Motivos para comemorar

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— Como é que você vai explicar isso pra sua mãe? – Yoongi berrava aos quatro cantos do apartamento de Hoseok, ele estava irritadíssimo e seu cheiro azedinho provava isso, nem seu alfa se atrevia a dizer alguma coisa ao amado naquele dado momento. Preferia ficar quieto para não apanhar depois e deixar o ômega exalar toda a sua raiva, indignação e seu senso de mãe traída, visto que era assim que ele se sentia ao encarar os mais novos marcados de Seul.

Ele bufava mesmo, seu peito subia e descia e seu coração estava mais do que acelerado tendo a mente a mil por hora, tentando encontrar uma saída para aquela situação que não parecia ter um fim tão bom. Compreendia que aqueles dois já tinha uma bela de uma ligação e que se amavam muito, mas isso não queria dizer que podiam sair assim se marcando como se não fosse nada demais.

— A porra de uma marca Jung Hoseok, a porra de uma marca! – Enfatizou a última palavra enquanto andava de um lado para o outro da sala com as mãos nos fios negros quase os arrancando por causa do tamanho nervoso que sentia. Seu maior desejo era bater naqueles dois como se fossem duas crianças travessas que houvesse quebrado o vaso mais caro da vizinha.

Não sabia como proceder dali em diante e se sentia inútil diante da situação que se desenrolou ali pelo simples fato de não ter controle sobre tudo. Taehyung havia marcado Hoseok acidentalmente e o pior, sem um cio ou um nó decente para completar as coisas. Era por isso e outras coisinhas a mais que ele havia se indignado tanto. Quando suas pernas não aguentavam mais aquelas caminhadas sem sentido ele se sentou pesadamente sobre o colo do alfa mais novo, esse que apenas observava seu ômega irritadinho com um sorriso no rosto, pouco preocupado com tudo que se seguia.

Para Jungkook não havia sequer um motivo para tanta indignação e descontrole sendo que a vida não era de Yoongi, em primeiro caso. Segundo, não era ele quem arcaria com as consequências provindas de uma senhora Jung decidida a tomar uma providência mediante aquilo, escandalizada e ao mesmo tempo louca para casar seu filhote – esse era o desejo dela e sempre foi – e por fim, os dois se amavam muito e aquilo aconteceria mais cedo ou mais tarde. O Jeon sabia que seu amigo era alguém que só gostava de uma única pessoa e por ser um lúpus, um alfa que só amava uma vez na vida e estava mais claro do que água cristalina que era de Jung Hoseok o seu coração. Então era como juntar um mais um e ter o número dois como resultado. Eles se casariam, teriam filhotes e seriam plenamente feliz.

Simples. Não entendia o motivo de tanto alarde.

Todavia não era bem assim para o casal de namoradinhos que se marcaram, eles ouviam de cabeça baixa com todo o sentimento de culpa do mundo o que o ômega baixinho tinha a dizer.

E por mais que achassem que ele estava certo, não podiam evitar se sentirem inundados de uma coisa tão bonita quanto aquele sentimento se não ser mais dois e sim um. Ele transbordava dentro deles fazendo com que cada terminação nervosa de seus corpos encontrassem um tipo de prazer que não poderia ser descrito, como se estivessem flutuando o tempo todo ou mergulhados em uma água quentinha que aquietasse cada medo ou incerteza que houvesse dentro dos seus corações. Havia uma calma em casa canto da sua alma e eles podiam se arrepiar facilmente apenas encostando um no outro. Era bom, muito bom, seus olhos se conectavam e eles podiam conversar entre si que não havia problema algum e se perdiam naquela bolha bonita que virou o universo deles.

Quando tocavam suas mãos sentiam-se inteiros, como se houvessem se partido em milhões de pedaços e esses vagassem por esse universo em busca de algo que não soubessem ainda o que era. A marca lhes dava a total certezas dos sentimentos de um pelo outro e trazia uma cor linda e nova para suas almas. Taehyung nunca havia sentido a necessidade de ter alguém em sua vida ativamente e achava até que fosse assexual, mas compreendeu que estava apenas esperando por Hoseok. Seu lobo uivava por ele e a paz que tanto esperou depois daquela tempestade que era a ausência dos sentimentos que precisava para completar-se finalmente chegou até ele. Queria chorar de alegria, mas sabia que – agora – não era o momento.

Abraços QuentinhosOnde histórias criam vida. Descubra agora