outra vez

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Quente

Outra vez, eu estava quente.

E nada podia me acordar daquele transe, eu estava hipnotizada.

não ser ela.

- Bárbara? Tá tudo bem? Carol que estava ficando preocupada rapidamente toca em meu ombro como sinal de preocupação.

- Eu... tudo bem, eu topo.

- Ótimo, na sexta pode ser?

- sim, claro!

- Tudo bem. A loira sorrir de uma forma educada, seus olhos fecham um pouco e logo depois a mesma volta a fazer o que estava fazendo antes.

A vejo seguir para os aparelhos que estavam tocando a música e logo depois a desliga.

Carol terminou de arrumar tudo antes de seu tio chegar para abrir o bar, a loira se esforçou para deixar tudo perfeito e é claro que a ajudei. Óbvio que fiquei pensando sobre aquela proposta e de certa forma fiquei encantada com aquele pedido, eu não podia negar que estava gostando. Sua atitude me fazia ficar mais estranha possível pelo fato de eu não ser assim, e ser sempre tímida em questão a tudo. Mas é claro que eu não seria assim com ela, aquela sensação de querer beijá-la ainda estava me atormentando e eu só queria fazer aquilo, queria provar. Queria beijá-la. 

Logo depois de terminamos tudo, o homem de boa aparência entra no local e nos cumprimenta com um sorriso. Seu nome era Erick e ele não parecia Velho, parecia ser um jovem, da minha idade. Ele me mostrou algumas coisas do local por exemplo os quadros na qual eu estava olhando demais, o mesmo disse que foi seu pai que as pintou e eu fiquei lisonjeada de como o pai do homem tinha talento. Cores quentes e frias apareciam nos quadros, mas o que me chamou atenção foi uma pintura de uma bela paisagem, um jardim cheio de flores e o céu com as cores quentes destacando o pôr do sol. Era incrível.

Mais tarde, depois de Erick ter abrido o seu bar, Carol me pagou uma cerveja. Ficamos em uma mesa conversando sobre algumas coisas da vida dela. E devia admitir que eu estava interessada demais.

- E então, O que deseja saber? Carol me lança um olhar perturbador e logo  da um gole de sua cerveja.

- Você mora sozinha? Perguntei lançando o mesmo olhar para a loira, e a mesma sorrir.

- Sim, eu morava com meus pais ano passado. Mas consegui um emprego e me mudei logo.

- E seus pais moram por aqui?

- Eu não gosto de falar sobre eles. Desculpe.

- Não, tudo bem. Eu entendo.

- Mas e você? Por que veio morar aqui? Justo na França? Carol se curva para frente apoiando seus cotovelos na mesa e me olhando fixamente, ela parecia interessada.

- Eu sempre amei a França, era um lugar na qual era o meu sonho vim morar. E eu consegui. Só que teve alguns problemas que quase me fizeram desistir.

- Tipo o que?

- Meu ex namorado não queria vim, além de eu não estar totalmente bem no nosso relacionamento, ele não queria vim porque não gostava daqui.

- E por que quase desistiu de vim por causa dele? Você não o amava mais.

- Sim, mas eu odeio ficar sozinha. Eu sou uma pessoa que cresci sozinha, meus pais nunca estavam presentes e quando consegui comprar a passagem para a França os mesmos ficaram chateados. Mas eu achei injusto, eles nunca fizeram questão de ir até mim ou então ligarem... e com isso eu sentir medo de não souber me acostumar aqui.

- E acha que ele ficaria do seu lado por muito tempo?

- Acho que não, ninguém me aguenta. Todo mundo sempre vai embora, se não for ele seria eu. E acabou sendo eu...

- Eu consigo te aguentar, apesar de ser estranha as vezes. Carol abre um enorme sorriso que me fez sorrir junto. Ela me fazia sorrir. - E Olha que nem nos conhecemos direito.

- Eu gostaria de te conhecer mais. Digo rapidamente e olho pra baixo.

- Você é interessante Bárbara.


Com aquela música francesa que estava tocando no fundo e as pessoas dançando por todo lado eu consegui sentir a tensão que estava naquela mesa. Depois do que Carol disse a mesma tocou em minha mão como ato de carinho. Eu rapidamente congelei.

Ficamos nos encarando por um tempo, foi rápido mas naquele momento estava lento demais.

Seus olhos passeando pelo meu rosto e as curvas que seu rosto dava quando a mesma sorria era lindo. Sua mão apertando a minha como se ela me quisesse ali, minha boca um pouco aberta tentando puxar o ar para os meus pulmões pois naquela hora eu estava sem ar.

Mas foi rápido demais.

Avistei Victor de longe e rapidamente recuei minha mão da dela, fazendo a mesma acordar do transe e olhar para Victor que vinha para a nossa direção.

- Fizeram amizade e agora só andam juntas. Estão bebendo sem mim!

- Oi pra você também Victor. Carol cumprimenta o amigo com um abraço e logo depois me olha com um olhar estranho. - sente-se conosco.

- Olá Bárbara. Está bonita.

- Obrigada Victor.

- Victor elogiando alguém? Aí tem coisa. A loira bagunça os cabelos de Victor e o homem faz a mesma coisa, causando sorrisos de Carol.

A noite estava interessante e havíamos começado a beber.
Seria uma noite longa.




...



Eram sete da manhã

Sete da manhã e eu estava atrasada para o curso.

Minha cabeça doía muito por causa da noite anterior e o arrependimento bateu na hora. Levantei rapidamente e me arrumei.

Eu estava atrasada, o Curso era perto dali, mas era alguns minutos para chegar. Tentei correr mas a minha cabeça latejava demais então logo parei. Respirei fundo e comecei a andar rapidamente.

Mas parei assim que ouvi alguém me chamando.

- Bárbara! Ei tá tudo bem? Scott parou com sua moto ao meu lado perguntando preocupado com a minha situação.

- Eu adoraria bater um papo com você Scott, mas estou atrasada.

- Sobe aí, eu te levo.

- Eu não quero incomodar.

- Sobe logo garota.

E assim fiz, subi em sua moto e segurei em seus ombros.

- Se não quer cair para trás quando eu der partida é melhor me abraçar na cintura. O homem diz enquanto olha para mim de canto. Ele era lindo, de fato.

- Aish. Tudo bem.

Logo envolvi meus braços em sua cintura e o mesmo deu partida, indo com rapidez até o curso.

Agradeceria o mesmo depois mas agora eu só pensava se chegaria a tempo ou não.








Continua...

fogo e queimaduras Onde histórias criam vida. Descubra agora