Laços de Sangue e ódio

Bjorn

Passaram-se dez dias, dez dias em que a Mia não fala comigo, eu não estou suportando mais essa situação, bom não sou conhecido por ter um temperamento tão paciente assim, peço para Ceci preparar o café da manhã de Mia vou levar a ela, espero que pelo menos possamos conversar, não precisamos nem conversar tanto, eu só preciso vê-la, ao menos ouvir um bom dia.

Bom ainda temos Babi, ela não está mais trancada, porem não pode se aproximar de Andrew, sei que ela me odeia por isso, e não faz questão de esconder em nenhum momento, ela resolveu me ignorar também, ela sobe e fica com a Mia, bom pelo menos não ficamos brigando, porque com os tantos de problemas que eu estou a ultima coisa que preciso é isso.

Vou até o jardim colher uma rosa, não sei ser muito romântico, mas espero que isso seja aceitável, porque com certeza eu não aguento ficar mais tempo sem falar com ela.

- Ceci, preparou o que eu lhe pedi?

- Sim meu filho, que rosa linda, olha Bjorn caso ela não queira conversar por favor respeite, ela não está bem o suficiente ainda, mas eu sei que ela lhe ama, então dê o tempo dela, sei que em algum momento vocês vão se resolver. - Ceci fala com ternura, sei que ela quer meu bem, sei que quer ajudar, mas espero que meu gênio não estrague tudo, eu só quero que fique tudo bem, eu só não aguento mais essa distância.

- Não irei lhe prometer muita coisa, mas eu tentarei o máximo eu juro.

Estou essa bandeja na mão batendo na porta do seu quarto, estou tão nervoso que começo a suar, eu não sei que porra acontece comigo, pareço um menino assustado, eu só fico pensando, por favor Deus não permita que eu estrague tudo, depois de mas uma batida ela manda entrar, é agora ou nunca.

Entro no seu quarto, vejo o seu olhar de surpresa, sei que ela não me esperava aqui, eu estou literalmente tremendo porra, o que eu faço? O que eu falo? Bom vamos começar com um bom dia pelo menos assim não faço besteira.

- Bom dia, trouxe seu café, desculpa sei que você não me queria aqui, mas não suportava mais essa distancia entre nós. - falo quase suplicando, eu espero que ela aceite, Deus por favor que ela aceite.

- Tudo bem, obrigada, pode deixar a bandeja ai na mesinha por favor. - Ela fala baixo, sei que ela talvez quer que eu saia, mas não posso, precisamos conversar.

- Vou abrir a janela para você. - por favor Mia, não me mande sair, falo em meus pensamentos, imploro na verdade.

- Obrigada. - Ela assenti e eu fico mais aliviado, afinal ela ainda não me mandou embora.

- Bom eu sei que você não quer conversar sobre o que aconteceu e eu entendo, mas podemos pelos menos somente conversar sobre qualquer coisa, o que eu não suporto é ficar assim sem falar com você , esses dias tem sido um tormento, -Ela me encara, me analisa, eu digo em suplica com os olhos, por favor não me afaste.

- Tudo bem vamos conversar. – Ela me olha séria, mas sei que pelo menos vamos nos falar.

- Como ta sua perna? Senti algo? – Assim que faço a pergunta me sinto ridículo, serio Bjorn vai lançar uma dessa, mas confesso que não sei como agir.

- Tá ótima. – Ela me analisa, pega o café fresco da bandeja e o bebi fervendo.

- Cuidado você pode queimar sua boca! – Vi que foi grosso, quando estou pronto para pedir desculpas, ela somente me olha e rir, não um riso qualquer, mas uma gargalhada alta, como se eu tivesse falado a piada do ano, a risada dela é tão fervorosa que acabo rindo um pouco contagiado com a sua alegria, mas depois ela para e volta a me olhar.