Leste

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Entro na arena que eles dizem ser, só mato e árvores, coisa de gente velha ter um ambiente assim.
Me empurram e quando eu me viro para xingar as putinhas dos marmanjos eles simplesmente desaparecem e me deixam lá, naquela Amazonas do Paraguai, começo a andar, sem rumo, com fome e sozinho, apenas com meu arco e flecha.
Passa algumas horas e começa a chover.
-Ja tava ruim e ainda começa a chover nesse caralho, pelo menos vai servir para eu beber água.
Pego uma folha, faço de escorregador, e a água vem direto para minha deliciosa e linda boca. Depois de ter saciado a minha sede, eu deito para descansar, uso uma pedra de travesseiro.
Assim que eu começo a cochilar ouço passos e um galho quebrando, olho para atrás repentinamente mas não vejo nada, fico atento e procurando em volta mas como resultado eu não vi nada, então eu resolvo sair daquele lugar mesmo não aguentando andar. Sinto uma presença atrás de mim, uma sensação de aura, olho para atrás de novo mas não tinha nada, começo a correr desesperado, até que eu acho uma caverna, entro nela e acendo uma chama com mato seco e alguns gravetos, claro que isso não foi rápido até porque alguém com o meu QI não faria alguma coisa dessa em menos de 15 minutos, durmo lá mesmo.
O sol nasce e eu acordo, resolvo ir para o meio daquele lugar, e como não é de esperar eu não sei aonde é o meio, então eu sigo para o leste. Não ando muito para ver algo passar correndo e sem pensar duas vezes eu vou atrás, pode ser um animal, e é dos grandes, corro muito atrás dele até que ele para, o cheiro que eu poderia sentir de longe de um animal fedorento, apenas decidiu desaparecer. Fico esperando algo se mexer, até que eu vejo ele lá, parado e respirando, era um alce, ele era tão fofo e bonitinho mas eu aponto a flecha, respiro fundo e atiro, foi uma flechada certeira, me aproximo do animal, tiro a flecha de sua barriga e olho profundamente nos olhos dele para sua alma não ir embora sozinha, pego a flecha novamente e tiro as vísceras do animal e espalho pelo chão, para o cheiro atrair animais maiores, enquanto isso tiro a pele do animal com a ponta da flecha, volto para a caverna e acendo a chama de novo, asso o fígado do animal e como, como se eu nunca tivesse comido antes, volto para o local e vejo se eu tinha algo lá, e por surpresa o animal veio mas foi embora, provavelmente perdi muito tempo comendo, escurece e eu mais uma vez decido voltar para a caverna.
-Depois de ontem, nunca mais durmo em qualquer lugar aqui não.
E mais uma vez o sol aparece, dessa vez eu decido ir para o meio, ou até encontrar um lago, começo a andar, atrás de água, com a pele do alce na minha cintura, fedendo, poderia atrair qualquer animal mas por sorte não veio nada além de mosquitos. Já estava anoitecendo e quando eu estava prestes desistir.
-Água eu achei!!!!! Eu achei água!! -grito loucamente
Grito tanto que eu ouço.
-Hmm, olha o que temos por aqui.

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