Enquanto eu fazia pipoca, o único barulho no apartamento, eram os milhos estourando.
-Teu aniversário ta chegando em Nani, o que vai rolar?
Patrick pergunta
-Ainda não pensei muito.
Ela olha torto pra ele e continua
-Não sei por que a pergunta. Vocês não tão merecendo que eu convide.
-Sai fora mano, quem não ta merecendo é o Paulo André, eu não tenho nada a ver com isso
Nina revirou os olhos.
Olhei e PA estava mexendo no celular, ele não ligou muito para o que estavam falando, voltei a atenção na pipoca.
Assim que terminei, coloquei tudo em dois potes, entreguei um para o Patrick.
No sofá, sentou Patrick, Nina, eu e PA. Aí já começou o destino a avacalhar comigo. Tive que dividir a pipoca com ele, e nossas mãos a todo momento se esbarravam.
Quarenta minutos de filme, Patrick e Nina, após ficarem o tempo todo de gracinha um com o outro, dormiram.
-Tão fofinhos juntos.
-Já pensou se eles dessem certo? Eu tendo que ver tua cara sempre por causa deles.
Revirei os olhos.
-Bem que cê queria né
Ele encostou a cabeça no meu ombro e fechou os olhos. Chacoalhei o corpo.
-Você não vai dormir não, nem vem.
-E porque só eu não posso?
-O Patrick dormiu primeiro, tua função é ficar acordado e acordar ele na hora que o filme terminar, e vocês vazarem daqui.
-Porra! O que eu fiz pra tu me querer longe assim?
Olhei pra ele séria. Ele riu.
Se aninhou novamente no meu ombro, passou o braço em minha cintura, e me abraçou. Encaixou seu rosto na curva de meu pescoço. Fiquei imóvel. Coração acelerou. Pensamentos..
-PA, acabamos de brigar, sério mesmo que ce vai fazer isso?
-Não, a gente não brigou. Tivemos uma DR.
-Eu deveria ter expulsado vocês do meu apartamento, não chamado pra assistir um filme.
-É porque tu me ama demais.
-Cê se acha demais. Me solta.
Ele me apertou mais.
-Quanto tempo tem de filme ainda?
Ele perguntou. Peguei o controle.
-Um pouco menos de uma hora
Respondi
-Uma hora pra eu ficar aproveitando nossa última quase conchinha então.
-Se a Nina acorda... te tira daqui pelos cabelos.
-Por tu eu corro o risco.
Riu. Continuou
-Mas na moral, nunca vi ela desse jeito. Pensei que eu ia morrer quando ela entrou no quarto. Fiquei com medo, ta ligado, assustou.
Eu ri.
-A Nina parece mãe quando é pra me defender. Eu amo ela demais.
Silêncio.
Passei minha mão em seu braço que estava em cima da minha barriga, fazendo um carinho.
-Tu quer conversar mais?
Ele cochichou.
-Eu acho que não tem mais o que conversar. É isso! Foi incrível tudo o que vivemos nesses últimos meses, mas concluímos esse ciclo por aqui.
Ele levantou a cabeça, me olhou, fez cara de safado
-Então eu acho que merecemos uma despedida.
-Não. Para. Não da certo.
-A gente faz dar. A gente pode tudo. A vida merece isso. Nós merecemos.
O encarei.
Olhei para a Nina, estava até com a boca aberta. Patrick dormindo pesado também.
Pensamentos.
Saímos devagar do sofá, e nas pontas dos pés, corremos até o meu quarto. PA não largava minha cintura. Tranquei a porta. Atrás de mim, eu sentia seu fogo. Sua necessidade. Ele queria, eu também queria. Melhor se arrepender por fazer, do que não fazer. Me virei. Nos beijamos.
-Você me paga Paulo André
-Peça-me o que quiser!
-Deita na cama, e tira a roupa!
Respondi!
Ele me olhou. Foi até a cama, começou a tirar a roupa.
Fico olhando, e quanto mais o observo, mais ele me excita.
Será o efeito Paulo André?
Caminho até a cama e ele me puxa pela cintura, fica na altura do meu ouvido e sussurra
-Tira essa roupa ou acabará tudo em pedaços.
Nem penso, tiro rapidamente, com um sorriso sensual. PA sorri com minha pressa, e quando me vê nua, me chama com o dedo indicador. Obedeço. Meus seios tocam seu abdômen musculoso, sussurro:
-Me mostre o quanto me deseja!
Ele me agarra pelo cabelo, me puxa para que eu o olhe e me pede com a voz carregada de tensão
-Deita na cama.
Obedeço novamente. PA se aproxima.
-Abra as pernas.
Arquejo, a respiração agitada. Sei o que vai fazer e fico louca.
PA me beija, como um leão sobre mim, de quatro, aproxima várias vezes sua boca da minha, provocante.
Beijos, mordidinhas e tesão. Quando percebe que eu estou totalmente disposta a fazer tudo o que ele quer, desliza por meu corpo até ficar entre minhas pernas. Sua boca já está em meu clitóris, mexendo, exigindo. Seus dedos brincam e em seguida, entram em mim inúmeras vezes, enquanto eu gemo e suspiro. Luto para fazer o mínimo de barulho possível.
De repente, sua língua entra em mim e me faz amor.
Como ele faz bem!
Ofegante, agarro o lençol e me contorço.
Quando acho que não aguento mais, PA levanta a cabeça, me olha, se inclina sobre mim e me penetra de um modo seco e forte. Eu me arqueio para recebê-lo, morta de prazer.
Sem me dar trégua, suas mãos agarram meus quadris ao mesmo tempo que me possui uma vez, depois outra. Eu me grudo nele, para recebê-lo. Minhas pernas tremem. Meu corpo vibra enlouquecido e, quando a excitação, a loucura e a paixão me dominam, coloco minha mão sobre sua boca e instantes depois, abafo seu gemido longo e satisfeito. Suando com tanto esforço, ele cai sobre mim.
Trinta segundos mais tarde, acalorada por ter um gigante sobre meu corpo, murmuro
-PA.... não consigo respirar.
Rapidamente, ele rola para meu lado direito da cama. Nessa movimento, me leva com ele. Fico por cima.
-Tudo bem?
Me pergunta, com um sorriso maravilhoso.
-Tudo perfeito!
Saí de cima dele, enrolei o lençol sob meu corpo. Juntei nossas roupas do chão, joguei as peças para ele.
-Se veste, vai. Temos que voltar antes que eles acordem.
Vestidos e fingindo que nada aconteceu, voltamos a sala nas pontas dos pés. Sentamos no sofá um de cada vez. PA se ajeitou, e quando o senti próximo para dar um beijo em meu pescoço, Nina se meche. Acorda. Ele trava na hora. Ela se ajeita no sofá. Me olha. Volta a dormir. Voltamos a respirar.
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Peça-me O que Quiser ou Deixe-me | Jadré
Fiksi PenggemarATENÇÃO: Essa é a parte dois de Peça-me o que quiser. Leia a parte um em nosso perfil!