These four walls

Chapter 4 - Decision

Olha quem veio com mais um capítulo?! Demorei mais do que eu queria, mas as aulas de direção tomam mais tempo do que eu achava kkkk estamos entrando no momento da fanfic que está descrito na sinopse, então os capítulos vão demorar um pouquinho, porque eu preciso pesquisar algumas coisas e quero começar a deixar os capítulos bem extensos, então não desistam de mim 🥺🤏 e vamos de leitura.

Jennie Pov

Foi uma noite difícil, mas depois de muito esforço, eu consegui dormir. Ao me levantar fiz toda minha higiene pessoal rapidamente e desci.

—Vai no hospital agora cedo, Jen? — Irene perguntou assim que eu desci.

—Bom dia pra você também, Irene. E sim, vou lá com a Lali pra ela fazer os exames, consulta, e eu também vou fazer o teste de compatibilidade. Quando você vai, hein?! — perguntei.

—Eu vou quando chegar da faculdade.

—Okay — me despedi dela e em seguida fui até a casa de Lisa. Bati na porta e fui recebida por Marco em pouco tempo — bom dia, senhor Marco. Tudo bem? — o cumprimentei.

—Bom dia, menina querida. Estou bem, na medida do possível — ele me deu um pequeno sorriso triste — Lalisa está lá em cima.

—Tudo bem, vou lá — subi e bati na porta do seu quarto obtendo uma resposta positiva pra que eu entrasse.

Desde que eu me entendo por gente, eu e Lisa somos amigas, somos como unha e carne. E desde que eu me entendo por gente, eu sou hétero. Sempre fui muito segura sobre o que se diz respeito a minha sexualidade. Mas eu não sou cega né?!

Lisa é linda em todos os seus traços, e não posso deixar de fora o seu corpo. Sua barriga é definida, assim como seus braços, possuí seios medianos, tem pernas bem atléticas, não de forma exagerada, na medida, e sua bunda é proporcional ao seu porte, nem pequena demais, nem grande demais. Lisa tem um corpo de dar inveja.

Com certeza se eu fosse lésbica ou bi, já teria ficado com ela.

—É... Jen?! Tá tudo bem aí? Tá me encarando desde que abriu a porta — corei ao constar que ela percebeu.

—Huum, t-to bem sim, desculpa. E você, como está? — desconversei.

—Com câncer.

—Ha ha, sem humor sarcástico, Lalisa — ela sorriu pra mim forçadamente.

Depois de muito demorar, enfim estamos a caminho do hospital.

—Jennie, como está na escola? Você está esses dias todos sem ir? — Chitthip perguntou.

—É, eu não tô indo, mas não se preocupe, o Kai vai todos os dias lá em casa. O melhor amigo dele é da minha turma, então ele vê e me repassa tudo — vi Lisa revirar os olhos assim que citei o nome de Kai.

—Entendo, mas enquanto as faltas, minha filha?

—Depois eu me resolvo com os professores. Eu tenho um histórico bom, boas médias, eu acho que eles podem entender meus motivos.

Chegamos no hospital e Lisa estava calada, assim como todas as vezes em que o nome de Kai é citado em qualquer conversa. Os dois não se suportavam. Eu sei que o Kai tentava não demonstrar tanto, porque ele sabe o quanto ela significa pra mim, mas Lisa nunca conseguiu disfarçar, as vezes eu achava fofo.

—Olá Lalisa, como está hoje? Temos muito o que conversar — o Doutor falou quando entramos no consultório.

—Da mesma forma — falou seca.

—Bem Lalisa, primeiro de tudo, você precisa seguir a risca o tratamento se quiser se curar, não será um processo rápido e nem fácil, e é bastante doloroso. Além de mim, você precisa fazer um acompanhamento psicológico. A leucemia que você tem é umas das mais comuns, porém é de difícil recuperação — todas nós ouvíamos atentamente o que ele dizia, e eu sentia meu coração apertar com cada palavra — impossível? Não, mas sendo sincero com você, as chances de cura são baixas. Eu sei que pode ser um balde de água fria, mas tenho que ser o mais transparente possível pra isso funcionar — ele disse. Pude ver Lisa suspirar desanimada.

A consulta foi pesada. O Doutor Taylor foi bem honesto e direto em dizer que a cura era um patamar difícil de alcançar, e que na maioria dos casos que ele cuidou, quando houve cura, foi com transplante, que, bom, já vimos que não é tão fácil assim de conseguir.

Eu fiz o teste de compatibilidade, assim como Marco e Chitthip, porém só saberemos se vai funcionar daqui a 30 dias. Até lá, Lisa precisa seguir as recomendações que ele falou.

Depois de ter dito tudo o que era necessário, ele explicou como seria seu tratamento. Ela fará 15 sessões de quimioterapia com intervalo de uma semana pra cada sessão, essas sessões podendo ou não se estender, ia depender do estado de Lisa e se o seu doador for achado. Em casa, ela tomará medicamentos pra reforçar ainda mais e auxiliar na quimioterapia. E se for necessário no decorrer do tratamento, ela também passará pela radioterapia.

Com certeza não será fácil.

E tudo ficava ainda pior com o silêncio de Lisa pairando durante todo o caminho até sua casa. Ao chegar, em silêncio, ela subiu até seu quarto e se trancou.

—Jennie, fica pro jantar, querida.

—Fico sim. Quer ajuda? — ela sorriu triste pra mim aceitando minha oferta.

Lisa Pov

Eu já estava há mais de 2 horas trancada no meu quarto, estive pensando sobre como seria minha vida daqui pra frente, ou o que poderia considerar de uma.

Ouvi batidas suaves na porta seguida da voz de Jennie.

—Lili? Tá tudo bem? — perguntou suave — vim aqui te chamar pra jantar, já está pronto. Fiz sua comida preferida, Pad Thai.

Me permiti a abrir um sorriso. Eu sei que ela tava fazendo de tudo pra me ver minimamente feliz. Abri a porta dando de cara com uma Jennie receosa. A abracei sendo retribuída segundos depois.

—Obrigada Nini — falei no seu ouvido. Descemos juntas logo após passarmos um bom tempo abraçadas.

O jantar estava silencioso. A única vez que o silêncio foi quebrado foi quando o papai elogiou Jennie e mamãe pelo Pad Thai. E agora, quando eu decidi falar.

—Então... já que as 3 pessoas mais importantes na minha vida estão aqui, eu preciso comunicar algo que eu decidi agora de noite.

—Pode falar, minha filha, estamos aqui pra te apoiar e ouvir — minha mãe falou segurando minha mão em cima da mesa.

—Eu decidi que não vou fazer o tratamento.