A Noticia que Abalou o Mundo 2

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Sengoku: Pare com isso.... Garp.
Garp:....

O rosto do vice-almirante era coberto por uma sombra assustadora, enquanto Sengoku segurava seu braço, Akainu permanecia sem reação

Garp: O que está fazendo... Sengoku?

O vice-almirante pergunta calmamente, com o rosto ainda indecifrável

Sengoku: Não acha que está indo longe demais?
Garp: Você tem noção do que está falando?
Sengoku: Isso não é o certo, Garp... coloque a sua cabeça no lugar...
Garp: A cabeça no lugar?

Garp se levanta lentamente e fica em pé, bem encima do cão vermelho da marinha

Garp: Ela está no seu devido lugar, Sengoku... diferente de antes, quando esse miserável atravessou o peito do Ace, você segurava a minha cabeça no chão...

Com só as vozes dos dois homens ali presentes sendo escutadas, o diálogo tenso e amedrontador seguia seu rumo

Garp: Eu quero que você escute muito bem, Sengoku...
Sengoku:...

O herói da marinha puxa o antigo almirante pela lapela, no seu ouvido, ele cospe palavras que acredita serem as corretas

Garp: Solte o meu braço... e nem pense em me parar novamente.
Sengoku: Garp...

Garp o solta, volta seu olhar a Akainu e o até então almirante da frota temido por todos, agora não passava de um gato assustado, tendo seu futuro nas mãos do avô de quem ele assassinou a sangue frio

Garp: Naquela vez, eu achei ter tomado a decisão correta... mas percebi que dei mais valor a essa organização corrompida do que a minha própria família...

As lágrimas do vice-almirante almirante queimavam ao entrar em contato com o corpo fervendo do almirante aos seus pés

Garp: Por ter deixado o Ace morrer... eu nunca irei me perdoar... eu sou o culpado pelo que aconteceu, devia ter matado Sakazuki naquele momento, mas escolhi errado... e isso me custou muito.... Muito...

Os piratas e marinheiros observavam o rosto molhado do herói da marinha e não conseguiam fazer nada além de não perder um segundo do que estava acontecendo ali

Sengoku: Céus Garp, o seu neto era filho do Rei dos Piratas, ele era um crimin...
Garp: Não termine essa frase, Sengoku....

Sengoku sente toda a sua espinha arder, Garp nunca havia lhe dirigido a palavra nesse tom, a ficha estava caindo para o ex-almirante, de que Garp, o Herói da marinha, havia perdido toda a sua fé naquela organização

Garp: Eu o respeito por tudo o que vivemos e tenho você como um irmão...

Garp se vira para Sengoku e ali pôde se ver a expressão mais dolorida que um homem com a mente destruída e o coração despedaçado pode fazer, Garp estava em desespero... e Sengoku sabe muito bem que tipo de sentimento é esse...

Garp: Mas proteja esse desgraçado  mais uma vez na minha frente... e eu não hesitarei em levar você junto... Sengoku

Sengoku o encara firmemente, Garp não se intimida nem por um segundo, uma batalha de olhares é travada ali, com é claro, um único vencedor...

Sengoku: Você sabe... este não é o certo, Garp...

O dourado do braço do ex-marinheiro vai se dissipando, seus dedos soltam devagar o braço de Garp e as marcas da pressão são vistas no punho do vice-almirante

O Quinto ImperadorOnde histórias criam vida. Descubra agora