Caos | Pietro Maximoff

prólogo

A flama da esperança batalha para sobreviver. O destino da humanidade já fora ironizado no passado — mostrado em filmes tantas vezes que se tornara uma piada. Mas, dessa vez, não é exagero dizer que existe a ameaça de toda a raça humana desintegrar em um estalar de dedos, literalmente. A noção de que a vida na Terra 616 está em risco enche o peito de cada guerreiro no campo, provém energia e garra e alvoroço para montar uma aliança com a crença de uma segunda e última chance.

O Mjölnir rasga a linha de frente, desintegra uma série de chitauris, os pedaços dos corpos rugosos se espalham sobre os guerreiros. Os Vingadores dão tudo de si, atacam com todas as suas armas, mas a maior delas, a principal, se encontra inoperante. O Destruidor de Jóias dentro da van laranja fora desmontado. Scott Lang, Hope Pym e a filha de Thanos, Gamora, trabalham em conjunto para trazê-lo de volta a ativa, mas cada segundo decisivo os leva a maus pensamentos.

Drax encurrala Thanos, seguido de Tony Stark e Peper Potts. De algum lugar, o ataque continua e três tiros consecutivos disparam em direção ao pescoço enrugado e grosso de Thanos, o sangue escuro derrama, mas não é o suficiente. Não ainda. Wanda Maximoff aterrissa, placas de poder vermelhas acertam o alien roxo. Ela o distrai, deixando os parceiros de equipe cuidarem das jóias.

Stephen Strange guarda a do Tempo, Pietro Maximoff a da Mente. O Orbe, com a pedra roxa florescente, passeia entre as mãos de Peter Parker e da Valkiria. Enquanto isso, Natasha Romanoff protege a Pedra da Alma. Por sorte, antes do ataque ao Complexo, o poder contido no Tesseract e o Éter foram destruídos, abrindo espaço a perseverança ao notarem que o plano tem potencial.

Quando o Homem Formiga alcança dois metros, é o sinal enviado de que o maquinário voltou a funcionar. A felicidade pouco dura, no entanto, o exército de heróis perde em peso, grandes baixas começam a aparecer e o ataque se torna defesa quando bolas de fogo são disparadas da nave de Thanos. Elas perduram por um bom tempo, causam estragos e, mesmo com a proteção dos magos sobre suas cabeças, o perigo eminente só cessa quando algo rompe a atmosfera. O raio amarelo parte a nave ao atravessa-la e a Capitã Marvel faz sua estreia.

A vantagem torna a os abraçar outra vez. As pedras são destruídas uma a uma. Mente. Alma. Tempo. Mas Thanos captura a Jóia do Poder.

As tropas Wakandanas são as primeiras abatidas, depois os exercícios de magos. Sam Wilson cai dos céus. Mantis é machucada. E Bruce Benner se fragmenta, os urros preenchem a batalha, gritos de dor e desespero que clamam por misericórdia, a pele verde brilha em púrpura, racha os músculos e os separa em milhares de pedaços.

O mundo silencia em meio a perda.

A morte de mais um Vingador original pesa sobre os ombros dos mais íntimos. Um humano benevolente e uma amável besta verde.

Thanos pretende erradicar a todos, mas não agiu com inteligência, está cego pela vingança. Esquecera-se de que a dor é a melhor motivação para alguém, e nada gera mais padecimento do que o luto. Thor Odison, com o Rompe Tormentas e o Mjölnir, corre em ataque. Roxo e azul dançam em batalha. Steve Rogers dispara com Peter Quill, degolam monstros alienígenas e buscam pelo Orbe.

— Não toquem na pedra! Não importa o quê, não toquem na pedra! — ele grita em alerta, só o que pode torcer é para que escutem.

Carol Danvers e Wanda Maximoff se juntam ao Deus do Trovão. Em certo momento, a jóia é solta no ar. Alguém grita. Outro tenta apanha-la. Pura catástrofe se instala no ar.

Pantera Negra encontra o orbe e o lança para quem estiver mais perto. Ninguém o vê se mover, mas Mercúrio alcança a bola texturizada e antiga, cheio de detalhes em preto e prata, e prende a pedra com segurança.