• Fogo •

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Eu estava mais uma vez sozinha, sem aliados, embora isso estivesse se tornando corriqueiro ainda fazia com que eu tivesse uma constante sensação de abandono. Uma tristeza se apossava de mim e me fazia pensar em como eu era pequena e frágil diante de tudo que acontecia. Seriam minhas motivações bobas ou fúteis? Desejar tanto proteger quem se ama em meio a um dilema seria loucura? Eu queria tanto que Jaime estivesse seguro e em contrapartida não desejava me separar de Jon, embora não estivéssemos bem, ele era tão importante para mim quanto o pai da minha primogênita.

Levei instintivamente a mão ao ventre lembrando que ali descansava uma nova vida que dependia exclusivamente de mim, que precisava que eu estivesse bem pra crescer e se desenvolver. Estaria Nymeria vivendo bem sem mim? Será que ela sentia minha falta? Meu bebê podia sentir toda a tensão que corria em minha veias tão rápido que me causava arrepios. Eu era mãe, não podia me dar o luxo de por a vida em perigo, mas ali estava eu, arquitetando entrar no meio de um guerra só para por alguém em segurança.

Valia à pena? Fora Jaime quem escolhera seu destino, ele queria estar ao lado da sua irmã no momento mais difícil de suas vidas, eu tinha o direito de separá-los?

Eu não ia chorar. Na verdade nem o desejava fazer, tinha algum tempo que as lágrimas pareciam petrificadas em mim. Eu já não conseguia mais vertê-las. Peguei papel e caneta e escrevi umas poucas linhas para Nymeria, esperando que algum dia ela mesma pudesse ler as palavras no papel e me perdoar. Fiz mais um bilhete para Jon e deixei algumas palavras para Sansa.

Como um jorro de água fria a realidade se abateu surpreendente sobre mim. Eu, a menina de verão, iria enfrentar uma guerra de frente e sabe os deuses se sairia viva de tudo aquilo, mas confiava que quem já havia enfrentado os mortos poderia enfrentar qualquer coisa de cabeça erguida.

Fui até meu baú e desenrolei de dentro dos tecidos a adaga de aço valiriano que salvara o norte há algumas luas. Examinei o metal extasiada por um momento e a embainhei novamente.

Eu tinha me abastecido com algumas roupas usadas por Arya e foram as únicas peças das quais fiz questão de não me desfazer na longa viagem que fizemos. Eu sabia que elas muito provavelmente me seriam úteis.

Troquei rapidamente o vestido delicado pelo couro duro que pinicava e pesava. Amarrei as botas e os fios que prendiam o peitoral, era difícil sozinha, mas com algum esforço eu consegui.

Enrolei os cabelos em um coque baixo e volumoso, puxei para cima um capuz que fazia parte da camisa grossa que usava-se por baixo da cota de malha e dessa maneira de cabeça baixa tive esperanças de chegar até um dos barcos e ir direto a um navio para Porto Real. Loucura? Claramente.

O Rugido do Leão - Uma história de Game Of Thrones mOnde histórias criam vida. Descubra agora