𝐎𝟐 ⨾ ❛ 𝐓𝐡𝐞 𝐌𝐨𝐯𝐢𝐞

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𝖠𝗌𝗁𝗅𝖾𝗒 𝖧𝖺𝗅𝗅

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𝖠𝗌𝗁𝗅𝖾𝗒 𝖧𝖺𝗅𝗅.
𝟥𝟢 𝖽𝖾 𝗈𝗎𝗍𝗎𝖻𝗋𝗈. 1984.

Já havia se passado dez dias desde a apresentação no bar Hideout. Naquele dia, as palavras de Munson começaram a me afetar. “Nem amigos somos”. Apesar de convivermos na presença um do outro faz um tempo, nunca fomos amigos assim como sou dos meninos, mas eu sentia que Eddie poderia se tornar um bom amigo. Acho que queria me tornar sua amiga, eu estava disposta a me tornar.

Hoje é a preparação das festividades para o Halloween, amanhã seria o dia em que procuramos doces e nos fantasiamos de coisas assustadoras ─ mesmo sabendo que minha fantasia era algo bem elaborado mas nada assustadora.

Enfim, estou entusiasmada. Não só porque é véspera de Halloween, mas porque colocaria em prática a minha ideia de virar amiga de Munson.

Nos últimos dez dias, diria que havíamos ficado mais próximos. Nada demais. Conversávamos como duas pessoas normais quando ele ia nos espionar na garagem, mas sempre trocavamos provocações em nossas conversas. Ele me irritava e eu o irritava um pouquinho mais. Ele viria para minha casa em uma noite de filme, a TV transmitiria: Halloween -  A Noite do Terror (1979). Passaria as onze onde deixaria um ar mais assustador. Marcamos de ele vir uma hora mais cedo, apenas para nos prepararmos para o filme.

Tomei um banho molhando o cabelo, já que eu havia o deixado preso nos últimos três e precisava deixá-lo respirar. Coloco meu pijama e penteio meus cachos, passando perfume e um hidratante no rosto.

Vou para a cozinha separar as coisas que iríamos comer. Juntos fomos no mercado e compramos guloseimas, como milho para pipoca, doces, refri e - uma coisa que ele insistiu - cerveja. Quando deixo as coisas em cima do balcão que separava a cozinha da sala, escuto a campainha, dando sinal que minha visita chegou. Encaro meu relógio.

Ele realmente chegou ás 22h00 em ponto.

── Boa noite, Mademoiselle. Você está encantadora com esse pijama de coelhinho. ─ ele ri e dou um tapinha em seu braço, ele finje sentir dor antes de entrar e colocar uma sacola sobre o balcão.

── Trouxe mais coisa? Sabe que não precisava. ─ avalio os itens da sacola depois que tranco a porta. Havia mais chocolates e mais latas de cerveja. Ele queria me embebedar!

── Eu sei, mas estava achando pouca coisa. E outra, gracinha, você já está oferecendo sua casa para assistirmos um filme. ─ ele abre uma cerveja e se joga no meu sofá. Folgado!

── Porque você me disse que não teria como assistir no seu trailer. Não me importo, moro sozinha mesmo. Uma companhia de vez em quando até que é bom... ─ respiro fundo e o vejo me encarar preocupado. ── Mesmo que seja você.

Ele ri: ── Para! Você ama minha companhia, não viveria sem mim.

── Gostaria mais se você não queresse me embebedar. Temos umas quatro latas de cerveja na geladeira, você trouxe mais quatro! ─ ele joga sua latinha vazia no lixo e se aproxima de mim, rindo.

GUITARIST GIRL, edward munson [REESCRITA]Onde histórias criam vida. Descubra agora