Já era tarde da noite no dia seguinte e Lisa não tinha ido para o hotel durante o dia devido a ocorrência envolvendo o padeiro, ela estava muito cansada e pensativa com tudo que havia acontecido e também queria evitar a Kim por evidências e relatos de Bambam.
Seus passos pareciam preguiçosos e seu semblante era tranquilo, seus cabelos dourados se moviam com a leve brisa da noite até que ela percebe alguém familiar andar a o seu lado em silêncio. Ela continua andando sem olhar para o lado e a fantasma fez o mesmo porém logo seu simples gesto e um pequeno objeto ou uma flor faz com que Lisa pare de andar e a olhe nos olhos, Lisa desvia seus olhos para o lado e suspira aliviada ao ver a fantasma carregar uma flor branca que simboliza que ela tinha terminado sua dívida e isso era graças a Lisa.
Lisa a acompanha até o Hotel, porém elas estavam na porta de entrada a ponte que dava a passagem a os fantasmas, a limosine estava com a porta aberta a espera de sua passageira. Lisa estava tranquila mas não sabia como reagir a situação, ela nunca foi boa em despedidas, o Seifador as olhavam de longe lhes dando privacidade.
— Eu... Você é a primeira hóspede que estou enviando para a outra vida nesse hotel. — Lisa comenta tímida e sorri de lado tendo flashback curtos do dia em que conheceu a fantasma. — E eu sei que por conta dessa flor, você vai para um lugar especial.
— Sim Lisa, e eu devo isso a você. — A fantasma sorri em agradecimento a Lisa, segurando sua flor e a leva em seu nariz para sentir o cheiro do perfume que vinha da flor. — A lembrança que eu tinha da mão dele era horrível. Mas eu fui idiota o suficiente para romantizar isso... Como uma lembrança carinhosa e feliz.
— Não diga que você era idiota, você era uma boa pessoa, sempre viu o lado bom delas. Independente do quão curta era sua convivência com elas. Agora vá, e espero que nos esbarramos em outras vidas.
O sorriso de Lisa era sincero, ela respira fundo notando que era o momento da despedida final a o sentir um abraço da fantasma que foi retribuído por Lisa. E assim ambas se afastam e Lisa a vê caminhando para dentro da limosine e essa foi sua última visão da fantasma que agora estava em caminho a ponte que iria dar início a outra vida.
Lisa agora caminha para o salão principal do hotel observando os clientes notando alguns fantasmas que ela já tinha visto, mas diferente da primeira vez a aparência deles era tão... Tranquila e feliz que seu coração se aqueceu e sabia que a resposta era uma pessoa que não saia de seus pensamentos.
— Veja filho, esse lugar é enorme. — A voz de um rapaz chamou a atenção de Lisa que se vira e observa um homem de meia idade com um garoto que tinha uns dez anos, e com o menino havia uma bola de futebol em seu braço esquerdo que ele abraçava.
— Boa noite senhor, tem uma praia de vocês forem lá fora. Tenho certeza que o seu filho vai adorar.
— Obrigado, tenho certeza que sim. — O homem sorri para Lisa e se ajoelha pra ficar de frente e manter seu contato visual com seu filho. — Vamos entrar um pouco na água filho. — O garoto sorri tão largo que tirou um sorriso até da Lisa que via a interação dos dois em silêncio.
Jisoo se aproxima de Lisa e fica ao seu lado vendo os dois fantasmas irem até a praia. — O pai e o filho morreram juntos devido a um acidente de carro. O garoto estava brincando com a bola, e o pai distraído falando com a esposa pelo celular, o menino correu atrás da bola e o pai viu que vinha o carro e enfim...
Jennie observava Lisa de longe com seu vestido cor de marfim, seus cabelos estavam soltos e um sorriso fraco estavam nos lábios pintados com a cor vermelha. — Ela ainda não está pensando direito depois do que viu.
Irene aparece atrás de Jennie observando Jisoo e Lisa. — Jennie... Nós vimos a árvore no jardim. — O comentário de Irene parece despertar Jennie que ainda tinha seus olhos em Lisa que que sua sobrancelha se levanta. — Todo mundo está se sentindo muito nervoso. — Jennie se mantém em silêncio sem responder Irene, afinal até ela estava nervosa com a mudança na árvore e com seus sentimentos.
