— Indiretamente está dizendo que se apaixonou por mim naquele dia? — Essa era a pergunta mais obvia a ser feita. 

— Sim, você é bem lerdinho, mesmo depois do selinho que te dei não entendeu isso? De tarde eu volto e vamos fazer o feitiço, mexer com o passado não é bom, mas ja que parece ser a unica solução, aproveite para se despedir de tudo o que conheceu, sua vida acaba hoje a tarde, eu vou te dar uma vida nova. 

 O discurso de Tom me convenceu a aceitar, mas me lembro de ter escutado ele falar na câmara secreta de que ele era bem persuasivo, isso também não importava, se desse errado de novo eu desistiria e ficaria ali do lado do senhor das trevas, era tudo o que me restava a fazer na minha inútil vida.

Bye Tom Riddle ( Tomarry)Onde histórias criam vida. Descubra agora