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— A árvore que estava viva. Por que ela voltou a vida de repente? — Seulgi comenta para Jennie. Seulgi e Irene estavam na mesa do escritório questionando Jennie.
— Má Go me disse que alguém virá e me ajudará a sair daqui.
— Você acha que essa pessoa é a Lisa. — Jennie olha para Irene e respira fundo.
— Sim.
— E o que a Lisa te disse pra fazer essa grande mudança em você? — Dessa vez a pergunta era de Seulgi.
— Ela disse que iria cuidar de mim...e tentará fazer as flores desabrocharem junto com as folhas. Acho que dessa vez eu vou embora... — Jennie comenta baixo e com seus olhos longe em pensamentos. — Quando as flores aparecerem.
— Então, e nós? O que acontece com a gente?
— Como eu vou saber Seulgi? Isso depende de vocês. Podemos ir todas juntas para a outra vida. Ou vocês podem vagar ao redor desse mundo como espíritos vingativos...e se transformarem em cinzas. Vocês quem sabem.
— Jennie, temos que ficar mais tempo no hotel. E você ainda não pode ir embora. — Irene fala com pesar e rancor.
— Devemos mandar a Lisa embora. Além disso ela era a terceira opção, e já temos a quarta opção pronta. — Jennie não fala nada pra Seulgi e apenas novamente estava pensando. Sobre a quarta opção que era Roseanne Park. — Ela é mais durona que a Lisa.
— Na verdade ela é um fantasma também, além disso ela é de uma família muito rica.
— Ótimo, vamos nos livrar da Lisa. — Irene e Jennie olham surpresas para Seulgi que parecia bem animada com a possível substituição.
— Ele não vai embora Seulgi. Eu disse pra ele ir embora, mas ele disse que não iria. Mesmo se eu chutá-la, ela vai continuar vendo os fantasmas com seus olhos enfeitiçados.
— A Ma Go pode tirar sua habilidade de ver os fantasmas.
— Irene. Você acha mesmo que aquela bruxa velha vai me fazer um favor? Já que foi ela quem mandou a Lisa pra mim.
— Não podemos matar a Lisa. — Jennie levanta suas sobrancelhas olhando seria para Seulgi e com a proporção de querer matar a Lisa. — mas se a deixarmos aqui, vamos ter que pegar o ônibus.
— Há uma maneira de arrumar isso sem matá-la. — Irene comenta tão baixo que Jennie sente seu braço gelar. — O quarto 13.
Jennie arregala seus olhos com as lembranças da mulher do quarto 13.
— A hóspede do quarto 13 odeia até mesmo o som da respiração humana. Se um humano ver a hóspede do quarto 13, ele fica maluco.
— Irene você está sugerindo que façamos a Lisa ficar maluca?
Jennie bate forte na mesa chamando a atenção das duas.
— Sim. — Um sorriso sádico surge nos lábios vermelhos de Jennie deixando Irene e Seulgi surpresas, fazia alguns dias que Irene e Seulgi não via aquilo em Jennie. — Se ela ficar maluca e andar por aí como um louca, não poderá vir aqui mesmo que veja os fantasmas.
—Isso mesmo Jennie, o mundo espiritual iria isolar a Lisa sem precisarmos nos envolver.
— Lisa iria parar em um manicômio. É isso mesmo que você quer Jennie?
Seulgi pergunta ansiosa pela resposta, assim como Irene também estava.
Jennie fica por longos minutos batendo seus dedos na mesa estudando cada ponto e a teoria de atravessar a ponte. Seus olhos estavam sombrios e frios, o sorrio agora não estava em seus lábios e um sonoro... — Sim! — Saiu firme e rouco finalizando a reunião que estavam a discutir.
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Hotel Del Luna
RomanceA história gira em torno do hotel mais diferenciado da Coreia do sul, pois este é o local onde as almas perdidas vão para seguirem sua vida após a morte. E a responsável por cuidar de tudo isso é Jennie kim, uma mulher que foi obrigada a se vincular...